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Abraço!!!

Generalidades

a) Situação:O Município de Pinheiro Machado está assentado na chamada Zona Fisiográfica da Serra do Sudeste, e fazendo parte da 5º Região Fisiográfica e 6º Cultural do Estado.
Limitando-se ao Norte com Caçapava do Sul e Santana da Boa Vista, ao Sul com Pedras Altas e Herval do Sul, a Leste com Piratini e a Oeste com Bagé, Candiota e Hulha Negra.
Coordenada Geográficas: Latitude S 31°35’29”, Longitude Wgr. 53°21’48”.
Posição em relação à capital – Rumo WSW, distância em linha reta, 269 Km. – Via Rodoviária 350 Km.
Altitude – 463 mts.
(Inf. Fronteira Sudoeste do País – Superintendência – Inventário da Situação do Município de Pinheiro Machado.

b) Solo
A formação geológica em geral da área do Município é de granito e gnaisse que são as rochas fundamentais e típicas encontradas.
Sendo seu solo grandemente ondulado em Coxilhas, com contrafortes vindo da Serra dos Tapes, os quais no Município recebem denominações de Passarinho, Velleda, Pedras Altas, Taquara, Santo Antônio, antunes, Porongo e Baú.
A leste do Município percorrendo grande extensão, na divisa com o Município de Piratini destaca-se altaneiro o majestoso maciço da Serra das Asperezas.
Nos contrafortes destaca-se os Cerros: Porongo, Baú, Alegrias, Mão-Quebrada, Cachorros, Boné, Palmas e Guarda Velha.

c)Cursos D’ Água
Os principais cursos d’água no Município são: Rio Camaquã; Limite Norte com Caçapava e Santaninha; Candiota divisa com Bagé; Santa Maria divisa com Herval e Piratini.
Em arroios, os mais caudalosos são: Candiotinha, Antunes, Taquara, Boici, (Ex-Arroio Grande) Torrinhas, Divisa, Monhangaba, Basílio, Xadrez, da Cruz e Pires.

d) Flora
As principais espécies que mais se caracterizam no Município são: Pitangueira, Aroeira Cinzenta, Aroeira Piriquita (Anacauita), Aroeira Preta, Coronilha, Corticeira – do – Banhado, Pinheiro Brabo, Branquilho, Butiá, Canela Branca, Canela Preta, Pinheiro Brasileiro, Caporoca, Murta, Vassoura Vermelha, Vassourão Preto, Açoita – Cavalo, Capim Anoni e Vassoura Branca.
A Espécie de Capim Anoni vem se disseminando, e por ser dominante, vem causando problemas à pecuária, conforme pesquisa do CNPO – Bagé (Fonte Emater).

e) Fauna
os animais mais característicos dp Município são: Lebre, Tatu, Raposa, Gambá, Capivara, Graxaim (Sorro), Ratão do Banhado, Preá, Ema, Veado, Carancho, Chimango, Perdiz, Pomba de Bando, Caturrita, Quero – Quero, Jacu, Sariama, Pomba do Mato (Pombão) Cardeal, Periquito, Tico – Tico, João de Barro, Lagarto, Cobra Verde, Traíra, Jundiá, Lambari, Mosca, Motuca, Mosca Doméstica e Varejeira, Ratos, Carunchos, Cupim de Madeira, Cateto, Perdigão, Saracura, Gralha, Quiri – Quiri, entre outros. (Fonte Emater)

Administração do Município

Administração no Regime Imperial

O Município de Cacimbinhas, hoje Pinheiro Machado após sua emancipação, a 2 de maio de 1878, continuou anexado à Piratini por mais dois anos, até 24 de fevereiro de 1880, quando por Ato N° 558 é desanexado.
O primeiro Conselho Municipal que administrou esse Município, foi constituído de elementos de destaque social e político da novel Comuta e teve como seus primeiros conselheiros, conforme consta na Ata de Instalação os seguintes cidadão: - Florentino Bueno e Sillva, José Maria Pinto, João Cândido da Rosa, Genuíno Souza Fagundes, Francisco de Paula Araújo e Rafael Antônio D’Àvila, sendo escolhido para Presidente o Sr. Florentino Bueno da Silva – Primeiro Administrador do Município.
Quando da Proclamação da República, a Câmara Municipal de Cacimbinhas era presidida pelo Cidadão Carlos Fernandes Quincoses.
Por Ato N° 94 de 18 de fevereiro de 1890, é desenvolvida a Câmara de Vereadores do Município.
A 1° de março de 1890 é dada a posse da Junta Governativa, que administrava o Município até a nomeação interino ou eleição do Intendente da nossa Comuna. Esta junta Governativa foi constituída dos seguintes cidadão: - Rafael Antônio D’Àvila, Bernardo Dias de Castro e Francisco de Paula Vaz, cujo Presidente seria escolhido entre os componentes da junta.
Com a Proclamação da República e o regime instituído a 15 de novembro de 1889, foram criados três poderes distintos, pelos quais seriam administrados os negócios das comunas brasileiras.
Registra-se, no entanto, na história de Cacimbinhas que mesmo antes do advento da República o nosso Município, já em 19 de março de 1880 já instalado em sua Comuna, fôro, sendo juramentado no ato, o 1° Suplente de Juiz Municipal e de Órfãos, o cidadão Capitão Juvêncio Soares de Azambuja, que poucos dias depois transmitiu a respectiva jurisdição ao Presidente da Câmara, Tenente Coronel Florentino Bueno e Silva.
Foram nomeados pelo primeiro suplente para o exercício de Tabelionato Público Judicial e Notas o cidadão Idalino Campos da Luz, sendo efetivado nos cargos posteriormente, os cidadãos, João Marcos dos Santos e Frankilin Mena Machado.
Nota: - Dados colhidos nas anotações do Comendador Manoel José Gomes de Freitas em seu noticiário Histórico sobre Cacimbinhas, no Museu Histórico Farroupilha de Piratini.

Divisas Intermunicipais

O Decreto Estadual, N° 7842, de 30 de junho de 1939, que estabeleceu a nova Divisão Administrativa e Judiciária do Rio Grande do Sul, assim ficou os limites de Pinheiro Machado.

a) Oeste, com o Munucípios de Hulha Negra, Candiota e Bagé
Começa na confluência do Arroio Segurança, (Também conhecido por Taquara) Arroio Candiota e por este acima até a confluência do Arroio Candiotinha, divisas com Hulha Negra; com Candiota: Arroio Candiotinha águas acima do Passo da Conceição, daqui pela estrada do Matarazo até encontrar a estrada da varzea de Joca Farias e por esta até Porongos continuado pela Estrada do Baú, até este Cerro; daí com Bagé, águas abaixo pelo Arroio Velhaco (também conhecido por Torrinhas) até sua confluência do Rio Camaquã.

b) Com o Município da Caçapava
Começa na confluência do Arroio Torrinhas, com o Rio Camaquã, por este água abaixo até a confluência do afluente da margem esquerda deste, que faz limites de Caçapava do Sul com Santana da Boa Vista.

c) Com Santana da Boa Vista
Começa no Rio Camaquã defronte a confluência do Arroio que limita este com Caçapava do Sul e vai pelo Camaquã, águas abaixo até a confluência do Arroio Boici no Camaquã.

d) Com o Município de Piratini
Começa na confluência do Arroio Boici, (também chamado Arroio Grande), com o Rio Camaquã segue por aquelas águas acima, até sua confluência com o Arroio Xadrez; segue este águas acima, até sua nascente; daí por uma linha reta que liga a nascente do Arroio Xadrez à do Arroio Monhangaba, (também chamado Arroio do Meio ou Moinho), segue este águas abaixo até sua confluência com o Rio Piratini; segue por este, águas abaixo, até sua confluência com o Arroio Toriba (que tamém se chamou Joaquim Correa); segue pelo Arroio Toriba, águas acima, até a confluência do Arroio Tingará seu afluente da margem direita; segue pelo Arroio Tingará, águas acima, até sua nascente; daí segue por uma linha reta que liga esta nascente à nascente do Arroio Tabará, (também chamado Arroio do Salso); segue por águas abaixo, até sua confluência com o arroio dos Antunes; daí por este Arroio águas abaixo, até sua confluência com o Arroio Basílio que se chamou Santa Maria.

e)Com o Município de Herval do Sul
Começa na confluência do Arroio Antunes com o Arroio Basílio, segue por este águas acima, até sua nascente situada entre a Pedras Altas e o Cerro da Guarda; daí por uma linha reta seca, que liga esta nascente a da Sanga do Domingos, e pela Sanga do Domingos, águas abaixo, até a sua confluência com o Arroio Segurança, que se chama também de Taquara, águas abaixo até sua confluência com o Arroio Candiota.

A UVA

Símbolo de paz e riqueza para os hebreus, a uva, para os gregos, estava associada ao sagrado. Foi consagrada ao deus Dionízio pelos gregos, que por seu intermédio transmitia aos humanos parte de sua alegria e de seus poderes.
Uva é uma baga suculenta, de casca lisa, que cresce em uma trepadeira lenhosa, a videira. As uvas crescem em cachos que podem ter de seis até 300 uvas. As uvas podem ser pretas, azuis, douradas, verdes, roxas, vermelhas ou brancas, dependendo da variedade da vinheira.
Aproximadamente 60 milhões de toneladas de uvas são colhidas anualmente no mundo inteiro. Cerca de 80% da safra total são consumidas na produção de vinho. Uns 13% são vendidos para sobremesa e consumidos ao natural. O restante da safra é usado, por ordem de importância, para fazer passas, sucos, geleias e conservas em que entram outras frutas. As uvas tem uma elevada porcentagem de açúcar, sendo consideradas uma boa fonte de calorias.
A maior parte das uvas é cultivada na Europa. Os vinhedos da França, Itália e Espanha são responsáveis por 45% dos dez milhões de hectares de videiras existentes no mundo.
Fósseis de folhas e grainhas (sementes) de uvas indicam que o homem se alimentava de uvas já nos tempos pré-históricos. O cultivo da videira aparece em pinturas de tumbas egípcias que datam 2.440 a. C.

Tipos de Uva
Existem dois tipos principais de uvas: 1ª: Européia, 2ª: Americana.
As uvas européias introduzidas em 1532 no Brasil, foram plantadas primeiramente em São Vicente, onde o clima se mostrou demasiado quente e úmido. Em 1551 foi feita nova tentativa em Tatuapé com grande sucesso. Também foram bem sucedida as culturas iniciadas em Itamaracá por Duarte Coelho, mais tarde incentivadas pelos holandeses, e no Rio Grande do Sul, um século mais tarde. A viticultura prosperava quando em 1785, temendo o desenvolvimento da colônia, D. Maria I mandou destruir todas as vinheiras e fechar as pequenas fábricas que surgiam. A cultura da uva só foi retomada depois da Independência do Brasil. A partir de então ganhou novo impulso, graças a introdução de variedades americanas mais resistentes ao clima e às doenças. Os maiores vinhedos atualmente estão localizados no Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e Pernambuco.
As uvas européias pertencem à espécie Vitis Vinífera. Cerca de 95% de todas as videiras cultivadas no mundo são européias. Dividem-se em variedades para vinho, mesas e passas.
As uvas para vinho contém as quantidades certas de ácidos e açúcares naturais para a produção de vinhos de qualidade. No Brasil as variedades plantadas dependem da região. Em São Paulo plantam-se a Seibel e a Seyve Vilharde, a moscatel e diversas variedades desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de Campinas. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul a merlot, a bonarda, a canaiolo, a banbrusco, a cabernet, seibel, suyah, sauvignon, a aligoti, a clairetti provence, a riesling, a itália e treviano, a piverella e a moscatel.
As uvas para mesa são grandes, saborosas e de cores vivas. As variedades principais são a itália, as derivadas dos tipos de moscatel a niágara, a piróvano, a alphanse la valli, a goldem quem e a soraya.
As uvas para pessoas não tem grainhas e apresentam uma textura lisa quando secas. A variedade mais importante é a Thonpson sudleis ou sultamina, como, é chamada no Brasil de bagas verdes esbranquiçadas ou douradas, que constituiu cerca de 40% da produção americana. A moscatel de Alexandria e a corinto preta são cultivadas no nordeste além da sultamina.
As uvas americanas pertencem à espécie 1º vitus la brusca e 2º vitus solundifolia. Esta última têm sido largamente utilizada no Brasil principalmente na produção de híbrido que suportem a umidade e resistem às doenças. No processo de enxertia e usada como porta enxerto ou cavalo.
O cultivo das uvas. As videiras européias desenvolvem-se bem em climas de verões medianamente quente e secos, e invernos em que as temperaturas não desçam além de 12ºC. As videiras americanas suportam maior umidade e temperatura até 23ºC.

BIBLIOGRAFIA:
Enciclopédia Delta Universal Vol. 14 Página 7.837
Suécia / Zwaryken
1982 Editora Delta S/A Rio de Janeiro

Otimize seu Tempo!

Você já deve ter ouvido alguém dizer: “que não tem mais tempo pra nada!”, “que está lotado de coisas para fazer!”, “que o dia deveria ter 36 horas”, etc. Pois é, fora o charme, essas declarações muitas vezes têm um fundo de verdade.
Primeiro, pode ser que assumimos mais compromissos do que podemos realizar. Depois, porque costumamos não planejar bem o nosso tempo e com isso, gastamos muito tempo fazendo coisas que não acrescentam nada na nossa vida ou que poderiam ser feitas em outro momento.
O que podemos fazer para otimizar o nosso tempo? Afinal, temos que ter tempo para nós mesmos, para nossas famílias, namoro, trabalho, estudo, diversão, esporte...
Confira alguns pontos que podem ajudar no seu planejamento diário.

Conheça e Planeje suas Atividades
Que tal no início de cada semana, ou do dia, você parar 5 minutinhos, pegar uma folha de papel, e anotar nela uma lista de coisas que você tem que fazer durante a próxima semana ou durante o dia que se inicia? Inclua assuntos pessoais, acadêmicos, profissionais, de lazer, etc...

Estabeleça suas Prioridades
Agora, anote ao lado de cada assunto dessa lista, um número de 1 a 3, de acordo com as suas prioridades.

Agende suas Atividades
Você já se preocupou em ter uma agenda? Uma daquelas agendas organizadas. Não aquelas que tem todo tipo de anotação.
Então, pegue uma agenda que seja só sua e anote todos os assuntos prioritários nela, de acordo com a lista acima. Aqui é possível definir os melhores horários para cada coisa a fazer, de acordo com seu ritmo de vida.

Escolha o Seu Melhor Tempo
Cada pessoa possui seu próprio relógio interno. Algumas têm melhor desempenho pela manhã; outras não têm um desempenho tão bom senão à tarde. Se for uma pessoa de bom desempenho matutino, programe suas tarefas difíceis para esse tempo. Use seus recursos nos seus melhores momentos do dia.

Seja Realista
Para que a programação seja prática, não deve incluir atividades demais. Tentar ser “superqualquer coisa” só leva ao desapontamento e à frustração. E isto poderá trazer problemas de saúde. Aprenda a fazer suas atividades dentro de seus limites.


IMPREVISTOS
Agora que vimos algumas dicas de como se planejar no tempo, precisamos contar com alguns “certos favores que não estavam no programa” e que “enchem os picuá” de qualquer criatura. São os imprevistos do dia a dia, como um congestionamento de trânsito, quebra do ônibos, uma dorzinha de cabeça, falta na aula, chuva, etc...
Então, lembre-se também algumas dicas para essas situações.

Seja Flexível
Sob pressão, procure permanecer calmo, sem stress, e assim poderá realizar muito mais do que se perder totalmente o controle, emocionalmente. Descontraia-se; dá certo. Assim, pode determinar o que tem de ser feito primeiro. Se não se descontrair, não poderá discernir as prioridades corretas.

Peça Ajuda
Procure ter sempre alguém prestativo do seu lado. Incentive alguém a te ajudar quando preciso, evitando assim ficar sobrecarregado, enquanto outros ficam sentados, observando e ficando aparentemente despreocupados com isso.
Só uma coisa mais. Procure aproveitar cada minuto do seu tempo, sem tornar-se escravo dele. Isso poderá fazer de você uma pessoa chata, sem alegria naquilo que faz.
Esteja aberto aos momentos felizes da vida. Aproveite algumas ocasiões para sentar-se tranqüilamente, refletir e falar sobre o que tem feito. Tais momentos podem ser deveras preciosos!

MANUTENÇÃO EM FONTES CHAVEADAS

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Estas dicas sobre fontes chaveadas destina-se a pessoas que já tenham intimidade razoável com eletrônica e procedimentos básicos de manutenção como testes dinâmicos de circuitos e estáticos de componentes. Portanto, os que não têm a base necessária, logo postarei mais sobre eletrônica básica, afim de poder ajudar-lhes. Destaca-se também que tratar-se-a mais do aspecto prático, desde que o objetivo é auxiliar a manutenção e não o projeto de fontes chaveadas.

DICAS DE SEGURANÇA

A atenção e o conhecimento do que se está fazendo são fatores importantíssimos. Desconecte sempre o cabo de alimentação ao abrir qualquer equipamento e para fazer medidas estáticas. Se puder adquira um transformador de isolação para rede elétrica.Ao fazer medições no primário descarregue os capacitores de entrada com um resistror (1Kohm/1W deve servir) com o cuidado de não tocar em ambas as pernas. Sempre que precisar tocar nas partes interiores da fonte certifique-se que não exista contato algum com a fonte externa de energia (estabilizador, rede elétrica). Não adianta apenas desligar a chave liga-desliga pois podem haver retornos do fase da rede. Mantenha a bancada limpa e livre de elementos condutores como restos de solda, parafusos, etc... No mais, o conhecimento de primeiros socorros por você e das pessoas que convivem com você nunca é demais.

FONTE LIGADA EM TENSÃO ERRADA(110V PLUGADA EM 220V)

Normalmente, as fontes de microcomputadores não apresentam muitos probemas e ao que parece a causa mais comum de pane nesses dispositivos é ao plugar o cabo de alimentação na rede elétrica (principalmente em regiões que fornecem 220 volts) por meio do estabilizador ou no-break.Os usuários simplesmente esquecem o cuidado que se deve ter a qualquer equipamento eletrônico, verificando a tensão de alimentação. Os efeitos da sobretensão podem ter as consequências desde um simples fusível queimado (o menos comum), até danificação de componentes do lado secundário do transformador de chaveamento:



Na figura acima, estão discriminados os componentes que mais sofrem com este tipo de procedimento. Na realidade você pode presumir o ocorrido pelo simples fato cheirar o interior da fonte. Após abrir a fonte, uma inspeção visual poderá revelar logo de cara alguns dos componentes avariados: capacitores eletrolíticos de filtros estourados, fusível rompido, resistores tostados, transistores ou fets trincados ou com dissipador chamuscado.
Algumas fontes têm mecanismos para evitar um estrago maior como, por exemplo, o uso de varistores em paralelo com a alimentação logo após o fusível. Quando uma sobretenção ocorre, o varistor entra em curto forçando o fusível a abrir e evitando que os circuitos afrente sofram danos. Neste caso basta retirar o varistor queimado (de preferência trocá-lo) e substituir o fusível.

INTEGRADOS DE CHAVEAMENTO UTILIZADOS EM FONTES DE PC

O cicuito integrado de chaveamento (PWM) é o coração da fonte chaveada. Alguns circuitos integrados são muito usados em projetos de fontes para PC. Dentre estes o TL494 é sem duvida um dos preferidos. Outro que vez por outra aparece é o SG3524.
Existem casos em que o problema da fonte se concentra em torno desses componentes. Portanto é sempre bom providenciar a presença deles em seu estoque de reposição. Também providencie soquetes para os ci's, pois eles ajudam muito no caso de um diagnóstico precipitado com a troca do ci.
Na figura a seguir está a pinagem do TL494 fornecida pela Texas Instruments com alguns dos sinais mais importantes para o nosso intento que é diagnosticar a falha deste componente ou em torno dele:



Na figura, CT é o pino onde temos o capacitor que define a constante de tempo de oscilação. A onda indicada é fundamental para o funcionamento do CI e deve ser verificada de preferência com um oscilocópio. C1 e C2 são as saídas (coletores dos transistores de saída) do CI. Estes três sinais devem obrigatoriamente estar presentes para se poder descartar de início a hipotése de problemas nesta seção da fonte. C1 e C2 devem ter uma aplitude de pico-a-pico aproximadamente igual a Vcc (pino 12). Vale destacar que o valor da tensão no pino 12(Vcc) deve estar entre 7 e 40 volts (usualmente de 10 a 15 volts) sendo estes valores os extremos da tensão de alimentação do CI e medidos em relação ao pino 7(GND).
Obs.: As formas de onda de C1 e C2 são apenas um esboço para facilitar a assimilação. Assim ilustrar-se-a abaixo as próprias ondas sugeridas pelo datasheet do fabricante para os mais rigorosos:



Abaixo está a pinagem do SG3524, fabricado pela SGS-THOMSON. +VI é o pino de alimentação que deve estar entre 8 e 40V com relação ao GROUND (pino 8). Os sinais são basicamente os mesmos do CI anterior só que agora nos pinos CT , COLLECTOR A e COLLECTOR B.

Granja PEDRAS ALTAS

Desde 1905

Pedras Altas – Rio Grande do Sul
Brasil


Joaquim Francisco de Assis Brasil

Nasceu a 29 de julho de 1858 em São Gabriel.
Em 1876 ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo, formou-se em 1882.
Pregou a Liberdade e a República. Em 1879, junto com seus colegas de faculdade fundou o “Clube Republicano Acadêmico” e o jornal “Evolução”.
Publicou diversos livros, sendo sua primeira obra editada na sua adolescência, aos 18 anos, um livro de poesias “Chispas”.
Aos 22, editou “A República Federal”, depois “Discursos”, “Histórias da República Riograndense”. Em 1896, publicou “Governo Presidencial” e em 1898 a “Cultura dos Campos” em 1894 “Democracia Representativa” (do voto e da maneira de votar), “Ditadura, Parlamentarismo, Democracia”.
Foi eleito Deputado Provincial em dois biênios, 1884/1886 e 1886/1888.
Em 1889, proclamada a República, foi eleito deputado à Assembléia Nacional Constituinte. Promulgada a Constituição, renunciou.
Em conseqüência do Golpe de Estado de Deodoro da Fonseca, a situação no Rio Grande do Sul ficou crítica. Julio de Castilhos abandona o poder, foi constituída uma junta governativa, da qual Assis Brasil fez parte, assumindo o governo do Estado, tendo como objetivo:
A – fazer a sociedade recobrar ao sossego perdido;
B – combater a ditadura;
C – presidir com a maior imparcialidade a eleição que se deveria realizar.
De 1890 a 1894 foi nomeado Ministro Plenipotenciário do Brasil na Argentina.
Em 1894 foi transferido para a China. Não chegou a assumir o posto, porque o presidente Prudente de Morais lhe deu a incumbência de reatar as relações estremecidas entre Brasil e Portugal.
Em 1898 foi transferido para os Estados Unidos, ficando lá até 1903, quando o presidente Rodrigues Alves o chamou para trabalhar ao lado de Rio Branco, na questões de limites entre Brasil e Bolívia. Depois de assinado o tratado do Acre, a 17 de outubro de 1903, voltou para Washington.
Em 1905, Rio Branco removeu-o para a Argentina, onde se tornara necessária a presença de uma personalidade de prestígio para desfazer intrigas surgidas contra nosso ministro das relações exteriores.
Em 1906 ao lado de Joaquim Nabuco, presidente do Congresso pan-americano realizado no Rio de Janeiro, dirigiu os trabalhos como secretario geral.
Em1907 pediu aposentadoria e dedicou-se a Granja de Pedras Altas, que estava em fase de construção.
Em 1908, fundou com seu amigo Fernando Abbott o Partido Democrático.
Em 1922, seu nome foi lançado como candidato de oposição à Borges de Medeiros. A rudeza da luta eleitoral tornou inevitável um movimento armado. Em 1923, foi assinada a paz no Castelo de Pedras Altas. A paz da Revolução de 23.
Em 1924, tendo surgido novo movimento revolucionário entre Chimangos e Maragatos, Assis Brasil exilou-se no Uruguay, ficando na cidade de Melo durante 4 anos.
Em 1927 foi eleito Deputado Federal.
Em 1928 fundou o Partido Libertador. No mesmo ano inicia a campanha em favor de Getúlio Vargas, então Presidente do Estado. Em 1930, Washington Luis é deposto e Getulio Vargas assume o poder. Assis Brasil assumiu ocupando a pasta de Ministro da Agricultura.
Em 1931 foi mandado a Buenos Aires em missão especial, para assumir a Embaixada do Brasil, acéfala desde a Revolução Argentina de 1930, devido ao não reconhecimento do governo do General Uriburu por parte do Presidente Washington Luis.
Em 1933 eleito Deputado da Assembléia Constituinte, foi enviado em missão extraordinária à Inglaterra, onde tomou parte da Conferência Econômica Mundial e ainda retribuiu a visita que o Príncipe de Gales fizera ao Brasil.
Durante o tempo dedicado à Pátria, Assis Brasil jamais esqueceu do campo. Em todo o lugar que passou procurava algo que pudesse contribuir para o progresso e desenvolvimento da pecuária e agricultura.
Introduziu a raça Jersey no Brasil, gado para produzir leite, a raça Devon para produzir carne e ovelhas da raça Ideal para a produção de lã, cavalos puro-sangue, arvores como o eucalipto, e outras variedades.
Faleceu em Pedras Altas no dia 24 de dezembro de 1938.
Assis Brasil foi um semeador. Que futuras gerações sigam seu exemplo.
“É na água que se aprende a nadar, e é no exercício da liberdade que se aprende a ser livre”. Joaquim Francisco de Assis Brasil.

“Não louvo o que tenho, mas tenho o que louvo”. Joaquim Francisco de Assis Brasil.

Histórico

a)Origem do Município
Em meados do século XIX uma extensa campina cobria o solo onde hoje se acha localizada a cidade de Pinheiro Machado.
Naquela épo ca remota, sendo o transporte de mercadorias feito regalmente por carretas, estas em suas rotas seguiam sempre os divisores de águas naturais abrindo, em suas passagens estradas que se tornaram as escoadoras dos produtos que, do litoral, demandavam à fronteira, ao inteiror do Estado e vice-versa.
Os viajantes tendo que vencer longas distâncias, estabeleciam, habitualmente, pontos de pouso naqueles lugares onde a natureza lhes fornecesse água potável abundante, de que pudessem prover-se.
E foi assim que, em torno de algumas “CACIMBAS” naturais, entre elas ainda existem a “Cacimba do Camacho”, hoje com uma gruta com a imagem da Nossa Senhora da Luz, tornou-se pouso preferido pelos carreteiros, nascendo um pequeno agrupamento social, que passou a ser conhecido por “Cacimbinhas”.
Segundo a lenda, um dos maiores proprietários do lugar, José Dutra de Andrades tendo ficado cego, fez um voto a Nossa Senhora da Luz: – o de enguer uma capela em intenção, se ao banhar os seus olhos com a água ali existente, conseguisse recuperar a visão.
Verificando-se a cura, aquele proprietário combinou com seu vizinho Thomas Antônio de Oliveira (Nico) a doação em comum de um trato de terra, que foi doado em 10 de abril de 1851, onde levantou um pequeno templo que por Lei N° 215, de 10 de novembro de 1851, cria uma Capela Curato com a invocação de Nossa Senhora da Luz, na Coxilha de Velleta, no Lugar denominado Cacimbinhas, que passou a denominar-se Curato de Nossa Senhora da Luz.
Com o desenvolvimento progressivo do lugar este foi elevado a categoria de Freguesia por Lei N° 358 de 17 de fevereiro de 1857, que diz em Artigo 2° – “Igualmente a Freguesia os Curatos de Cacimbinhas, no Município de Piratini etc, etc...”
Como nos foi dado a constatar foi a velha Carreta Gaúcha, que demarcou as primeiras estradas e carreteiras do nosso solo abençoado... que sempre buscando o outro lado com menos pedras e espinhos, foi um heróico rancho de quincha, que andou marcando com a frincha das rodas os Novos Caminhos, e assim com essas carretas nasceu nossa Cacimbinhas.
Veja o que deixou escrito de próprio punho em suas Notícias Históricas o Comendador Manoel José Gomes de Freitas, conservadas no Museu Histórico Farroupilha em Piratini.
“CACIMBINHAS” – A reunião de alguns devotos de Nossa Senhora da Luz, a cuja frente colocaram-se os cidadãos José Dutra de Andrade e Antônio José de Oliveira (Nico), fez com que a Assembléia Provincial pela Lei N° 215 de 10 de fevereiro de 1851 criasse uma Capela Curato dando-lhe por distrito o 4° distrito da Freguesia de Piratini.
Os moradores edificaram uma pequena Igreja na área de terreno que por Dutra e Nico foi doada à Padroeira Nossa Senhora da Luz.
Com o pequeno aumento da população e edifícios no lugar conhecido por Cacimbinhas e onde é a sede do Curato da Luz, foi elevado a categoria de Freguesia pela lei Provincial N° 358 de 17 de fevereiro de 1857.
Foi elevada a categoria de Vila pela Lei Provincial N° 1132 de 2 de maio de 1878 e instalou-se o foro dia 19 de março de 1880 sendo juramentado nessa ocasião o 1° suplente de Juiz Municipal e de Órfãos o Cap. Juvêncio Soares de Azambuja, que poucos dias depois transmitiu a respectiva jurisdição ao Presidente da Câmara Tem. Cel. Florentino Bueno e Silva.
Foram pelo primeiro suplente nomeados para o exercício de Tabeliao do Público e Notas o cidadão Carlos Fernandes Quincose e Escrivão de Órfãos o cidadão idalino Campos da Luz.
Foi promovido no ofício de Escrivão de Órfãos o cidadão João Marcos Santos da Costa e Frankilin Mena Machado de Tabelião de Notas e Escrivão Civil.
NOTA: – O original deste documento encontra-se no Museu Histórico Farroupilha de Piratini e é escrito de próprio punho.

b)Período Anterior a Fundação
Quando em 11 de julho de 1747, o Rio Grande foi elevado a categoria de Município, o território do município de Pinheiro Machado pertencia a Rio Grande.
Ainda em Alvará Provincial de 27 de abril de 1809 é dividida a Capitânia de São Pedro do Rio Grande do Sul, em quatro Municípios: Porto Alegre, Rio Grande e Santo Antônio da Patrulha.
Cacimbinhas, ainda ficou pertencendo ao Município de Rio Grande. De acordo com a Lei Provincial de 20 de outubro de 1823, que transferiu a sede do Governo da Capitânia para Viamão e posteriormente em definitivo para Porto Alegre, e a Capitânia do Rio Grande do Sul foi dividida em seis Municípios: - Rio Grande, Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha, Rio Pardo, Cachoeira e São Luiz da Leal Bragança, sendo este último não chegou a ser instalado por falta da existência de pessoas gabaritadas para o exercício das funções públicas da comuna. Ainda Pinheiro Machado “Cacimbinhas” ficou na área do município de Rio Grande.
Mais tarde por Decreto Provincial S/N de 15 de dezembro de 1830, é elevada a categoria de Vila a Freguesia de Piratini, que a 7 de junho de 1832 foi oficialmente instalada pelo Ouvidor, Conselheiro Antônio Rodrigues Braga; aqui então, passa Cacimbinhas a fazer parte do novo Município de Piratini, sendo de conformidade com a Lei Provincial N° 13 de 1866 denominado 4° Distrito de Cacimbinhas (Vide anais da Assembléia Legislativa da Província de São Pedro do Sul). Sendo que a atual área que hoje compõe o Município de Pinheiro Machado eram o 4° e 5° Distrito de Piratini, denominados 4° Distrito de Cacimbinhas e 5° Distrito de Torrinhas, ficando por força da citada lei com as mesmas demarcações de divisas que hoje vigoram. NOTA – A divisa destes distritos na época a oeste (hoje com Bagé e Candiota) eram com Rio Pardo e pelo Rio Jaguarão até o Arroio Taquara e não pelo Arroio Candiota etc.

c)Fundação do Município
Mais tarde, já bastante promissora a Região pertencente a Piratini, Cacimbinhas, emancipou-se por Lei Provincial, N° 1.132 de 2 de maio de 1878 tendo a nova comuna recebido o nome que a tradição lhe consagrou, “Cacimbinhas” sua instalação se verificou a 24 de fevereiro de 1879.
Convém deixar registrado que ao rever ao Noticiário Histórico e Geográfico escrito de próprio punho pelo Comendador Manoel José Gomes de Freitas, descrevendo a Freguesia, Vila de Piratini, conservado intacto no Museu Histórico Farroupilha da cidade de Piratini, não é encontrada qualquer referência a lenda que se originalizou doação ao Curato Freguesia de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas, o que é estranho e de lamentar-se pois é um documento muito explicito.
Entretanto, em entrevista mantida com o bisneto de Dutra de Andrade, João Guilherme Dutra com 93 anos (vivo até 1983), certidão de nascimento, e com o neto de Nico de Oliveira, Frutuoso dos Santos Oliveira, vivo com 95 anos de idade, ambos afirmam ter ocorrido o milagre da cura dos olhos de Dutra de Andrade, bem como afirmam a existência da cacimba milagrosa em que Dutra lavou os olhos, que fica, segundo eles, para o lado dos fundos da Capela, rumando em direção a zona norte, hoje urbanizada (Vila Hidráulica).
Frutuoso afirma ainda que muitoas e muitas, vinha com seu Nico, na vila, como era chamada, montando um petiço, e de passagem pelo Curtume das Rosas, hoje matadouro municipal e já com Fôro edificado em parte da área, onde deixavam os cavalos; ao passar pela vila seu avô Nico lhe mostrava apontando para aludida cacimba, mais ou menos de oito quadras, provavelmente em terrenos que pertenceram a Ernesto Bacchiere ou Adrian Gomes da Silva. João informa ainda, que da frente da casa de Dutra este avistava a Capela e localizava a cacimba milagrosa, casa que é tapera em campos de Martin Silveira. Outra informação sobre a existência da cacimba digna de crédito, nos é dada pelo Dr. Manoel Marques Dias. Dizia ele que sua mãe, neta de Nico Oliveira, fazia referências a cacimba e sua localização em campos de Adriano Gomes da Silva, afirmando, também o milagre, e que ficava localizada para o lado do nascer do Sol, hoje provavelmente, nas proximidades da localização das populares, último nícleo construído.

d)Ata Histórica da Primeira Reunião da Câmara Municipal 24 de Fevereiro de 1879
Aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro do ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil oitocentos e setenta e nove, qüinquagésimo oitavo da Independência do Império, nesta Vila de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas, da Província do Rio Grande do Sul, no paço da casa destinada para as Sessões da Câmara Municipal da dita Villa, pelas dez horas da manhã, achando-se presentes e ocupando seus respectivos lugares o cidadão Bernardino Dias de Castro, Presidente da Câmara Municipal da Villa de Piratiny, comigo João Severo D’Àvila, Secretário da mesma Câmara, com os vereadores eleitos para esta municipalidade, abaixo mencionados, o referido Senhor Presidente anunciou em alts vozes que se ia procedera instalação e a posse desta nova Câmara, na forma de artigo terceiro do Decreto de treze de novembro de mil oitocentos e trinta e dois, ordens da Presidência da Província de cinco de novembro último e vinte e dois de janeiro próximo findo, e em virtude da seguinte Lei Provincial: - Lei número mil cento e trinta e dois, de dois de maio de mil oitocentos e setenta e oito – O Doutor Américo de Moura Marcondes de Andrade, Presidente da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Faço saber que a Assembléia Proveincial decretou e eu sancionei a Lei seguinte: Artigo Primeiro – Fica elevada a categoria de Villa a Freguesia de Nossa Senhora da Luz das Cacimbinhas.
Artigo Segundo: as divisas do Município serão as mesmas que tinha como Freguesia. Artigo Terceiro: Ficam revogadas as disposições em contrário. Mando portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram, a façam cumprir tão inteiramente como nela contém. O Secretário desta província a faça imprimir, publicar, na Leal e Valorosa cidade de Porto Alegre, aos dois dias do mês de maio de mil oitocentos e setenta e oito, qüinquagésimo sétimo da Independência e do Império. Américo de Moura Marcondes de Andrade. Nesta Secretaria do Governo Germano Severiano da Silva. Em ato contínuo feita a chamada dos Vereadores eleitos que haviam sido convocados, compareceram os Senhores Florentino Bueno e Silva, Rafael Antônio D’Àvila, Francisco de Paula Araújo, Genuíno Souza Fernandes, João Cândido da Rosa e José Maria Pinto, a cada um dos quais o dito Senhor Presidente deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em que obrigarão a desempenhar as obrigações de Vereadores da Câmara digo, Nova Villa das Cacimbinhas e promover quanto em si couber, os meios de sustentar a felicidade pública, depois do que, o referido Senhor Presidente, declarando achar-se instalada a dita Câmara Municipal, convidou os mencionados vereadores a tomarem posse dos lugares que competia, o que fizeram, ocupanto suas cadeiras e ordenou que se passasse editais para serem afixados nos lugares mais públicos, dando conhecimento de posse da nova Câmara. E para constar se lavrou a Acta, em que comigo assinarão o Senhor Presidente e todos os Vereadores empossados. Eu João Severo D’Àvila, Secretário a escrevi. – Bernardo Dias de Castro, Florentino Bueno e Silva, Rafael Antônio D’Àvila, Francisco de Paula Araújo, Genuíno de Souza Fernades, João Cândido da Rosa, José Maria Pinto. – É esta, portanto, a certidão de nascimento do Município de “Cacimbinhas”.

e)Primeiros Atos de Administrativos de Cacimbinhas
Pesquisando os primeiros quatro Livros de Atos do Novo Município de Cacimbinhas muito nos é dado descrever da sua história administrativa.
Nestes livros encontramos uma abrangência a ser pesquisada que datam de 24 de fevereiro de 1879 a 26 de dezembro de 1926, onde são encontrados os registros dos primeiros Atos Administrativos de 48 anos da vida político-administrativo do novel Município de Cacimbinhas – Pinheiro Machado.
Transcrito aqui como parte integrante desta história do Município dois atos por serem eles de maior expressão no surgimento da nova comuna, que são os atos de juramento para o exercício do cargo de Secretário e Delegado de Política do novo Município.
Secretário do Município – Aos vinte e quatro dias do mês de fevereiro de mil oitocentos e setenta e nove, nesta Villa de Cacimbinhas, no Paço da Câmara Municipal, onde se achava o Senhor Presidente deferiu o juramento dos Santos Evangelhos em um livro deles ao Senhor Tenente José Virgílio Goulart, em que prometeu bem fielmente servir o cargo de Secretário desta Câmara, para o qual foi nomeado em sessão de hoje. Do que para constar, lavro o presente em que todos assignão. Eu Rafael Antônio D’Ávila, Vereador servindo de Secretário Interino – o escrevi – Florentino Bueno Silva, Rafael Antônio D’Àvila, Francisco de Paula Araújo, Genuíno Souza Fagundes, José Maria Pinto, João Cândido da Rosa, José Virgillino Goulart.
Delegado de Polícia – A 10 de abril seguinte, era recebido pelo Presidente da Câmara o compromisso do Delegado de Polícia do Município, Alferes Antônio Rodrigues Velleda, nomeado pelo Presidente da Província e que prestou juramento pondo a mão direita sobre o Santo Evangelho, segundo o uso da época seguindo-se nos livros as demais nomeações da história politico-administrativo de Cacimbinhas.

f)Elevação à Categoria de Cidade
Por força do Decreto-Lei N° 311 de 2 de março de 1938, e Decretos-Lei Estaduais de N° 7.199 de 31 de março de 1938 e 7.589 de 29 de novembro de 1938, as sedes de municípios até então na categoria de Vila, passaram a caregoria de Cidade e todas as sedes, visto aqueles Decretos terem sido estendidos a denominação de Cidade a todas as sede de colunas, independente de importância e de densidade demográfica.

g)Mudança de Nome
O Município de Cacimbinhas, teve seu nome mudado para Pinheiro Machado, na administração do Intendente Provisório, Dr. Ney de Lima Costa, nomeado por Ato do Governo do Estado de 1° de maio de 1915, e tomando posse na intendência de Cacimbinhas a 06 de maio do mesmo ano.
Com o assassinato do Senador José Gomes Pinheiro Machado, mais conhecido por Pinheiro Machado, a 8 de Setembro de 1915 na entrada do Hotel dos Estrangeiros, no Rio de Janeiro, o Dr. Ney de Lima Costa, desejando fazer uma homenagem em memória de seu amigo particular e correligionário, muda o nome de Cacimbinhas, nome tradicional de nossa terra, para o de Pinheiro Machado.
Por Ato N° 30 de 30 de outubro de 1915, o Ato assinado por ele, Ney de Lima Costa, e seu Secretário José da Silva Rosa, muda o nome de Cacimbinhas para Pinheiro Machado, ato este que na época foi muito repudiado pelos moradores da comuna, chegando ao ponto de deportarem o intendente montado num burro, e o levaram até próximo ao Passo dos Pires, e segundo informações dignas de crédito, só não o lincharam, pela interferência do humanitário médico aqui residente, Dr. Jonathas Rodrigues Barcelos.
Nota: - Estas informações foram colhidas por sobreviventes da época entre eles Miguel Rodrigues, Barcellos Neto, filho do citado médico e pelo Sr. Nelson Dias Noguez acatado jornalista desta terra etc. o importante e muito curioso em todo este episódio é que Pinheiro Machado é filho de Cruz Alta, conhecido, por ser o segundo tropeiro do Rio Grande, em todo o Estado, mas por fatalidade talvez nem soubesse que existia aqui no extremo sul do Estado, Cacimbinhas, terra que iria herdar o seu nome em memória.

h)Anexação de Área ao Município
Na administração do Intendente, Major Álvaro de Ávila Escobar, por Decreto N° 635 de 3 julho de 1934, o Governo do Estado, foi anexado ao Município de Pinheiro Machado, uma excelente faixa de terra, possuindo ótimas pastagens, constando de área de 520 quilometros quadrados (Km2), e que desde 1891 vinha sendo desfrutada pelo Município de Piratini.
Embora a Carta Geral da República dos Estados Unidos do Brasil por Ato N° 361 de 28 de abril de 1891, já determinava os limites entre os Municípios de Piratini e Cacimbinhas, demarcados pelo Decreto supra, e mais divisas estabelecidas pelo Decreto N° 7.842, de 30 de junho de 1939, Decreto que estabeleceu a divisão administrativa e judiciária do Estado do Rio Grande do Sul, que retificou o estabelecimento na Carta Geral da República de 1891.

Uma boa leitura de motivação

O ELEFANTE ACORRENTADO
Prof. Damásio de Jesus


Você já observou elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, permanece preso, quieto, contido somente por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, parece óbvio que ele, capaz de derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com facilidade, arrancá-la do solo e fugir.
Que mistério! Por que o elefante não foge?
Perguntei a um adestrador e ele me explicou que o elefante não escapa porque está amestrado. Fiz então a pergunta óbvia:
Se está amestrado, por que o prendem?
Não houve resposta!
Há alguns anos descobri que, por sorte minha, alguém havia sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso: naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino: ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.
Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode.
Jamais, jamais voltou a colocar à prova sua força.
Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas "que não podemos ter", "que não podemos ser", "que não vamos conseguir", simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos" que "a corrente da estaca" ficou gravada na nossa memória com tanta força que perdemos a criatividade e aceitamos o "sempre foi assim".
De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: "não posso", "é muita terra para o meu caminhãozinho", "nunca poderei", "é muito grande pra mim!"
A única maneira de tentar de novo é não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes! Vá em frente!

COMO DESENVOLVER O PODER DA MENTE

A Winter e R. Winter

1.É vital desafiar o cérebro para mantê-lo ótimo.
2.Quanto mais intensa uma sensação, mais rápido ela desaparece.
3.Exercícios aeróbicos aumentam a oxigenação do cérebro.
4.A respiração correta é um meio de controle sobre os processos físicos.
5.Para rememorar faça associações incomuns e ridículas.
6.É preciso romper as normas e o sistema para enxergar de um jeito novo e criativo.
7.Pessoas intuitivas respondem olhando para a esquerda. A resposta lógica e refletida é quando se olha para a direita.
8.Temos que confiarmos na nossa intuição.
9.Não devemos temer cometer erro.
10.Uma abstinência de cinco meses de álcool é muito importante.
11.Dar-se um presente é forma de feedback.
12.Repita uma auto-afirmação quinze vezes enquanto relaxado.
13.É melhor tomar uma decisão do que evitar de tomar.
14.Ás vezes ganhamos mais perdendo e repetindo a tentativa do que ganhando.
15.A criatividade surge quando correlacionamos fatos observados em uma nova ordem.
16.A parte mais importante nos quadros está no lado direito das obras de arte.
17.O olfato afeta o sistema digestivo, sexual e emocional.
18.Carne, ostra, noz, fígado e gérmen de trigo são ricas em zinco.

Aspectos Geográficos Antes das Cacimbinhas

Por volta de 1750 o terreno onde está localizada a sede do Município de Pinheiro Machado, era coberta por extensos banhadais e mata nativa, sendo um divisor de águas das bacias do Rio Piratini, a norte, do Rio Jaguarão , a oeste e o Rio Santa Maria, ao sul; descortina uma grande coxilha que, segundo consta no livro N° de Sesmarias, arquivo de Rio Grande, batizada por Coxilha Velleda ou Vereda, e que além de divisor de águas era estrada e também, em parte, fronteira entre as coroas Portuguesas e Espanholas, conhecida pela Coxilhas das Cacimbinhas, nome que dessa época para frente se perpetuou.

Berinbau

O riginário da África. Veio com os escravos. É mais usado na Bahia para acompanhar a capoeira. O africano quando veio, como escravo, para o Brasil á sabia lidar com o ferro. Muitos dos seus instrumentos musicais eram de ferro – agogô, adjá (campainha), berimbau-de-beiço, berimbau-de-barriga.

O Berimbau-de-Barriga
Compõe-se de um arco de madeira de mais ou menos metro e meio de comprimento. Uma corda de metal (arame). E uma caixa de ressonância, que é uma pequena cabaça cortada, amarrada com barbante especial, na parte anterior do arco. O tocador usa uma varetinha de madeira (para percutir a corda). Uma moeda pesada (dobrão). E uma espécie de cestinha cheia de sementes (caxixi) para marcar o ritmo.

O Berimbau-de-Beiço
Conhecido como marimbau. É um pequeno istrumento que o negro usava preso aos dentes. A caixa de ressonância era a própria boca. É uma peça raríssima. Peça de museu.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Capoeira

A capoeira é ao mesmo tempo uma luta e uma dança. Uma arma de defesa pesoal e um divertimento. Foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos. Difundiu-se rapidamente em Salvador, no Recife e no Rio de Janeiro.

Capoeira – Luta Mortal
Alguns golpes de capoeira podem ser mortais. Os capoeiristas, no princípio do século 19 passaram a ser muito temidos. Usavam navalhas. Formavam bandos associados a políticos. Houve uma grande repressão policial. Uma verdadeira guerra doi travada, no Rio de Janeiro, entre os capoeiristas e o chefe de polícia Sampaio Ferraz, que os venceu.

Capoeira – Dança – Brincadeira
Hoje, na Bahia encontramos escolas – “Academias de Capoeira” – onde os famosos mestres formam os seus discípulos. A luta transformou-se num divertimento: uma dança ao som de cantos, berinbau, pandeiro, caxixi, palmas...
Formam um semicírculo e dois a dois entram na roda, para começar a lutar. Meneios de corpo, ginga, rasteira, rabo-de-arraia, bênção-de-peito. Golpes e contragolpes, rápidos e ritmados.
É uma dança. Mas, cuidado!
A brincadeira pode acabar e a luta de verdade começar. Com capoeiristas não se brinca quando não é hora de bincadeira...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A República de Estudantes

A multissecular cidade de Coimbra, em Portugal, foi um exemplo.
Dela copiaram o trote de estudantes. Dela também imitaram as repúblicas de estudantes.
Em Ouro Preto, por causa da famosa Escola de Minas, a cidade colonial se povoa de repúblicas de estudantes.

Gente Jovem nos Velhos Casarões
Dez ou doze estudantes alugam uma casa e rateiam as despesas com alimentação e, às vezes, com a arrumação. As velhas casas onde casa canto há uma saudade, uma história, um romance, um drama, se povoam de uma juventude alegre que vem para estudar... e às vezes estuda mesmo!
Pelas paredes fotografias, cartazes.
Os móveis – uma cama, sempre desarrumada, um caixote servindo de mesa de cabeceira. Uma mesa e uma cadeira que é ao mesmo tempo um cabide.
Toalhas penturadas em varais ou nas bandeiras das portas.

Os Nomes Irreverentes
Há cerca de meia centena de repúblicas e os nomes são muito estranhos: Necrotério, Sepulcro dos Vivos, Arapuca, Casa da Sobra, Inferno, saudades da Mamãe, Solar das Almas Famintas, Mulher faz Falta, Poleiro dos Anjos, Ninho de Amor, Arca de Noé, Solar de Baco, República dos Inocentes, Cacetada, Butantã, Alan Bi Queiros etc.

Os “Museus” dos Estudantes
Com muita graça os estudantes fazem verdadeira sátira dos museus ou fatos históricos da circunspecta Ouro Preto.
Os visitantes riem visitando os museus peças como: as ceroulas de Gonzaga, os cabelos de Marília, a pena de escrever de Bárbara Eliodora, a cama onde morreu o Tiradentes...
Criam até fantasmas. São eles os guardadores de mapas de segredos que muitos turistas têm pago bom dinheiro para obter...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Primeiros Colonizadores

1º - Rafael Pinto Bandeira
Por volta de 1765, segundo é verificado “Vultos do Rio Grande”, referindo-se a fortuna de Rafael Pinto Bandeira assim descreve o autor – “Dentre os seus inúmeros estabelecimentos e benfeitorias, cumpre destacar a valiosíssima Estância do Pavão, com mais de vinte mil léguas de tamanho, que se estendia pelo lado sudeste as margens do chamado Grande Saco da Lagoa Mirim até mais da metade da extensão do Canal São Gonçalo, onde faz confluência com este rio o Rio Piratini; subindo pelo curso deste rio ia até a grande volta feita por ele, já próximo a cidade de Piratini; dali seguindo uma reta entrava por grande parte do município de Pinheiro Machado (antiga Cacimbinhas) tomando rumo, do Herval Sul até lançar-se no braço norte das nascentes do Arroio Grande, quando então, por este rio até alcançar sua foz no já citado início do Grande Saco da Lagoa Mirim”. Era considerada uma das maiores estâncias existentes do Rio Grande do Sul.
Como vimos descrito acima, o primeiro branco colonizador destas terras, foi o Grande Campeador Gaúcho, Brigadeiro Rafael Pinto Bandeira, e também o primeiro Gaúcho a assumir o governo do Rio Grande do Sul. Com isso nossa terra, teve um governante de seu Estado.

2º José Maria Rodrigues
Rafael Pinto Bandeira tinha um cabo de ordens desabusado, riograndense natural de Rio Pardo, de nome José Maria Rodrigues. Tinha ele a alcunha de ‘CORRUPIO’ e passou a ser o homem mais ginete do seu tempo. Quando seu chefe se transportou para Lisboa, em 1787, para ser admirado pela corte, fez-se acompanhar pelo cabo “Corrupio”. Em Lisboa, a Praça do Campo Pequeno, o desabusado gaúcho montou num potro bravio obrigando-o a executar quantas evoluções próprias que o domador quis, sob os aplausos da corte estusiasmada.
De volta a Capitânia, Rafael Pinto Bandeira aquinhou este José Maria Rodrigues, “Corrupio” com uma vasta data de terras, situadas entre o Santa Maria e o Alegrias, hoje diz o redator da história do Herval, pertencente ao município de Cacimbinhas. Com o que está registrado naquela história, o gaúcho José Maria Rodrigues foi o segundo branco colonizador do nosso Município.

3º José Dutra de Andrade e Thomaz Antônio de Oliveira (Nico)
Seguindo nossa colonização, segundo encontramos transcrito nos registros Geral de Sesmaria da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, (em arquivos na cidade do Rio Grande – livros 7 e 8) os primeiros Açorianos a receberem as Sesmarias nesta coxilha chamada “COXILHA DOS VELLEDAS” ou VEREDA, foram Thomaz Antônio de Oliveira (Nico) e José Dutra de Andrade, no ano de 1790 tendo cada um sesmeiro recebido uma área de três léguas de fundo por uma légua de frente, fazendo divisa uma com a outra, na cidade de Pinheiro Machado, sendo que a terceira sesmaria mais próxima e ligada a esta era a de Ambrózio e Antônio Pires, recebendo uma légua quadrada cada um, localizada nos últimos galhos do afluente do Piratini Maior (hoje Santa Maria), divididas entre si em dois rincões e davam confrontações norte com a Serra dos Velleda.
Estes foram nossos primeiros colonizadores.

Rio São Francisco: “O Velho Chico”

Corria o ano da graça de 1501, quando os descobridores portugueses tocaram a foz de um grande rio. Era o dia 10 de outubro, dedicado a São Francisco Borja. Daí o nome: rio São Francisco. Também chamado, carinhosamente, pelo seu povo de “o velho Chico”.

A Colonização
No século 16 chegaram os primeiros povoadores da região do São Francisco. Vinham da Bahia, de Pernambuco e São Vicente. Mas a conquista do rio só foi completada em 1697, pelos paulistas – os últimos a chegar.

O Fascínio do Ouro
Atraídos pelo ouro, os paulistas chegaram até a região do São Francisco. O bandeirante Gracia Rodrigues Paes começou a lavar o cascalho nos riachos da serra de Sabarabuçu, procurando ouro.

As Lutas com os Índios
A região da foz era habitada por índios. Havia muita fartura. Muito marisco. Os índios não queriam sair desta região. Lutaram e foram massacrados pelos portugueses.
Em 1560 começou a verdadeira conquista. A cidade de Penedo, nas margens do rio São Francisco, foi construída, depois de muitas lutas, sob o sangue dos índios caeté.

O Rio-Estrada
O curso do rio São Francisco é avaliado em 3.161 km. Antes das estradas, era o rio São Francisco o traço líquido entre Norte e o Sul do país. Por isso foi chamado – “ O Rio da Unidade Nacional”.

A Cachoeira de Paulo Afonso
Esta imensa cachoeira está localizada entre o médio e o baixo cursos do rio. Hoje, denominada pela técnica, fornece energia elétrica para um Nordeste em mudança constante.

O Nilo Brasileiro
O São Francisco é um rio de planalto, sujeito a enchentes. Na vazante, a terra adubada pelo húmus, facilita as plantações, que vão alimentar o barqueiro, os beiradeiros das margens do rio. Os amigos do “velho Chico”.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Festas Juninas

No inverno, em todo o Brasil, são realizadas as festas de Santa Cruz (3 de maio) e as juninas: Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho).

A Festa de São João
As festa de São João é profundamente humana e revive rituais do fogo, no culto a um santo da Igreja católica: São João Batista – o precursor de Cristo. A festa de São João é realizada na véspera do seu dia. São João é representado como um menino de cabelos encaracolados.
É uma festa presente em todas as áreas culturais brasileiras, girando sempre em torno do fogo.
Na festa tiram sortes, prevendo o futuro, os casamentos, as viagens.
Come-se muito, durante toda a noite. Comidas assadas nas fogueiras...
Dançam quadrilha, fazem “casamentos da roça”. Bebem cachaça, quentão.

A Fogueira
É geralmente acesa pelo dono da festa, o dono da casa, logo que o sol se põe. Soltam os balões, que sobem levando recados, pedidos para o santo. Se o balão subir serão atendidos...
Os foguetes espocam pelos quatro cantos da cidade. As “festas caipiras” surgem por toda parte, no campo e na cidade. Sem saber comemoramos a passagem do ano c´somico – com a fartura de alimentos que nascem da terra – o milho verde que cresceu nas roças, nos cercados...

Santo Antônio – Santo Antoninho
Pelo Brasil afora as festas de Santo Antônio estão quase extintas. Mas a devoção ao Santo Antônio é muito grande. É invocado para achar casamentos e coisas perdidas...
Santo Antônio já chegou a receber soldo do coronel do Exército nacional, até o princípio da República... Floriano Peixoto deu baixa a Santo Antônio.
Sempre foi tratado com muito carinho, mas recebe estranhos castigos, quando os pedidos não são atendidos. Por exemplo: colocam Santo Antônio de cabeça para baixo dentro de um poço até que a graça seja alcançada...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

O Retireiro de Leite

Os grandes vazios entre as cidades mineiras foram sendo conquistados pela pecuária. Surgiram as imensas fazendas onde fazem o aproveitamento imediato do leite, na produção de queijos e manteiga. Os mineiros se especializaram na insdustrialização do leite, produzindo os mais saborosos queijos (queijos de Minas), manteiga e doce de leite.

A Política do Café-com-Leite
Na política, no fim do Império e começo da República, os mineiros, senhores de fazendas, tomaram uma parte importante na administração pública.
Quando os fazendeiros paulistas do café dominaram a política, aliados aos mineiros, surgiu a chamada política do café-com-leite.

As Fazendas de Leite
As grandes fazendas de criar gado leiteiro, a seleção do gado, o cuidado científico deram uma cidade de Minas o título de “A capital do Zebu”.
Nas fazendas de hoje, a ordenha (recolhimento do leite) é feita por meios mecânicos.
Entretanto, no sítios, nos retiros de leite, ainda se pode ver o tradicional retireiro de leite, com o banquinho ajustado para ordenhar a vaca, manualmente.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A Festa de Iemanjá

As religiões têm seus ritos. Cerimônias que estabelecem costumes.
São ações mais ou menos uniformes e disciplinadas. Os cantos, as músicas e as danças ajudam a fixação e repetição dos ritos.

A Festa de Passagem do Ano
Iemanjá é a mais prestigiada entidade do Candonblé, Umbanda e Macumba.
O culto a Iemanjá é um dos ritos que estão tomando conta do povo carioca.
A festa se repete todos os anos, na noite de 31 de dezembro para 1° de janeiro.
Nesse dia os devotos da Macumba e da Umbanda vão prestar sua homenagem.

A Entrega dos Presentes
Quando a noite vem chegando, milhares de fieis dirigem-se para a praia.
Esperam a chegada do ano. E todos festejam a Rainha do Mar, protetora das viagens marítimas e mãe de todos os orixás.
As pessoas levam presentes para o mar. Flores, comidas e bebidas. Principalmente flores azuis e brancas.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A Cavalhada

Na Idade Média a aristocracia exibia em combates individuais (a justa) e em combates coletivos (o torneio) a sua perícia, destreza e valentia.
Estas atividades desporivas dos nobres a cavalo, reviviam os combates dos gladiadores nos circos romanos. E tinham uma finalidade – a preparação para a cavalaria.
A cavalaria, segundo a tradição, é uma instituição lendária criada pelo Rei Artur da Bretanha, fundador da Távola Redonda, com seus cavaleiros...
Ou quem sabe a cavalaria surgiu com Carlos Magno e os legendários Doze Pares de França?
Estes personagens célebres estão presentes na Cavalhada Brasileira. Mouros e Cristãos lutam. O Rei Carlos Magno e os mouros reaparecem na linguagem simples e poética do nosso povo.

A Cavalhada Brasileira
No passado constituía uma grande festa da qual participavam os grandes senhores da terra, os fazendeiros que podiam apresentar os animais ricamente “vestidos”. Era uma festa de sedas e veludos.
Poucas cidades brasileiras conservam a Cavalhada com o mesmo esplendor de antigamente, entre elas Montes Claros (Minas Gerais).

Teatro Religioso
Nas nossas Cavalhadas, introduzidas, no tempo do Brasil-Colônia, a figura central é Carlos Magno, o rei cristão.
A Cavalhada é um tema religioso. Teatro de ruam de praça pública. A finalidade é transmitir uma lição cristã, o BEM vence o MAL.
Há dois partidos: cristãos e mouros.
Os cristãos vestem-se de vermelho, representando o Mal, o Inferno.
Nas Congadas encontramos a mesma luta de cristãos e mouros. Do Bem e do Mal.

A Hora da Brincadeira
Na Cavalhada praticada no Brasil existem a parte religiosa e a “brincadeira”.
Na “brincadeira” estão os jogos atléticos, onde demonstram a perícia dos cavaleiros.
O jogo da Argolinha é muito apreciado. O cavaleiro deverá, numa grande corrida, tirar com uma lança a argolinha de couro que está presa na trave, por um fio. A argolinha é a prenda que se oferece à namorada, noiva ou esposa. O participante é sempre bom cavaleiro e cavalheiro...
A parte religiosa ou dramática, cheia de ostentação, representa uma luta entre cristãos e mouros, sendo estes infiéis batizados pelo rei cristão, Carlos Magno, mais uma vez celebrado como cristianizador.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Brinquedos Brincadeiras

A moderna pedagogia consagrou o jogo e conseguiu afastar dele aquela idéia antiga: jogo de azar. Hoje, o jogo é uma poderosa e salutar arma educativa, uma das mais completas formas de preparação para a vida real. Brincando forma-se o caráter integral da criança, do adolescente.

Brinquedos-Brincadeiras
Os jogos tradicionais infantis compreendem brinquedos e brincos, ou brincadeiras.
Brinquedos são aqueles em que não há disputa, brinca-se por brincar. Joga-se por jogar.
Brincar com boneca, catavento, aro de rodar, papagaio (arráia ou quadrado), ronda, cirandinha...
Brincos, que provoca o desejo de ganhar, de vencer: bolinha de gude, unha de mula, ou sela-corrente, carniça, amarelinha, roda de pião, futebol de bola de meia.
O brinquedo é também o objeto com o qual a criança brinca. O brinquedo às vezes é solitário, enquanto que a brincadeira requer no mínimo duas ou três crianças. A brincadeira provoca socialização, realiza contatos humanos, é muito importante no desenvolvimanto.

Roda Infantil
A roda infantil é uma das primeiras manifestações do espírito associativo das crianças.
É também um dos melhores meios na sua educação musical, e ótimo veículo de transmissão das tradições através das gerações.
As mães e as avós ensinam às crianças as cantigas de roda que cantaram na sua infância.
As cantigas de roda têm influência dos nossos antepassados portugueses e africanos.

Jogos Tradicionais
Sela-corrente é um dos jogos tradicionais do Brasil ao lado da barra-manteiga, foguinho, piques ou picula. Por meio de sorteio escolhe-se quem começa o jogo. A forma de sortear varia muito. Existem versinhos, que são ditos cada palavra para um dos participantes, para ver quem começa. Quando o versinho termina numa pessoa ela é a primeira no jogo.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Forno Caipira

O morador da roça, por causa da distância da cidade, teve que se tornar auto-suficiente quanto a certos alimentos, dentre eles o pão.
Eis por que surge, como complemento da casa caipira, o forno.
Além de ser usado para assar os pães, no forno são preparados os assados, os pernis, os leitões.

Comidas Típicas Paulistas
Estas comidas são típicas de uma época tranqüila, em que a vida era mais tranqüila também: arroz com suã (parte inferior do lombo do porco), quibebe (feito de abóbora), cambuquira (feita com pontas de rama da abóbora), moqueca de galinha (feita com milho), barreado (carne cozida em panela de barro, tampada e fechada com barro), pururuca (couro de porco frito), buré, quirera com costelas de porco.

Os Doces Caipiras
A nossa doçaria é descendente direta da portuguesa, que se abrasileirou, aproveitando as frutas tropicais. No interior paulista ainda há cidades onde são encontrados os doces tradicionais. São Luiz da Paraitinda, Tietê e Tatuí são algumas delas.
Por ocasião das festas populares os tabuleiros e as cestas saem às ruas, levando as delícias da arte culinária caipira.
Os nomes trazem um pouco do passado: brevidade ou apressado, biscoito de polvilho, mata-fome, talhada, doce de abóbora, arroz-doce, cidra, coruja, pamonha, curau, bolo de milho cru, pé-de-moleque, bolo de fubá, furrundum, sequilhos, bolinho de polvilho.
Dá até água na boca...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A Favela

A favela é um fenômeno da cidade grande. Qualquer lugar serve para a construção do barraco. Encostas de morros, terrenos baldios, alagados, margens de riachos.
Os barracos já nascem velhos. São feitos com sobras de qualquer material. Tudo serve para a construção. Zinco, latas, papelão, tábuas e caixotes.

A Favela da Música Popular
As favelas cariocas são tradiconais. Algumas têm mais de cem anos.
O barracão ficou famoso na música popular. Com Orestes Barbosa e o “Chão de Estrelas”.

A porta do barraco era sem trincoa
mas a lua furando nosso zinco
salpicava de estrelas nosso chão...


Ou com “Barracão” de Luís Antônio e Oldemar Magalhães:

Vai, barracão,
pendurado no morro,
Me pedindo socorro,
A cidade, a teus pés,
Barracão de Zinco...

(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Os Artistas Mineiros

Os mineiros expressam seu espírito criador na escultura em madeira e na pedra-sabão.
A pedra-sabão é fácil de cortar dando efeitos extraordinários. Os escultores de imagens d santos (os imaginários) encontraram na pedra-sabão o elemento ideal para demonstrar a sua criatividade.

Os Profetas do Aleijadinho
No adro da igreja de Bom Jesus do Matosinho, em Congonhas, encontramos os célebres profetas do Aleijadinho. Saíram das páginas da Bíblia para morar nas escadarias da igreja, e com o olhar de pedra divisam os morros mineiros, sempre verdes.
Ali as mais famosas formas de arte barroca mineira se perpetuaram na pedra-sabão.
Na madeira ficaram as imagens esculpidas por Aleijadinho representando a Via Sacra, que se encontram guardadas nos Passos, ou dentros das igrejas.

Os Artistas Populares
Hoje, os artistas populares trabalham o cedro doce, fazendo imagens e principalmente figuras de presépio. Por ocasião do Natal, todos os anos, esculpem as figuras que representam a cena bucólica da manjedoura de Belém. Como São Francisco de Assis, os fiéis mineiros armam os presépios em seus lares.

Objetos de Pedra-Sabão
A pedra-sabão passou a ser utilizada em larga escala na confecção de objetos, de enfeites, reproduções e miniaturas feitas a máquinas ou em formas, cópias das estátuas barrocas.
Continuam a fazer também as famosas panelas de pedra-sabão. E os mineiros de bom paladar são unânimes em afirmar que o arroz para ser gostoso tem que ser feito em uma panela de pedra-sabão. Pode provar...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Carnaval e as Escolas de Samba

Foi a partir da guerra do Paraguai que se introduziu no Brasil o atual Carnaval.
Antigamente era o entrudo. Festa de origem européia. A água, a farinha de trigo e o polvilho faziam a alegria de todos. Fazendeiros e peões, brancos e negros.

O Primeiro Baile de Salão
Com o tempo o entrudo foi proibido em algumas cidades. Pretendia-se transformar a festa numa comemoração de elite.
No ano de 1840 o Rio de Janeiro assistia ao primeiro baile de salão.

O Zé Pereira
O Zé Pereira surgiu em 1846. Um grupo de foliões de rua, com bumbos e tambores. Fazendo grande barulho depois de 22 horas de sábado.
Depois surgiram os cordões. Começaram a se organizar e a desfilar pelas ruas do Rio.
Cordões de rapazes, só de moças ou de homens e mulheres.
A influência negra era visível. Negros fantasiados de índios, tocando instrumentos primitivos.

O Corso
O corso ficou famoso em todo o Brasil.
Um enorme desfile de carros, alguns com a capota de lona abaixada. Foliões com serpentinas e confetes, cantando e dançando.
O corso carioca percorria uma extensão de mais de dez quilômetros. Hoje desapareceu.

As Primeiras Escolas
A maior festa do Carnaval carioca: as escolas de samba. Descem o morro, cantam e dançam nas ruas. Os sambas-enredo falam de personagens e acontecimentos da nossa história.
A primeira escola surgiu no bairro do Estácio, em 1928. Compositores, instrumentistas e dançarinos se uniam para desfilar.
As mulheres saíam vestidas de baianas. Os homens com roupas coloridas, camisas listradas e chapéus de palha.
Só em 1952 as escolas começaram a se organizar. Sociedades civis com sede e regulamento.

O Samba Pede Passagem
O desfile começa com o abre-alas. Uma tabuleta ou faixa que “saúda o povo e pede passagem”.
Depois vem a diretoria da escola. Todos com roupas iguais.
As mulheres, as pastoras, fazem evoluções. Na academia estão o coro masculino e a bateria de instrumentos de percussão.
Entre as pastoras e os acadêmicos desfilam o baliza e o porta-estandarte.
O resto da escola divide-se em pequenos grupos, as alas.

As Escolas Mais Famosas
Estação Primeira (Mangueria), Portela, Império Serrano, Acadêmicos do Salgueiro, Unidos de Lucas, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Vila Isabel, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos de Padre Miguel.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A Procissão de Corpus Christi

Ouro Preto é uma cidade colonial de Minas Gerais tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Ouro Preto é um mergulho no passado, com seus casarões coloniais, suas ladeiras de pedrinhas, suas igrejas.

A Procissão
A devoção vem para as ruas com toda a sua pompa, para participar da procissão do “Senhor Morto”.
Funde-se o passado e o presente. Das sacadas das velhas janelas coloniais caem as colchas coloridas de damasco, veludos, toalhas de labirinto. Os gradis de ferro ficam também cobertos pelos panos ricos, das cores mais variadas.
Cada cor tem um significado: azul e branco, cores do céu e da pureza, verde-esperança e penitência. Vermelho-amor e caridade, roxo-paixão, negro-luto, contrição. Fazem o pano de fundo por onde passa a procissão.

Os Devotos
É o Brasil do passado que passa...
A profusão de roupas colotidas, opas (capa sem manga, usada pelas confrarias religiosas), verdes, vermelhas, negras, pardacentas.
Anjos, muitos anjos vestidos de cor-de-rosa, amarelo, azul, branco, todos com as suas asas brancas e com os rostos de crianças.
Parece que os anjinhos esculpidos por Aleijadinho, nas igrejas de Ouro Preto, saíram dos altares para desfilar nas ruas, encarnados nestas meninas morenas, da cor do Brasil. É o Brasil do presente que passa na procissão do passado...

Monumentos Religiosos
E neste percorrer de ladeiras sentimos a emoção e orgulho de nossa brasileiridade. Monumentos feitos com o ouro das entranhas da nossa terra: Igreja do Carmo, Igreja São Francisco de Assis (de Aleijadinho), Igreja de São Francisco de Paula, Rosário, Merces de Cima, Pilar. E a procissão passa... lembrando o ouro negro das margens do Tripui, os diamantes de Tijuco Preto.
A Procissão passa... e os hinos revivem os compositores mineiros, como Lobo de Mesquita.
Canta a alma dos fiéis... É a procissão de todas as irmandades de Ouro Preto que representam as de todo o Brasil, que passa pelas ruas atapetadas de flores, flores do campo e da cidade... É a procissão de Corpo de Deus que passa...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

O Monjolo

O habitante do meio rural procura morar nas proximidades do rio, riacho, lugar onde haja água.
Se ele é plantador de milho terá uma das mais prestativas máquinas: o monjolo.

Origem do MonjoloDizem que o monjolo veio da China. Mas foi introduzido no Brasil pelos portugueses.
Braz Cubas introduziu o monjolo em Santos – São Paulo. O monjolo trabalha no Brasil desde a época colonial. É uma máquina rudimentar, movida a água, constando de duas peças distintas: pilão e haste.
O pilão é escavado na madeira. A madeira usada é a peroba, a canela preta ou o limoeiro.

Pila Pilão
No pilão coloca-se o milho, arroz, café ou amendoim, para socar,
A haste do pilão também é feita de uma madeira dura: maçaranduba, limoeiro, guatambu, canela preta ou peroba. A haste compõe-se de duas peças distintas: a haste propriamente dita, onde está escavado o cocho, a mão do pilão. A forqueta, onde se apóia a haste, é chamada de “virgem”.

A Água Movimenta o Pilão
A água caindo no cocho pesa, desequilibradamente, eleva a mão do pilão, que bate pesadamente, socando o que esteja no pilão.
Chamam de “inferno” o poço que fica sob o “rabo” do monjolo... é um inferno de água fria.

Os Diversos Monjolos
Vários são os tipos de monjolo: de martelo, de roda, de pé, de rabo, de pilão de água.
O monjolo é “o trabalhador sem jornal”... como diziam antigamente, sem nenhum ganho.
Os caipiras diziam: “trabalhar de graça, só monjolo”...

A Casa do Monjolo
Para proteger o monjolo a ação do tempo, o sol e chuva, fazem uma casa de pau-a-pique, coberta de sapé. Geralmente nesta casinha estão os gamelões (vaso raso de madeira) e as peneiras de forno, para o preparo de farinha de milho.
A casa é feita de pau-a-pique (ramos trançados) para que a fumaça saia logo, não prejudicando a “torradeira”, (mulher de torra a farinha), fazendo os gostosos beijus ou a farinha “poenta”.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A Usina Siderúrgica

Desde o início do século 17 pensava-se em instalar uma siderurgia no Brasil, projeto de Afonso Sardinha.
O barão de Mauá sonhava com a siderurgia. E Pandiá Calógeras, nos primeiros anos da República, localizou o ponto ideal para a instalação da usina.

A Escolha do Local
Foi só em 1930 que se começou a fazer algo de concreto. Getúlio Vargas fez da siderurgia programa de seu governo.
Em 1941 a promessa começa a ser cumprida. Os trabalhos têm início no sítio Santa Cecília, em terras fluminenses. Numa volta do rio Paraíba do Sul, Volta Redonda. Coincidiu com o projeto de Calógeras.

A Maior Usina da América do Sul
Em 1946 instalava-se a Usina Siderúrgica de Volta Redonda. Hoje Usina Presidente Vargas, da Companhia Siderúrgica Nacional.
Com mais de 50% da produção nacional da indústria metalúrgica da América do Sul.
Da pequena produção de aço em lingotes passou-se para a produção em toneladas.

O Desenvolvimento da Siderurgia
Em todas as áreas industriais passou-se a usar o aço nacional. Nas ferrovias e estaleiros. Na indústria automobilística e na construção civil. Na indústria pesada.
Volta Redonda foi, realmente, o ponto ideal para a usina. Em meio caminho aos maiores consumidores de aço do Brasil.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)