Você já parou para pensar em como foi possível um avanço tão rápido no ramo dos processadores, como já foi visto nas últimas décadas? A chave de tudo isto é a miniaturização. Qualquer processador, desde uma simples calculadora até um Pentium 4 ou Athlon 64 é composto por transistores. Cada transistor funciona como uma minúscula chave, que pode estar ligada, permitindo a passagem de corrente, ou desligada. Um transistor sozinho não serve para muita coisa, mas juntando alguns milhares ou milhões obtemos um processador.
Os primeiros transistores fabricados comercialmente, no início da década de 50, tinham mais ou menos o tamanho da cabeça de um fósforo. Isso explica por que os computadores da época eram tão grandes. Os transistores usados no 8088, o processador do XT já mediam apenas 3 mícron (um mícron equivale à um milésimo de um milímetro). Melhor ainda, naquela época, final da década de 70 já era possível integrar vários transistores no mesmo encapsulamento, permitindo que o 8088 tivesse 29 mil deles.
Com o passar do tempo, os transistores foram encolhendo. O 486 já usa transistores medindo 1 mícron e possui quase 1 milhão deles. A partir do Pentium os transistores foram encolhendo ainda mais, 0.8 mícron na versão de 60 MHz, 0.6 mícron a partir do Pentium 100 e 0.4 mícron a partir do Pentium 150.
Quanto menor for cada transistor, mais transistores o processador poderá conter e, ao mesmo tempo, o processador poderá operar a freqüências mais altas, consumindo menos eletricidade. Com transistores de 0.4 mícron o Pentium chegou a apenas 200 MHz. Os processadores atuais já utilizam transistores de 0.18 mícron, o que permite Athlons de 1.2 GHz e Pentiums 4 de até 1.5 GHz.
O Pentium MMX é mais avançado e mais rápido que o Pentium antigo por dois fatores. O primeiro é o fato de possuir mais cache L1 embutido no processador: o Pentium antigo possui apenas 16 KB, enquanto o MMX possui o dobro, 32 KB. Em segundo lugar, o MMX foi o primeiro processador a trazer as famosas instruções MMX, encontradas em todos os processadores atuais, mas novidade na época. Apenas como curiosidade, o MMX era composto por 4.300.000 transistores de 0.35 mícron e foi lançado em 97.
O conjunto MMX é composto por 57 novas instruções que visam melhorar o desempenho do processador em aplicações multimídia e processamento de imagens. Nestas aplicações, algumas rotinas podem ser executadas até 400% mais rápido com o uso das instruções MMX. O ganho de performance porém não é automático: é necessário que o software utilizado faça uso das novas instruções, caso contrário não haverá nenhum ganho de performance.
Seria mais ou menos como se você morasse em uma casa qualquer e de repente se mudasse para uma casa idêntica à antiga, apenas com uma porta a mais na cozinha, escondida atrás da cortina, que o conduzisse a alguns cômodos novos. Se ninguém lhe contasse sobre a existência da tal porta, talvez você nunca percebesse a diferença e continuasse usando apenas os cômodos antigos. Um programa antigo, simplesmente ignorará as instruções MMX, não apresentando ganho algum de performance. Para tirar proveito das novas instruções, é preciso que o programador altere o código do programa, alterando suas rotinas para que as instruções MMX sejam utilizadas no lugar das instruções x86 padrão. O ganho de performance real depende da habilidade do programador em detectar como e onde o MMX pode ser usado para tornar a execução do programa mais rápida.
O Pentium MMX pode ser encontrado em versões de 166, 200 e 233 MHz. Em todas as versões a placa mãe funciona a 66 MHz (como no Pentium comum). Graças a isto, é possível instalar o MMX na maioria das placas soquete 7 antigas, para Pentium, desde que a placa mãe suporte a voltagem de 2.9 volts usada pelo MMX. Basta configurar o barramento para 66 MHz e o multiplicador como 2.5x ou 3x para os MMX de 166 e 200 MHz. O MMX de 233 MHz deve ser configurado com multiplicador de 1.5x, que será entendido pelo processador como 3.5x.
As instruções MMX são apenas software e não requerem nenhum tipo de suporte por parte da placa mãe. Justamente por isso, todas as placas mãe para MMX suportam também o Pentium clássico, bastando configurar corretamente os jumpers que determinam à voltagem.
Bem Vindo!!! Adicione o blog aos seus favoritos. Toda semana estou apresentando conteudos novos diferenciados. Boa leitura!
Abraço!!!
Abraço!!!