INTRODUÇÃO
A historia do Relógio acompanha, efetivamente, a própria historia da civilização. Iniciando-se por volta de 5.000 anos passados, registra a evolução do homem em seu progresso cultural e técnico, através dos tempos até nossos dias.
Presentemente o relógio é qualquer coisa de muito vulgar, muito comum. Há milhares, milhões, bilhões de relógios em todo o mundo. É ele provavelmente o mecanismo mais difundido sobre a face da Terra. Não se pode mais passar sem esse admirável companheiro!
Imaginemo-nos transportados há apenas um ou dois séculos atrás, quando ainda a maior parte da humanidade dependia de poucos e rudimentares medidores de tempo! Certamente não nos adaptaríamos! A falta do relógio, tal como o conhecemos, seria imensa para nós, habituados, como estamos, a olhar tantas vezes por dia para esses dois ponteiros que nos hipnotizam e governam, determinando o momento de nossas ações, no seu girar constante e imperturbável, assinalando com indiferença o eterno passar do tempo!
Não há duvida, sem o relógio, aperfeiçoado como está, nunca poderíamos chegar ao estagio de civilização onde nos encontramos.
No entanto, até há poucos séculos passados, os galos chegaram a ser usados como despertadores. Isso, todavia, era natural em uma época em que a humanidade contava com raros e precários medidores de tempo.
Hoje tudo mudou e o homem, mais do que nunca, depende desses extraordinários mecanismos. De um modo geral temos, em nossos dias, facilidade de ver as horas, a qualquer momento, simplesmente olhando para o pulso, para o relógio em cima da mesa, na parede ou qualquer outro lugar que esteja; e isto porque é muito raro não haver um relógio nas nossas proximidades.
A industrialização do relógio é relativamente recente. Refiro-me à fabricação mecanizada em alta série. Ela iniciou-se há pouco mais de um século. Praticamente até princípios do século XIX os relógios eram produzidos em quantidades reduzidas, dependendo de hábeis artesãos, que utilizavam maquinas rudimentares. Na atualidade é uma das industrias mais evoluídas do Globo, sendo produzidos em todo o mundo acima de 250 milhões de unidades anualmente. Isto sem duvida porque a medição do tempo foi, é e certamente continuará a ser uma preocupação permanente. No inicio o homem dividiu o dia em duas partes – noite e dia – depois, com o transcorrer dos séculos, foi paulatinamente seccionado-o cada vez mais, à medida que o progresso assim o exigia, até chegarmos ao estagio atual em que, com toda a naturalidade, se produzem em série relógios mecânicos que registram com exatidão o quinto do segundo e relógios a quartzo ou atômicos que subdividem essa já microscópica divisão da hora em nada menos que dezenas, centenas ou milhares de partes. Para chegar-se a esse estagio um longo caminho foi percorrido.