Rodeio é o trabalho típico dos criatórios sulistas de gado. Reúnem os animais para contar, curar, marcar e dar sal.
O nome vem certamente da palavra roda. O gado é reunido numa coxilha mais alta, mais visível e, enquanto os peães mais velhos, mais treinados, vão buscar os animais que estão longe, “piás” (meninotes) ficam rodando em torno do gado, que já está reunido. É o “parar rodeio”.
O rodeio é uma atividade comum nos campos sulinos. Mas o campeiro gaúcho transforma o rodeio num verdadeiro jogo, num dia de festa.
A Doma
A doma é a parte mais empolgante dos rodeios, o maior atrativo das festas dos Centros Tradicionalistas do Rio Grande do Sul.
O animal bravio é lançado e seguro por uma ou mais pessoas. O peão cavalga sem arreios, em pêlo. O seu único apoio são as esporas.
Numa doma festiva você poderá ouvir um gaúcho com uma gaita de fole cantar assim:
Vou m’embora, vou m’embora
prenda minha, tenho muito que fazer,
vou partir parar rodeio, prenda minha.
no campo do bem querer.
No potreiro dos teus olhos, prenda minha,
eu prendi meu coração,
ficou preso e mui bem preso, prenda minha,
este potro redomão.
Depois que o peão monta o animal, que escoiceia, pinoteia, os outros o soltam.
Começa a luta entre o cavalo e o peão. O cavalo tenta derrubar o peão. O peão tenta domar o cavalo. Ou o cavaleiro acaba no chão ou o cavalo pára, domado, e o peão recebe o aplauso da assistência.
Boleadeiras
Houve um tempo em que o gado vivia solto pastando na imensidão das coxilhas gaúchas.
Os gaúchos usavam a boleadeira para capturar os animais ariscos, selvagens, quando não conseguiam se aproximar bastante para usar o laço.
Inicialmente a boleadeira era constituída de duas bolas revestidas de couro amarradas a uma correia de couro cru. A corda media mais ou menos 2 metros (uma braça). Atualmente existe mais uma bola – a manicla (manica) pela qual os gaúchos seguram a boleadeira.
A boleadeira é usada nos pampas para capturar animais em carreira. Sua ação chega a atingir 25 metros de distância do atirador.
Segura-se a manucla, gira-se a boleadeira acima da cabeça e, depois que tomar certa velocidade, tenta-se capturar o animal.
Como? Enrolando a boleadeira nas suas pernas. Hoje a boleadeira não tem uma função utilitária, a não ser para capturar emas, que é quase um esporte, uma distração da gauchada.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)
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Abraço!!!
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