A terra gaúcha é uma terra de fronteiras.
Fronteira botânica: a mata versus o pampa.
Fronteira climática: zona onde lutam as frentes tropicais e as polares, surgindo o vento minuano.
Fronteira política: palco de lutas entre descendentes dos portugueses e dos espanhóis.
As Estâncias
Os portugueses e paulistas, ajudados pelos índios, conseguiram vencer a ostensiva arrogância espanhola.
Tomaram posse efetiva das terras.
Surgiram as fazendas, as estâncias, que romperam socialmente a barreira entre o campo e a cidade. Nas estâncias nos domingos, os campeiros e citadinos se reúnem para as carreiras de canchas (pistas), domas ou rodeio de gado. O cavalo é o traço de união, de aproximação social, das estâncias.
A pressão do inimigo fronteiriço criou no gaúcho o espírito de disciplina, o respeito à autoridade. A autoridade era o rei. O gaúcho estava a serviço do rei. Defendia o seu país e a sua estância (a sua querência). Por isso o homem da nossa fronteira era peão e soldado.
As estâncias tiveram uma função civilizadora, na civilização do cavalo.
Criou a legenda guerreira e um profundo amor pela tradição. O povo que não ama a tradição morre uma vez em cada geração...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)
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Abraço!!!
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