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Os Engenhos Primitivos

A máquina mais primitiva de moer cana-de-açúcar é a engenhoca ou descaroçador. A moenda foi, durante muitos anos, empregada para a produção do açúcar nos Brasil.
No princípio, o engenho era movido por braços humanos. Mais tarde, um padre protuguês viu, no Peru, o engenho vertival com almanjarras, movidas por animais, e trouxe este processo para o Brasil.

A Engenhoca

A engenhoca é constituida de dois cilindros de madeira dura, colocados sobre as forquilhas que fivam ao lado. Cada cilindro tem na sua estremidade dois cambios (varetas) que formam uma cruzeta.
Os cilindros, para que fiquem bem ajustados, são apertados por meio de traves, que são reguladas por cunhas (pedaços de madeira). Para fechar melhor as forquilhas apertam as hastes com cipós.
Sob cilindro inferior pregam um pedaço e folha de zinco: é a bica, por onde escorre a garapa (caldo de cana).
Às vezes amarram um pedaço de cabaça, servindo de escorredor de garapa.

O Caldo de Cana

Os operadores movimentam os cilindros em sentido contrário, guiando-se pelas cruzetas.
Em geral, três pessoas participam do trabalho de moer cana.
A engenhoca, atualmente, só é usada para fornecer o caldo de cana, que é um refresco muito apreciado pelo brasileiro.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

COLÉGIO ESTADUAL GENERAL HIPÓLITO RIBEIRO (1927 - 2008)

“81 ANOS FORMANDO CIDADÃOS PARA O FUTURO”

HISTÓRICO

O Colégio foi fundado em 18 de junho de 1927, pela Loja Maçônica Luz e Ordem II nº 16.
A Maçonaria, que é uma Instituição filosófica, filantrópica, educativa e engajada nos movimentos sociais e que tem por princípios: amor fraternal, assistência e lealdade, criou uma escola pública. Esta escola funcionou no prédio da Loja Maçônica e foi mantida pela ordem durante treze anos. Como os alunos aumentavam, estava difícil de mantê-la, então, fundaram um cinema com o propósito de angariar fundos para auxiliar na manutenção da escola.
O Coronel Hipólito Ribeiro Júnior, intendente de 1924 a 1928, destacou-se na sua atuação como Venerável Mestre da Loja, conseguindo conveniá-la com o Estado em junho de 1927, passando a ser Grupo Escolar Luz e Ordem, que continuou a funcionar nas dependências da Loja até 1931.
A partir de 1º de dezembro de 1932, por resolução da Loja, em homenagem ao Ex-Intendente Coronel Hipólito Ribeiro Júnior, que muito colaborou para a manutenção da escola, o nome foi mudado para Grupo Escolar General Hipólito Ribeiro, nome do progenitor do Coronel.
Por volta de 1934, a escola mudou-se para o prédio próprio, este em que está situada até hoje.


Frente do prédio, com professores e alunos, antes da reforma onde foi ampliado os dois lados do 2° piso.


Fundos do Hipólito, antes da reforma.

Em 1972, a escola recebeu alunos e professores do Curso Primário de Aplicação da Escola Professora Nehyta Ramos (Escola Normal de Grau Ginasial), pelo fato de ter sido extinto o Curso Normal.
Em 1975, recebeu alunos e professores da escola municipal Irmã Eugênia, por ter sido extinta. Neste mesmo ano, a escola Nehyta Ramos, que funcionava no prédio do Ginásio Nossa Senhora da Luz (hoje o pensionato), mudou-se para o prédio do Grupo Escolar General Hipólito Ribeiro, juntamente com a Extensão do Colégio Estadual Dr. Carlos Antônio Kluwe – 2º Grau- Bagé.
Em 1979, houve a unificação da Escola Nehyta Ramos com a escola Hipólito Ribeiro e a criação do 2º Grau, passando a denominar-se Escola Estadual de 1º e 2º Grau Gen. Hipólito Ribeiro, de acordo com o Decreto de reorganização nº 28 325, passando ao atual nome Colégio Estadual General Hipólito Ribeiro em 2001, pelo Decreto de 08/3/2001.

Foram diretores:

*João de Deus Pedroso Júnior
*Boris Seligman
*Luiza Rodrigues
*Adir Buccaro Coccaro
*Loiva Rodrigues Valente
*Lídia Conceição Simoni Bueno
*Josefa Barcellos Toralles
*Ruth Duarte Rodrigues
*Leda Silveira Colombo
*Adeli Rochedo de Sousa
*Sandra Donisete Tavares Peraça
*Paulo Fagundes Velleda
*Evanir Teixeira Dias
*Paulo César Peres Brum
*Maria da Graça Lobato da Costa
*Tânia Maria Kappe Geist
*Marizete Copetti Duarte

Dicas Para O Reparo De Placas-Mãe

Para trabalhar com manutenção de placas-mãe é indispensável saber e conhecer eletrônica. Não há como um leigo medir tensões numa placa, medir componentes ou analisar um circuito de fonte do processador ou chipset ou de memória se não tiver conhecimento nesta área, afinal, apesar da proliferação dos chipsets, ainda há muita coisa que pode ser medida somente com o multímetro. Portanto,se você está interessado em aventurar-se nesta área, "tome tento" e faça um curso de eletrônica primeiro.
Em bancada preze pela qualidade de seus equipamentos. Compre um bom multímetro, um bom sugador de solda, um bom ferro de soldar (se tiver condições dê preferência às estações de solda), um bom soprador térmico bem como demais ferramentas como alicates e chaves de fenda. Veja bem, disto vai depender a rapidez, a limpeza e a perfeição do serviço realizado, portanto não poupe gastos.
Mais um detalhe: compre placas mãe usadas com defeito, pois nem todos os componentes existem à venda no mercado. Procure comprar placas modernas, por exemplo para K6-2(Socket 7), Pentium III e Celeron(Socket 370 ou Slot 1), e para Athlon e Duron( Socket 462 ou Slot A). Podendo-se assim tentar uma recuperação da placa e possivelmente a venda da mesma, bem como uma graninha extra, caso contrário, se não tiver conserto, use-a para desmanche.

Tendo visto toda esta teoria agora segue a prática:

1- Teclado não funciona – um dos defeitos mais comuns – a princípio verifique se ao ligar o micro ou a placa, as luzes do teclado piscam (a casos em que aparece a mensagem da BIOS indicando erro de teclado). Neste caso há duas situações:
Não piscam – Teclado não está sendo alimentado. Não há tensão de +5V chegando até o conector do teclado. Verificar fúsiveis próximos ao teclado.
Sim, piscam – Teclado está alimentado porém não está recebendo os sinais de dados ou clock – Retire os capacitores SMD ligados entre os pinos de clock e dados e o terra. Há casos em que existe um componente parecido com um array ou rede de resistores mas não o são, na verdade são um array de capacitores com oito "perninhas", geralmente com a inscrição "C181" em seu corpo e com a incrição CA(1,2 101,102, etc... ) ou CN(1,2, etc..) serigrafado na placa. Agora o "pulo do gato", retire ele fora, pois acontece de estes capacitores apresentarem fuga, e desviarem os sinais de clock ou dados para o terra. Beleza, agora ele voltou a funcionar??? Que maravilha!!!!
Esta dica serve para paralelas e USB.

2- Placa não detecta a memória, mesmo se sabendo que a memória está ok e o conector está limpo – verifique se a memória está sendo alimentada. Pois, o transistor responsável pela alimentação da memória pode estar aberto ou com fuga. Para verificar se a memória está sendo alimentada, meça, com a placa ligada e com a memória no slot, os capacitores SMD da memória que ficam próximos aos pinos de conexão com a placa cpu, eles são os filtros de +3,3V. Se não houver tensão ou houver uma tensão muito baixa verifique o circuito que alimenta a memória.

3- Procure obter uma placa de diagnósticos do tipo da Soyo Tech Aid, que é mais barata e é uma "mão na roda". Com a placa de diagnósticos, você pode ter uma visão do que estava acontecendo no POST e observando onde o processo para e atribuindo o defeito a este ou aquele componente ou circuito. Portanto procure adquirir uma destas.
O que são e para que serve essas placas??
Estas placas servem para mostrar através de um display de 2 dígitos os códigos do POST( inicialização) da BIOS bem como a inicialização da placa-mãe, e, atraves de LEDs, indicar o funcionamento da fonte. A placa aconpanha manual de utilização para as tres BIOS mais comuns, AMI, AWARD e PHOENIX, mas são um pouco limitados. Experimente baixar direto do fabricante da BIOS, os códigos de POST atualizados.
Só tem um detalhe: esta placa de diagnósticos não funciona em placas PC-Chips, entre outras, que tenham os dois conectores de fonte (AT e ATX) ou que só tenha conector AT, pois em tais placas não existe 3,3V no slot PCI (padrão da placa de diagnósticos) sendo necessário o uso de um adaptador com um regulador de 3,3V para a placa, porém tal adaptador não existe a venda no mercado. Placas que tenham somente o conector ATX, não há necessidade de adaptador, e a placa de diagnósticos funciona perfeitamente.

Troca de Chipset

As placas que precisam trocar algum chipset, dependendo do chipset, desde que não tenham as perninhas muito finas e próximas uma das outras, usa-se um soprador térmico da seguinte maneira:
1°- Retirar o chipset suspeito com o soprador térmico.
2°- Passa-se uma solda pelos contatos na placa onde vai ser soldado o novo chipset, para dar forma arredondada em todos os contatos.
3°- Coloca-se um pinguinho mínimo de "Bonder" na parte inferior do chipset novo para fixa-lo na posição correta de soldagem e, com um ferro de solda de 15W (tipo caneta) solda-se os terminais extremos do chipset (das pontas para dar mais reforço na centralização.
4°- Você deve esprar uns 2 minutos, e soldar usando o soprador que vai fazer com que os terminais que ficam com um pequeno excesso de solda , envolvam cada terminal do chipset, daí é só dar umas pinceladas de thinner nos terminais para tirar a sujeira deixada pelo fluxo da solda e pronto.

O BIOS perdendo a configuração o que fazer? Quando a pilha está com a tensão normal mas, desligando a placa ela perde toda a configuração da BIOS.
Este defeito de perder setup acontece muito com as placas PC-chips M810, para fazer o reparo procede-se da seguinte maneira:
1°- Com o jumper do "Clear CMOS" na posição "NORMAL" meça a tensão em cima do jumper tendo como negativo o terra do micro ou o gabinete. Deverá haver + ou - 1,80Volts. Se não houver é por que algo no caminho está impedindo a passagem da tensão.(Primeira conclusão).
2°- Tendo como exemplo a M810, meça a tensão na seguinte ordem:
(a serigrafia com o código do componente pode variar de placa para placa e de modelo para modelo).
- Meça em cima da bateria. Deverá apresentar + ou - 3 Volts, indicando que a bateria não está gasta ou sendo "sugada" por algum curto. Caso não haja os 3 Volts, e já tendo sido medida a bateria fora do circuito e ela estava boa, pode ser que o terminal que faz contato com a bateria esteja oxidado ou sujo. Isto acontece com uma certa frequência.
- Meça agora, antes e depois do resistor R330. Não deverá haver grandes mudanças de tensão. Se não houver nada depois do resistor é sinal que o mesmo está aberto.
- Se após o resistor houver tensão meça o transistor Q35 apenas no terminal que faz conexão com os diodos em série. Caso não haja tensão entre os diodos e o transistor, é sinal que o transistor encontra-se aberto. Este defeito pode ser resolvido trocando-se o transistor ou retirando o mesmo e colocando um jumper entre os dois terminais mencionados.
- Aí agora só resta os diodos em série e o Q36. Se até o anodo do diodo D16 houver tensão e no catodo não, podem ocorrer duas coisas distintas:
Ou o diodo D16 está aberto impedindo a passagem da tensão ou o transistor Q36 está em curto.
Deve-se proceder então da seguinte maneira:
Com o ferro de solda, levante o lado do transistor Q36 no qual apresenta um só terminal.
Meça a tensão no catodo do D16. Se houver tensão, o Q36 está em curto, se não, o D16 está aberto.
Se o Q36 estiver em curto, tem que trocá-lo, não tem jeito, pois ele é responsável pela alimentação da CMOS quando o micro está ligado.
Acontece também, quando o Q36 entra em curto, da bateria morrer rapidamente. Isso acontrece porque o Q36 regula os 5V da fonte para alimentar a CMOS e estando em curto quando o micro é desligado a bateria não só vai alimentar a CMOS mas toda a linha de 5Volts.
Note que a medida que a tensão vai passando pelos componentes, há uma queda normal de tensão que não deverá ser maior que 1,3Volts de queda no percurso compreendido entre a bateria e o jumper. Lembre que no jumper deve haver + ou - 1,80Volts.

O Lobisomem

Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até uma encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua. Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita, 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.

Informações Adicionais:

Nomes comuns: Lobishomem, Licantropo, Quibungo, Capelobo, Kumacanga (Pará), Curacanga (Maranhão), Hatu-Runa (Equador - América do Sul), El Chupasangre (Colômbia).

Origem Provável: Mito universal. Em Roma antiga já era mencionado pelo historiador Plínio. Além de lobo, na Europa, ele, pode se trasnformar também em Jumento, Bode ou Cabrito Montês.
Para virar Lobisomem, o homem se espoja numa encruzilhada onde os animais façam espojadura. Conta-se que o Lobisomem, sai à procura de meninos pagões e, quando os encontra bebe seu sangue. De acordo com a região, ele, é uma pessoa que foi amaldiçoada pelo pai, padrinho ou padre.
Quando a pessoa é branca, vira um cachorrão preto e quando é negro vira um cão branco. Algumas versões dizem que ele sai às noites de quinta para sexta, em busca de cocô de galinha para comer, e por isso invade os galinheiros. Depois disso ele vai em busca de crianças de colo para lamber suas fraldas sujas de cocô.
Para quebrar seu encanto, basta que alguém faça nele um pequeno ferimento do qual saia pelo menos uma gota de sangue. Ou ainda, o acerte com uma bala untada com cêra de vela que queimou em 3 missas de domingo ou Missa-do-Galo, na meia noite do Natal.

O Negrinho do Pastoreio

É uma lenda meio africana meio cristã. Muito contada no final do século passado pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão. É muito popular no sul do Brasil.
Nos tempos da escravidão, havia um estancieiro malvado com negros e peões. Num dia de inverno, fazia frio de rachar e o fazendeiro mandou que um menino negro de quatorze anos fosse pastorear cavalos e potros que acabara de comprar. No final da tarde, quando o menino voltou, o estancieiro disse que faltava um cavalo baio. Pegou o chicote e deu uma surra tão grande no menino que ele ficou sangrando. "Você vai me dar conta do baio, ou verá o que acontece", disse o malvado patrão. Aflito, ele foi à procura do animal. Em pouco tempo, achou ele pastando. Laçou-o, mas a corda se partiu e o cavalo fugiu de novo.
Na volta à estância, o patrão, ainda mais irritado, espancou o garoto e o amarrou, nu, sobre um formigueiro. No dia seguinte, quando ele foi ver o estado de sua vítima, tomou um susto. O menino estava lá, mas de pé, com a pele lisa, sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos. O estancieiro se jogou no chão pedindo perdão, mas o negrinho nada respondeu. Apenas beijou a mão da Santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.
E depois disso, entre os andantes e posteiros, tropeiros, mascates e carreteiros da região, todos davam a notícia, de ter visto passar, como levada em pastoreio, uma tropilha de tordilhos, tocada por um Negrinho, montado em um cavalo baio.
Então, muitos acenderam velas e rezaram um Padre-Nosso pela alma do judiado. Daí por diante, quando qualquer cristão perdia uma coisa, o que fosse, pela noite o Negrinho campeava e achava, mas só entregava a quem acendesse uma vela, cuja luz ele levava para pagar a do altar de sua madrinha, a Virgem, Nossa Senhora, que o livrou do cativeiro e deu-lhe uma tropilha, que ele conduz e pastoreia, sem ninguém ver.
Desde então e ainda hoje, conduzindo o seu pastoreio, o Negrinho, sarado e risonho, cruza os campos. Ele anda sempre a procura dos objetos perdidos, pondo-os de jeito a serem achados pelos seus donos, quando estes acendem um coto de vela, cuja luz ele leva para o altar da santa que é sua madrinha.
Quem perder coisas no campo, deve acender uma vela junto de algum mourão ou sob os ramos das árvores, para o Negrinho do pastoreio e vá lhe dizendo: "Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi... Foi por aí que eu perdi...". Se ele não achar, ninguém mais acha.

Informações adicionais:

Origem: Fim do Século XIX, Rio Grande do Sul.
Alguns folcloristas afirmam que o Rio Grande do Sul tem uma única lenda sua, criada às feições locais, que é a do Negrinho do Pastoreio.
Ela não tem ligação alguma com a lenda do Saci brejeiro que de cachimbo apagado ataca, à noite, os viajantes. O Negrinho ou Crioulo do pastoreio, é exclusivamente gaúcho, pelo seu feitio, pelo seu papel na vida campeira e pelo próprio martírio, que é um dos tantos episódios reais da escravidão, ele se afasta por completo do Saci. A única semelhança existente entre ambos é de serem negros.
Alguns historiadores afirmam que em São Paulo o Saci também encontra objetos perdidos a troco de ovos frescos. Mas este não está associado à idéia cristã. Barbosa Rodrigues, conhecido folclorista, inclui o Negrinho do Pastoreio como um símile do Saci. De fato, as características do Saci, realmente, não se encontram no Negrinho do Pastoreio. Nem os vícios nem as diabruras.
O Negrinho do Pastoreio é uma lenda cristã, divulgada com finalidades morais. O Negrinho é sem pecado, uma vítima. Perdendo duas vezes a tropilha que acha miraculosamente, o Negrinho, por associação natural, é padroeiro dessa atividade nos campos gaúchos. Trata-se de uma lenda puramente regional.

Técnicas Tradicionais

Embora o Estado de São Paulo possua um dos mais fortes parques industriais do mundo, ainda persistem algumas técnicas artesanais, arcaicas, folclóricas. Em alguns municípios tradicionais de São Paulo, como São Luiz do Paraitinga – antiga cidade imperial – a roca é usada para tecer colchas.

A Roca

A roca mecânica de madeira compõe-se de um pedal sob uma banqueta que movimenta a roda. Na roda passa um fio que faz girar o fuso. O fio fiado vai se enrolando no fuso. O fuso cheio de fio é chamado de maçaroca.

O Carro de Boi

O carro de boi foi o primeiro veículo que sulcou a terra virgem do Brasil. Ele trabalhou para a paz e para a guerra.
O carreiro (condutor de carro de boi) foi um soldado desconhecido da batalha econômica brasileira.
O carro de boi participou de todas as nossas lutas. Muita poesia, muita coisa escrita sobre o carro de boi. Nos contos, nas modas de violas, nas adivinhas, o nosso caipira se aproveita de seus fueiros, argolões, chumaços, para dificultar as perguntas.

Como é um Carro de Boi?

O carro de boi é composto de três peças principais: rodas, eixo e mesa.
As rodas são de madeira maciça, resistentes. Medem, em geral, sete palmos de altura.
O eixo é encaixado nas rodas com grampos de ferro “os gatos”, ou engates.
A mesa é a parte de cima. Tem no centro um pau de madeira resistente (o cabeçalho) onde uma junta de bois se engata.
O número de juntas de bois para puxar um carro varia: duas, quatro ou cinco. O carreiro usa uma vara com ferrão na ponta para tanger os bois.
Bem no Vale do Paraíba do Sul, onde fabricou-se o avião “bandeirantes”, que prova a evolução da técnica brasileira, ainda rodam os carros de bois, e os burros com jacás (cestos) descem a serra da Mantiqueira trazendo o produto da terra para a feira semanal das cidades do Vale.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A Tourada

“O Bicho Brabo”

A tourada foi introduzida no Brasil colonial pelos portugueses.
Foi praticada em todo o centro do Brasil. Ainda hoje é comum em Mato Grosso, Goiás e São Paulo.
A tourada é uma recreação popular, festiva, das zonas pastoris. É realizada num circo ou área fechada – a arena, cercada por grossos palanques, revestidos por traves horizontais bem resistentes. De vez em quando o toureiro precisa subir nas traves para se defender do boi...
Há um curro (cercado) onde fecham os “bichos brabos” até a hora de soltá-los na arena.

A Tourada Brasileira

Em algumas partes do Brasil, principalmente em São Paulo, nem sempre é um boi que entra na arena para ser toureado. Às vezes entra uma vaca.
Dizem que a vaca quando investe não fecha os olhos e o touro vem de olhos fechados... tinindo de bravo, babando de raiva. A vaca mantém os olhos arregalados... em ambos os casos as nossas touradas são belos espetáculos de destreza e coragem.

Os Toureiros na Arena

Os toureiros trabalham usando capas vermelhas para excitar o boi. Quando os animais são muito selvagens e podem ferir o toureiro, costumam colocar nos seus chifres capinhas de couro (as garrochas), que amaciam as chifradas.
Além dos toureiros que fazem as pegas (agarram os touros com as mãos), as fintas (desvios) e as derrubadas, há os palhaços que alegram e divertem o público.
Em nossa tourada, bem ao gosto brasileiro, não se mata o “bicho brabo”, o touro ou a vaca.
A tourada é um esporte, uma brincadeira no meio da arena cheia de sol e de alegria.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

O Fandango

O fandango freqüentou palácios, fez saracotear a aristocracia brasileira, depois foi adotado pelo povo.
No Nordeste do Brasil fandango é um bailado popular, também chamado de marujada.
No Sul, fandango é uma dança individual, ou de pares, acompanhada em geral por violas.
As danças do fandango recebem diversos nomes: andorinha, anu-velho, chamarrita, chimarrete, gracinha, marrafa, manjericão, tontinha, tirana, tiraninha, pagará, monada, vilão de lenço, vilão de agulha, mandado.
No litoral paulista dividem o fandango em dois grupos: fandango rufado e batido e fandango bailado ou valsado, de acordo com os passos.
O fandango popularizou-se tanto que seu participantes passaram a ser considerados vadios – fandangueiros.
Na cidade de Cananéia e em outras localidades do baira-mar paulista, o fandango rufado com passos marcados, com batidas de pés, é dançado até a meia-noite. Depois dançam os fandangos valçados, mais calmos... Até que o dia aparece, então fecham as janelas das casas e começa a “saideira”, o fandango recortado, vivíssimo.
É a despedida.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

“Recomenda das Almas”

“Recomenda das Almas” é a forma popular da encomenda dos defuntos. É um trabalho que o povo faz em lugar de um agente oficial da religião, o padre.
É um ato religioso que dá grande conforto espiritual aos que vivem na roça. Os seus executantes são “os recomendadores”.
Um bando de homens sai, por ocasião da quaresma até a Semana Santa, todas as quartas e sextas-feiras, à noite para a “Recomenda das Almas”.

Os Recomendadores das Almas

Usam roupas comuns e alguns colocam mantos ou cobertores na cabeça. Um deles carrega um cacete para evitar os cães-vigias e também para bater na porta das casas, pedindo silêncio. Em alguns lugares os “recomendadores” levam berra-boi, sacarraia, ou mesmo matraca.
Quando se aproximam de uma casa, cantam sem acompanhamento de instrumentos musicais o “pé da chegada”:

Quando nesta casa eu chego
toda imagem se alegra
Deus te salve casa santa
e toda gente que está nela.


Rezam um Pai-Nosso e uma Ave-Maria. Percorrem várias casas, fazem questão que o número de casas seja ímpar. O fogo dentro das casas deve estar sempre apagado. Em muitas janelas estão colocados café e comidas para os “recomendadores”.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Dança do Vilão

As danças brasileiras devido às grandes distâncias da nossa terra recebem denominações diferentes nas diversas regiões.
E a finalidade das danças também varia.
Podem também mudar a época da sua realização, dentro do calendário festivo.

O Vilão

Antigamente em Santos (Estado de São Paulo) dançaca-se pelo Carnaval, em São Francisco.
Noutras cidades praianas o Vilão é dançado nas festas natalinas.
Em São Francisco o Vilão é dançado por ocasião do Carnaval, à noite, quando mais de trinta dançadores se exibem: porta-estandarte, os batedores, os balizadores, os músicos. Fantasiados, usando bastões de dois metros de comprimento, saem pelas ruas e praças fazendo suas evoluções com a música profana e buliçosa.
No Vilão o estandarte tem as cores do grupo, é profano.
As figurações do Vilão, o bater de bastões, se assemelham ao moçambique paulista, ao maculelê baiano, à tapuiada goiana. Todas estas danças têm uma raiz comum – a dança dos mouros.
É a mesmíssima “morris dance”, dançada na Inglaterra.
É a dança dos mouros, que em Portugal é a dos pauliteiros de Miranda.
São danças guerreiras das priscas eras da humanidade e que se revestem de roupa nova, de nova fantasia, alegrando no presente dançadores e assistentes.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Pão-Por-Deus

O pão-por-Deus é um velho uso da época natalina em Santa Catarina.
No início do último trimestre é costume enviar mensagens em papéis rendilhados, coloridos, com filigranas, no centro dos quais escrevem versos pedindo dádivas.
Quem recebe um pedido de “Pão-de Deus” fica na obrigação de responder pelo Natal, enviando uma oferta ao solicitante.
Tais mensagens, em geral, têm a forma de coração, daí serem chamadas de “Corações”.

Pedir-os-Reis

O Pão-de-Deus é uma forma artística folclórica de “pedir-os-reis”, da região onde os imigrantes açorianos deram uma vasta contribuição cultural.
O que no princípio era usado para pedir pão, graças à distância do folclore, passou a ser utilizada, entre os enamorados, para pedir amor.
É bem verdade que nem só de pão vive o homem...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Festa da Uva

Foram os italianos os introdutores da festa da uva em nosso país.
Eles revivem nesta festa o culto ao deus Baco romano e a Dionísio grego, festejado intensamente na primavera, pelos romanos e pelos gregos de antigamente.
Quando as belas mocinhas vestidas a caráter servem nas barracas aos cachos de uvas, quando as garrafas são abertas ou das pipas jorra o vinho saboroso... poucos conhecem o trabalho que está atrás da efusão da vitória.

O Trabalho

Foram os alemães os primeiros a produzir vinho em Santa Catarina.
A plantação é realizada de junho a agosto, produzindo uvas dois anos depois. Cultivam uvas americanas híbridas, uvas viníferas (para fazer vinho) brancas e tintas. As européias. As de cachos grandes que bem dizem da terra dadivosa e boa do Brasil... que em se plantando tudo dá.

A Vindima

Enquanto a vindima (colheita) na Europa é sem preocupações para o viticultor, aqui coincide com o verão (de janeiro a março), o que lhes traz cuidados. Mas a viticultura, mesmo assim, está em franco desenvolvimento em São Paulo, Santa Catarina e principalmente no Rio Grande o Sul.

A Produção do Vinho

Ao lado da atividade agrícola existe a industrial. Há pequenos e grandes produtores. Os pequenos, em geral, ligam-se às cooperativas vinícolas. Da fabricação doméstica surgiram as cantinas, que ao lado dos grandes estabelecimentos produzem um bom vinho, do qual nos podemos orgulhar.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Boi-Na-Vara

Na antiga Grécia existia um ritual bárbaro do “aigizein”, no culto a Dionísio. Os moços, os iniciados, pegavam um touro e despedaçavam-no comendo suas entranhas, sua carne crua.
Era a amofagia. No grego “omos” significa – cru e fagein – comer.
A cerimônia de apanhar o touro e despedaça-lo recordava a lenda de uma divindade que fora desgarrada e devorada.
Esse ritual foi evoluindo, passou mais tarde a ser uma arte e não um culto: a Tauromaquia, a difícil e perigosa arte de correr touros na praça, na arena – a tourada.

Boi-Na-Vara Catarinense

Em Santa Catarina o boi-na-vara ainda é praticado. É uma espécie de tourada realizada pelos barrigas-verdes (catarinenses). É a sobrevivência da omofagia no Brasil. Revive, em parte, o ritual grego: o “aigizein”. Um boi preso numa vara, com uma corda, investe num boneco; até o esgotamento.
Outras vezes soltam-no e os moços em correria derrubam o boi e despedaçam-no.
O interessante é que esta festa é realizada na Semana Santa, no sábado de Aleluia.
Aqueles que na Semana Santa se abstêm de carne de vaca fazem neste dia um ruidoso banquete com a carne do boi.
Revivem, sem o saber, o culto de Omadio da antiga civilização grega.
O boi-na-vara também é conhecido por: boi-na-corda,
Boi-no-campo, boi-no-mato.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Carreira de Cavalos

Este folguedo é muito antigo.
Nas festas dos antigos persas, na Grécia, em Roma, os germanos tinham um culto pagão em estreita ligação com as corridas de cavalos.
Passou a ser o esporte predileto dos bretões.
Parece que a carreira de cavalos foi introduzida no Brasil pelos portugueses, que a teriam recebido dos mouros.
Chama-se raia o local onde os cavalos correm. As raias medem-se em “quadras”, e uma quadra corresponde a cem braças (220 metros).

Foi Dada a Saída

São feitas duas trilhas no chão. Entre uma trilha e outra colocam terra fofa, para atrasar o animal que pisar na linha divisória.
Foi dada a saída...
A saída, o local onde ficam os dois disputantes, é chamada de “xiringa” ou “ virador”.
A “saída” é dada com um tiro de pólvora seca.
Caso haja erro na partida, um segundo tiro anula o promeiro e os apostadores terão que voltar para ser dada nova “saída”.
No final da “quadra”, na chegada, estão os juízes, um de decisão e outro de confirmação.
Por causa das decisões, que não são confirmadas, surgem brigas violentas e os facões entram na disputa...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Otimizando o Windows

DOCUMENTOS PARTILHADOS

ELIMINAR AS PASTAS DE DOCUMENTOS PARTILHADOS
Em princípio as Pastas Partilhadas que o Windows XP cria durante a instalação, não podem ser removidas, a não ser que se actue directamente no Registo do Windows:
Executar a aplicação regedit
Procurar HKEY_LOCAL_MACHINE \ SOFTWARE \ Microsoft \ Windows \ CurrentVersion \ Explorer \ MyComputer \ NameSpace \ Delegate – Folders
Eliminar a chave (59031a47-3f72-44a7-89c5-5595fe6b30ee)
Re-iniciar o computador

MENU INICIAR (START)

AUMENTAR VELOCIDADE
É possível aumentar o desempenho do Menu INICIAR (START), aumentando-lhe a velocidade de resposta. Para isso, há que alterar uma chave do Registo do Windows:
Executar a aplicação regedit
Procurar HKEY_CURRENT_USER \ ControlPanel \ Desktop
Seleccionar MenuShowDelay (à direita), e modificar o seu valor para 0 (zero)
Re-iniciar o computador

PASTA “FAVORITOS”

TRANSFERIR A PASTA “FAVORITOS” PARA OUTRO COMPUTADOR
Abrir o Internet Explorer
File (Ficheiro)
Import and Export (Importar e Exportar)
Import/Export Wizard (Assistente de importação/exportação)
Next (Seguinte)
opção Export Favorites (Exportar Favoritos)
Next (Seguinte)
escolher a pasta Favoritos e o destino do ficheiro exportado
(por defeito, o Windows cria um ficheiro bookmark.htm em Os Meus Documentos)
Este ficheiro, pode ser tratado como habitualmente (guardado em diskette, por exemplo).
O Processo de Importação, é idêntico ao que foi descrito para a Exportação, com a diferença óbvia de agora se ir recuperar (importar) o ficheiro que foi guardado durante a exportação.

DISCO

DESFRAGMENTAÇÃO MAIS EFICIENTE
É possível fazer executar o Desfragmentador de Disco do Windows XP, através da linha de comandos. Esta opção, dá a vantagem de se poder reorganizar os ficheiros de uma forma mais eficiente. Vejamos como:
defrag /?
Através deste comando, é possível ver as opções existentes.
No entanto, uma das opções que NÃO APARECE (nem sequer está documentada), permite reorganizar os dados gravados no Disco, de forma a optimizar os ficheiros que são usados no arranque, e as aplicações mais utilizadas.
Fazer executar o comando cmd (para abrir uma janela MS-DOS)
Fazer executar defrag C: -b
Inicia-se então o processo de defragmentação do Disco C, de forma optimizada.
Deve-se esperar que o processo termine, para fechar a Janela MS-DOS através do comando exit. A operação pode ser repetida para qualquer um dos Discos existentes.

INTERNET

AUMENTAR A LARGURA DE BANDA
Esta dica, destina-se sobretudo para os utilizadores de banda larga (Cabo ou ADSL), e só é aplicável à versão Profissional do Windows XP (Windows XP PRO).
Executar a aplicação gpedit.msc
Abrir a opção Group Policy (Política de Grupo)
Expandir a chave Local Computer Policy (Política Computador Local)
Clickar em Computer Configuration (Configuração do Computador)
Expandir a chave Administrative Templates (Modelos Administrativos)
Expandir a chave Network (Rede)
Seleccionar e abrir (clickar 2 duas) QoS Packet Scheduler (Agendador de Pacotes QoS)
Seleccionar e abrir (clickar 2 duas) Limit Reservable Bandwidth (Limitar Largura de Banda Reservada)
Na nova janela que aparece, seleccionar Enable (Activado) e alterar a percentagem para 0 (zero); por defeito, deverá aparecer 20
Re-iniciar o computador
Os 20% de largura de banda que o Windows XP reserva para si próprio, estão agora disponíveis ao Utilizador.

Rendas da Ilha de Santa Catarina

Renda é o entralaçamento de fios, compondo um desenho, em haver um fundo preparado anteriormente.
A ausência deste fundo desenhado distingue a renda do bordado, que é um tecido ornamentado por meio de agulhas.
Na execução da renda não se usam agulhas e sim bilros (peça de metal ou madeira onde prendem a linha). Usam também alfinetes de cabeça, cuja função é segurar o fio no modelo (molde, cartão ou piquê), e jamais o de tramá-lo tal qual a agulha no bordado.

Renda de Bilros

A função de tramar é exclusiva dos bilros, daí ser chamada de renda de bilros.
Entretanto, por meio de bilros não se fazem apenas as rendas, mas toalhinas, bicos etc.

As Imigrantes dos Açores

A existência deste tipo de artesanato feminino se deve à presença da mulher açoriana (dos Açores) que no tempo do Brasil-Reino aqui chegou a ilha de Santa Catarina.
Encontramos maior número de rendeiras onde não há indústrias ou ocupação na lavoura, como no litoral, onde a mulher, terminados os poucos trabalhos domésticos, têm horas inteiras desocupadas. Voltam-se então para o artesanato trabalhando fios de linha. Quanto mais isoladas as comunidades, os trabalhos parecem ser mais delicados do que os feitos nos bairros e arredores de Florianópolis.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Os Carroções dos Colonos

Quando se processou, no século IX, o povoamento dos Estados do Paraná e Santa Catarina, através dos imigrantes alemães, italianos, poloneses etc., introduziu-se um novo tipo de carroça: os carroções de quatro rodas – “carroças coloniais”.
As carroças faziam todo o transporte do interior das novas colônias recém-estabelecidas, até Curitiba.
Mesmo com o aparecimento dos caminhões ainda existem, em alguns lugares isolados do interior, os antigos carroções.
Transportam desde a carga pesada do produto agrícola até passageiros. Usam cobertura de lona como proteção.
Em viagens demoradas o pernoite é feito em tais carroções.

A Viagem

Os carroções são puxados por parelhas de animais, geralmente mulas ou burros, por serem mais resistentes do que os cavalos. Usam em geral duas parelhas, porém quando a carga é mais pesada, três ou quatro.O condutor viaja na boléia que também é coberta pela mesma lona.
Em estradas ruins empregam correntes para outras parelhas ajudarem a “arrancar”.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Lembrança da Europa

Em Santa Catarina e Paraná encontramos casas tipicamente européias.
O clima subtropical condicionou o tipo de habitação, ao lado da tradição que os imigrantes trouxeram de suas pátrias distantes.
A madeira, abundante na região, é aproveitada na construção de casas que relembram as européias, dos climas frios, onde vivem alemães e poloneses.
Casas, cujos telhados de duas águas, acentuados em ângulo agudo, para o caso de cair neve, escorregar e não desabar com o peso desta.

O Interior

Com este tipo de telhado pode-se fazer o sótão, onde dormem os filhos. Ou um depósito para guardar os traster, velhos objetos, cheios de recordações. A madeira está por toda a parte, janelas, portas, assoalhos, forro, escadas, telhado.
O telhado também é feito de madeira, de tabuinhas. Ao entardecer, quando o sol se esconde, derrama um brilho de ouro velho no prateado cinzento dos telhados. Uma espiral de fumaça anuncia que a hora da refeição está próxima.
E na casa rural, por mais modesta que seja, há sempre flores, vasos ou canteiros para enfeitar a simplicidade...
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

A História da Erva-Mate

A erva-mate a princípio era tida pelos padres como uma erva maldita.
Depois o uso venceu os preconceitos... A planta é nativa do Paraná, de Santa Catarina e Mato Grosso. Entre os pinheirais encontram-se também árvores onde o ervateiro colhe as folhas. Perto dos ranchos preparam os jiraus ou carijós (espécie de mesa feita de varas para receber calor por baixo). A erva depois é triturada, peneirada e coada. Em seguida é ensacada e segue o seu destino. Certamente acaba na cuia e com uma bomba de prata e uma chaleira de água fervente, torna-se o delicioso chimarrão, complemento indispensável de um bom churrasco.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)

Poema da Rosa

Há uma rosa linda
No meio do meu jardim
Dessa rosa cuida eu
Quem cuidará de mim?
De manhã desabrochou
À tarde foi escolhida
Pra de noite ser levada
De presente a minha amiga

Feliz de quem possui
Uma rosa em seu jardim
A minha amiga com certeza
Pensa agora só em mim
Quando sopra o vento frio
E o inverno gela o jardim
Eu tenho calor em casa
E fico quietinho assim

Feliz de quem tem o seu teto
Pra ajudar a sua amiga
A fugir do vento ruim
Que deixa gelado o jardim

(Jards Macalé e Bertold Brecht - sobre a tradução de Augusto Boal)

Recomendado Por: Juditch Matos

MS-DOS

COMANDOS DO MS-DOS USADOS NO CONFIG.SYS, NO AUTOEXEC.BAT E NO PROMPT DE COMANDOS DO MS-DOS.

Você poderá obter um resumo de cada comando do MS-DOS a partir do prompt de comando, bastando digitar o nome do comando seguido por uma barra e ponto de interrogação (/?). Por exemplo: dir /?

Comandos utilizados no arquivo config.sys
ACCDATE BREAK
BUFFERS/BUFFERSHIGH
DEVICE DEVICEHIGH
DOS
DRIVPARM FCBS/FCBSHIGH
FILES/FILESHIGH
INSTALL/INSTALLHIGH LASTDRIVE/LASTDRIVEHIGH
NUMLOCK REM
SET
SHELL STACKS/STACKSHIGH SWITCHES

Comandos Utilizados no Prompt
attrib
CD
CLS
copy
date
defrag
del
deltree
DIR prompt
diskcopy
dosk ey
fdisk
format
label
md
more
move
path
RD
rename
sys
time
type
undelete
unformat
ver
vol
xcopy


EXPLICANDO CADA COMANDO DO MS-DOS

Comandos usados no arquivo config.sys

ACCDATE
Este comando especifica se a data do último acesso a um arquivo deve ser gravada para cada disco rígido. A última data de acesso é desativada para todas a unidades quando seu computador é iniciado no 'Modo de Segurança' e, como padrão, não é mantida no disquete.
Sintaxe
ACCDATE=unidade1+|- [unidade2+|-]...
Parâmetros
unidade1, unidade2...
Especifica a letra da unidade.
+|-
Especifique um sinal de adição (+) para indicar que a última data de acesso deve ser mantida para arquivos desta unidade. Especifique um sinal de menos (-) para indicar que a última data de acesso não deve ser mantida para os arquivos.

BREAK
Este comando define ou apaga a verificação estendida da teclas CTRL+C. Você pode utilizar este commando no prompt de comando ou no arquivo CONFIG.SYS.
Você pode pressionar CTRL+C para interromper um programa ou uma atividade, como a classificação de arquivos. Em geral, o MS-DOS somente verifica o CTRL+C enquanto efetua a leitura do teclado ou grava para tela ou uma impressora. Se definir BREAK como ATIVADO, você estenderá a verificação de CTRL+C a outras funções, como operações de leitura e gravação em disco.
Sintaxe
BREAK [ON|OFF]
Para exibir a configuração atual de BREAK no prompt de comando, use a sintaxe a seguir:
BREAK
No arquivo CONFIG.SYS, utilize a sintaxe a seguir:
BREAK=ON|OFF
Parâmetro
ON|OFF
Ativa ou desativa a verificação estendida CTRL+C.

BUFFERS/BUFFERSHIGH
Esse comando aloca (reserva) memória RAM para um número especificado de buffers de disco quando seu sistema é inicializado. Utilize o comando BUFFERSHIGH para carregar os buffers na área de memória superior (Extendida). Esses comandos podem ser utilizados somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
BUFFERS=n[,m]
BUFFERSHIGH=n[,m]
Parâmetros
n
Especifica o número de buffers de disco. O valor de n deve estar no intervalo de 1 a 99.
m
Especifica o número de buffers no cache de buffer secundário. O valor de m deve estar no intervalo de 0 a 8.
O padrão é 0 (nenhum buffer de cache secundário).
Se você especificar um valor inválido para n ou m, o BUFFERS utilizará as configurações padrão.

DEVICE
Este comando carrega na memória o driver de dispositivo especificado. Você pode utilizar este commando somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
DEVICE=[unidade:][caminho]arquivo [dd-parâmetros]
Parâmetros
[unidade:][caminho]arquivo
Especifica o local e o nome do driver de dispositivo que você deseja carregar.
[dd-parâmetros]
Especifica qualquer informação da linha de comando exigida pelo driver de dispositivo.

DEVICEHIGH
Esse comando carrega na área de memória superior o driver de dispositivo especificado. Carregar um driver de dispositivo na área de memória superior libera maior quantidade d e bytes de memória convencional para outros programas. Se a memória superior não estiver disponível, o comando DEVICEHIGH funcionará da mesma forma que o comando DEVICE.
Você pode utilizar este comando somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
DEVICEHIGH [unidade:][caminho]arquivo[dd-parâmetros]
Para especificar a região da memória em que o driver de dispositivo deve ser carregado, use a seguinte sintaxe:
DEVICEHIGH [[/L:região1[,mintam1][;região2[,mintam2] [/S]]=
[unidade:][caminho]arquivo[dd-parâmetros]
Parâmetros
[unidade:][caminho]arquivo
Especifica o local e o nome do driver de dispositivo que você deseja carregar na área de memória superior.
[dd-parâmetros]
Especifica qualquer informação da linha de comando exigida pelo driver de dispositivo.
Opções
[/L:regão1[,mintam1][;região2[,mintam2] [/S]...
Especifica uma ou mais regiões da memória em que o driver de dispositivo é carregado. Como padrão, o MS-DOS carrega o driver no maior bloco de memória superior (UMB, Upper Memory Block) livre e torna todos os outros UMBs disponíveis para uso do driver. Você pode utilizar a opção '/L' para carregar o driver de dispositivo em uma região específica da memória ou para especificar a região que o driver poderá usar.
Para carregar o driver no maior bloco de uma região específica da memória superior, especifique o número da região após a opção /L. Por exemplo, para carregar o driver no maior bloco livre da região 4, você digitaria “/L:4”. Para listar as áreas livres da memória, digite 'MEM /F' no prompt de comando.
Quando carregado com a opção '/L', um driver de dispositivo pode usar somente a região da memória especificada. Alguns drivers de dispositivos utilizam mais de uma área de memória; para esses drivers, você pode especificar mais de uma região. Para descobrir como um determinado driver de dispositivo utiliza a memória, escreva o comando MEM /M e especifique o nome do driver de dispositivo como um argumento.
Para especificar duas ou mais regiões, separe os números de bloco com sinais de ponto-e-vírgula (;).
Por exemplo, para utilizar os blocos 2 e 3, você digitaria '/L:2;3'.
Em geral, o MS-DOS carrega um driver em um UMB na região especificada somente se essa região contiver um UMB maior que o tamanho de carga do driver (normalmente igual ao tamanho do arquivo do programa executável). Se o driver exigir mais memória durante a execução do que requer ao ser carregado, você pode utilizar o parâmetro 'mintam' para assegurar que o driver não será carregado em um UMB pequeno demais para ele. Se você especificar um valor para 'minsize', o MS-DOS carregará o driver nessa região somente se ela contiver um UMB maior que o tamanho de carga do driver e maior que o valor de 'mintam'.
/S
Reduz o UMB a seu tamanho mínimo enquanto o driver é carregado. Utilizar esta opção torna o uso da memória mais eficiente. Em geral, essa opção é usada somente pelo programa MemMaker no MS-DOS 6.x, que pode analisar o uso da memória do driver de dispositivo para determinar se a opção '/S' pode ser usada com segurança quando esse driver é carregado. Essa opção é utilizada somente em conjunto com a opção '/L' e afeta somente o UMBs com um tamanho mínimo especificado.

DOS
Esse comando especifica que o MS-DOS deve manter um vínculo para área de memória superior, carregar parte dele mesmo na área de memória alta (HMA) ou ambos. Você pode utilizar este comando somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
DOS=HIGH|LOW[,UMB|,NOUMB][,AUTO|,NOAUTO]
DOS=[HIGH,|LOW,]UMB|NOUMB[,AUTO|,NOAUTO]
DOS=[HIGH,|LOW,][UMB,|NOUMB,]AUTO|NOAUTO
Parâmetros
UMB|NOUMB
Especifica se o MS-DOS deve gerenciar os UMBs criados por um fornecedor de UMBs como o 'Emm386.exe'. O parâmetro UMB especifica que o MS-DOS deve gerenciar os UMBs, se eles existirem.
O parâmetro NOUMB especifica que o MS-DOS não deve gerenciar os UMBs. A configuração padrão é NOUMB.
HIGH|LOW
Especifica se o MS-DOS deve tentar carregar uma parte dele mesmo na HMA (HIGH) ou manter o todo do MS-DOS na memória convencional (LOW). A configuração padrão é LOW.
AUTO|NOAUTO
Especifica se o MS-DOS deve carregar automaticamente os drivers de d ispositivos 'Himem.sys', 'Ifshlp.sys', 'Dblbuff.sys' e 'Setver.exe', se eles não forem carregados explicitamente no arquivo 'Config.sys'. A definição padrão, AUT O, carrega esses drivers de dispositivos automaticamente. A configuração AUTO utilize também os comandos BUFFERSHIGH, FILESHIGH, FCBSHIGH, LASTDRIVEHIGH e STACKSHIGH automaticamente, quer tenha sido utilizada ou não a forma -HIGH do comando. Se você especificar o parâmetro NOAUTO, deverá carregar esses drivers de dispositivo e usar a forma -HIGH dos comandos anteriores para poder aproveitá-los.

DRIVPARM
Este comando define parâmetros para dispositivos como unidades de disco e de fita quando você inicia o MS-DOS. Você pode utilizar este comando somente no arquivo 'Config.sys'.
O comando DRIVPARM modifica os parâmetros de uma unidade física existente. Ele não cria uma nova unidade lógica. As configurações especificadas no comando DRIVPARM substituem as definições de drivers para qualquer dispositivo de bloco anterior.
Sintaxe
DRIVPARM=/D:número [/C] [/F:fator] [/H:cabeças] [/I] [/N]
[/S:setores] [/T:trilhas]
Opções
/D:número
Especifica o número da unidade física. Os valores para número devem estar no intervalo de 0 a 255. Por exemplo, unidade número 0 = unidade A, 1 = unidade B, 2 = unidade C, e assim por diante.
/C
Especifica que a unidade de disco pode detectar se a porta da unidade está fechada.
/F:fator
Especifica o tipo de unidade. A tabela a seguir mostra os valores válidos para fator e uma breve descrição de cada um deles. O valor padrão é 2.
0 160K/180K ou 320K/360K
1 1,2 megabytes (MB)
2 720K (disquete de 3,5 polegadas)
5 Disco rígido
6 Fita
7 1,44 MB (disquete de 3,5 polegadas)
8 Disco ótico de leitura/gravação
9 2,88 MB (disquete 3,5 polegadas)
/H:cabeças
Especifica o número máximo de cabeças. Os valores para cabeças devem estar no intervalo de 1 a 99. O valor padrão depende do valor especificado para '/F:fator'.
/I
Especifica uma unidade de disquetes de 3,5 polegadas eletronicamente compatível. Use a opção '/I' se o BIOS da ROM do seu computador não suportar unidades de disquetes de 3,5 polegadas.
/N
Especifica um dispositivo de bloco não removível.
/S:setores
Especifica o número de setores por trilha suportados pelo dispositivo de blocos. Os valores para setores devem estar no intervalo de 1 a 99. O valor padrão depende do valor especificado para '/F:fator'.
/T:trilhas
Especifica o número de trilhas por lado que o dispositivo de bloco suporta. O valor padrão depende do valor especificado para '/F:fator'.

FCBS/FCBSHIGH
Este comando especifica o número de blocos de controle de arquivos (FCBs, File Control Blocks) que o MS-DOS pode ter abertos ao mesmo tempo. Use o comando FCBSHIGH para carregar os FCBs na área de memória superior. Você pode utilizar esses comandos somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
FCBS=x
FCBSHIGH=x
Parâmetro
x
Especifica o número de FCBs que o MS-DOS pode ter aberto ao mesmo tempo. Os valores válidos para x estão no intervalo de 1 a 255. O valor padrão é 4.

FILES/FILESHIGH
Este comando especifica o número de arquivos que o MS-DOS pode acessar ao mesmo tempo. Use o comando FILESHIGH para carregar o comando na área de memória superior. Você pode utilizar estes comandos somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
FILES=x
FILESHIGH=x
Parâmetro
x
Especifica o número de arquivos que o MS-DOS pode acessar ao mesmo tempo. Os valores válidos para x estão no intervalo de 8 a 255. O valor padrão é 30.

INSTALL/INSTALLHIGH
Este comando carrega um programa residente na memória quando você inicia o MS-DOS. Use o commando INSTALLHIGH para carregar o programa residente na memória na área de memória superior. Você pode utilizar esses comandos somente no arquivo 'Config.sys'.
Os programas residentes na memória permanecem na memória enquanto seu computador estiver ligado. Eles podem ser utilizados até mesmo quando outros programas estão ativos. É possível usar o comando INSTALL ou INSTALLHIGH para carregar programas de memória residente do MS-DOS.
Sintaxe
INSTALL=[unidade:][caminho]arquivo [parâmetros de comando]
INSTALLHIGH=[unidade:][caminho]arquivo [parâmetros de comando]
Parâmetros
[unidade:][caminho]arquivo
Especifica o local e o nome do programa de memória residente que você deseja executar.
Parâmetros de comando
Especifica parâmetros para o programa que você especifica em 'arquivo'.

LASTDRIVE/LASTDRIVEHIGH
Este comando especifica o número máximo de unidades que você pode acessar. Use o commando LASTDRIVEHIGH para carregar as estruturas de dados de LASTDRIVE na área de memória superior. Você pode utilizar estes comandos somente no arquivo 'Config.sys'.
O valor especificado representa a última unidade válida que o MS-DOS deve reconhecer.
Sintaxe
LASTDRIVE=x
LASTDRIVEHIGH=x
Parâmetro
x
Especifica uma letra de unidade no intervalo de A a Z.

NUMLOCK
Esse comando especifica se a tecla NUM LOCK está definida como ON ou OFF quando o computador é inicializado. Você pode utilizar este comando somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
NUMLOCK=[ON|OFF]
Parâmetros
ON|OFF
Se definido como ON, ativa a tecla NUM LOCK quando o MS-DOS exibe o menu de inicialização. Se definido como OFF, desativa NUM LOCK.

REM
Esse comando permite que você inclua comentários em um arquivo de lotes, como o Autoexec.bat, ou no arquivo 'Config.sys'. O comando REM é útil também para desativar comandos, possibilitando testar seu funcionamento. É possível usar um ponto-e-vírgula (;) em lugar do comando REM no arquivo 'Config.sys', mas não em arquivos de lote.
Sintaxe
REM [seqüência]
Parâmetros
seqüência
Especifica qualquer seqüência de caracteres. Por exemplo, o comando que você quer desativar ou o comentário que deseja incluir.

SET
Este comando exibe, define ou remove variáveis de ambiente do MS-DOS.
As variáveis de ambiente são utilizadas para controlar o comportamento de alguns arquivos de lote e programas para controlar a aparência e o funcionamento do MS-DOS. O comando SET é utilizado com freqüência nos arquivos 'Autoexec.bat' ou 'Config.sys' para definir variáveis de ambiente toda vez que o MS-DOS é iniciado.
Sintaxe
SET variável=[seqüência]
Para exibir as configurações atuais do ambiente no prompt de comando, utilize a sintaxe a seguir:
SET
Parâmetros
variável
Especifica a variável que você deseja definir ou modificar.
seqüência
Especifica a seqüência que você deseja associar com a variável especificada.

SHELL
Este comando especifica o nome e a localização do interpretador de comandos que o MS-DOS deve utilizar.
Você pode utilizar este comando somente no arquivo 'Config.sys'.
Se quiser utilizar seu próprio interpretador de comandos em vez de 'Command.com', especifique o nome do interpretador de comandos, acrescentando um comando SHELL ao arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
SHELL=[[unidade:]caminho]arquivo [parâmetros]
Parâmetros
[[unidade:]caminho]arquivo
Especifica o local e o nome do interpretador de comandos que o MS-DOS deve utilizar.
parâmetros
Especifica qualquer parâmetro ou opção da linha de comando que pode ser utilizado com o interpretador de comandos especificado.

STACKS/STACKSHIGH
Este comando suporta o uso dinâmico de pilhas de dados para manipular interrupções de hardware. Use o comando STACKSHIGH para carregar as pilhas na área de memória superior. Você pode utilizar estes comandos somente no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
STACKS=n,s
STACKSHIGH=n,s
Parâmetros
n
Especifica o número de pilhas. Os valores válidos para n são 0 e números no intervalo de 8 a 64.
s
Especifica o tamanho (em bytes) de cada pilha. Os valores válidos para s são 0 e números no intervalo de 32 a 512.

SWITCHES
Esse comando especifica opções especiais no MS-DOS. Use esse comando no arquivo 'Config.sys'.
Sintaxe
SWITCHES= /F /K /N /E[:n]
Opções
/K
Obriga um teclado avançado a se comportar como um teclado convencional.
/N
Impede a utilização da tecla F5 ou F8 para ignorar os comandos de inicialização. (SWITCHES /N não impede que você pressione CTRL+F5 ou CTRL+F8 para ignorar 'Drvspace.bin'. Para evitar isso, utilize o commando DRVSPACE /SWITCHES para adicionar a configuração SWITCHES /N ao seu arquivo 'Drvspace.ini'.)
/E[:n]
Utilizada sem o parâmetro ':n', indica que 'Io.sys' deve suprimir a relocação automática de EBIOS. (A relocação automática de EBIOS aumenta a memória convencional disponível para programas baseados no MS-DOS.) A supressão da relocação automática resulta em menos memória convencional disponível para programas baseados no MS-DOS. Use a opção '/E' com o parâmetro 'n' para relocar N bytes de EBIOS para a memória baixa, em que 'n' é o número de bytes a serem relocados. O valor mínimo para 'n' é 48 e o valor máximo é '1024'. O número especificado é sempre arredondado para o múltiplo de 16 seguinte.
Comandos DOS usados no Prompt e Comandos DOS usados no arquivo autoexec.bat
Lembramos que após a digitação de cada comando no Prompt, é necessário acionar a tecla “ENTER” para acionar o comando.
A maioria desses comandos também podem ser utilizados com sucesso no arquivo autoexec.bat.
Lembrando que devemos digitar somente o comando desejado, tanto no prompt como no autoexec.bat, mas por motivos didáticos, transcrevemos o comando completo, como visto na tela do prompt.
CLS: comando utilizado para limpar a tela
Sintaxe: C:\> CLS
TIME: Comando utilizado para verificar a hora do sistema e configurar a nova hora do mesmo
Sintaxe: TIME hh:mm:ss (ex. time 13:10:00)
DATE: Comando utilizado para exibir a data do sistema e configurar a mesma
Sintaxe: C:\> DATE mm-dd-aa (ex. date 01-01-04)
VER: Utilizado para exibir a versão do MS-DOS
Sintaxe: C:\> VER
TYPE: Utilizado para se exibir o conteúdo de um arquivo do tipo texto
Sintaxe: TYPE [unidade] [caminho] nome do arquivo
Ex.: C:\> TYPE arq1.txt
C:\> TYPE a:arq1.txt
D:\> TYPE b:arq3.txt
Opção MORE – Permite a paginação na tela.
Ex.: TYPE arqi.txt |MORE
MORE: comando para exibir o conteúdo de um arquivo tipo texto, página a página
Sintaxe: MORE [unidade] [caminho] nome do arquivo
DIR: Usado para exibir os arquivos e subdiretórios de um diretório.
Sintaxe: DIR [unidade] [caminho] [/P] [/W] [/A: Atributos] [/O: Atributos[ [/S] [/B]
Opções do DIR:
/ P – exibe a listagem de arquivos e diretórios tela por tela
/ W – exibe a listagem no formato horizontal com até 5 arquivos ou diretórios por linha
/S – exibe cada ocorrência do arquivo especificado no diretório corrente e seus subdiretórios
/B – exibe todos os arquivos e subdiretórios, exceto os arquivos escondidos e do sistema, sem informação adicional
/ A – Exibe os arquivos e diretórios que atendem a parâmetros especificados:
/A:H – arquivos ocultos (hidden)
/A:-H – arquivos não ocultos
/A:R – arquivos somente de leitura (read)
/A:-R – arquivos que não são somente leitura
/A:D – somente diretórios
/A:-D – somente arquivos
/A:S – arquivos de sistemas
/O – Opção que permite aos usuários definir a ordem de classificação a ser utilizada
/O:N – por ordem alfabética crescente de nome
/O:-N - por ordem alfabética decrescente de nome
/O:E – por ordem alfabética crescente de extensão
/O:-E - por ordem alfabética decrescente de extensão
/O:D – por ordem crescente de data
/O:-D – por ordem decrescente de data
COPY: comando utilizado para copiar arquivos de um local para outro, utilizado para concatenar vários arquivos gerando apenas um.
Sintaxe: COPY [origem] [destino] /V
Opção: /V – faz com que o MS-DOS verifique se a cópia foi feita corretamente.
DEL: comando para deletar arquivo
Sintaxe: DEL [unidade] [caminho] arquivo /P
Opção: /P: exibe uma mensagem de confirmação
OBS: pode-se deletar todos os arquivos com a mesma extensão, por exemplo: *.txt
RENAME (REN): Renomear um ou mais arquivo
Sintaxe: REN [unidade] [caminho] arqui1 arqui2
MD (MKDIR): Cria diretório
Sintaxe: MD [unidade] [caminho] nome do diretório
CD (CHDIR): trocar de diretório

Sintaxe: CD [caminho ]
Observações:
a) . - refere-se ao diretório corrente
b) .. – refere-se ao diretório pai
c) Path Name absoluto: descreve todo o caminho a partir do diretório raiz
d) Path Name Relativo: descreve o caminho a partir do diretório corrente até o arquivo procurado
RD (RMDIR): remover diretórios, que por sua vez, não podem conter arquivos.
Sintaxe: RD [unidade] [caminho] nome do diretório
PROMPT: altera o prompt do sistema
Sintaxe: PROMPT [texto]
Opções:
$
CARACTER RESULTADO
G >
B |
T Hora do sistema
D Data do sistema
V Versão do sistema
N Unidade corrente
P Diretório
Q =
- Retorno de carro
VOL: Exibe o nome do volume de um disco
Sintaxe: VOL [unidade]
LABEL: Altera o nome do volume do disco
Sintaxe: LABEL [unidade] nome
PATH: comando que define um caminho de pesquisa para comandos e arquivos executáveis
Sintaxe: PATH [unidade:caminho] [;...]
OBS:
a) Quando usado sem parâmetros, exibe o PATH corrente
b) PATH; - limpa todos os caminhos de pesquisa definidos anteriormente, voltando ao PATH default
SYS: Cria um disco de boot (com os arquivos IO.SYS, MSDOS.SYS, COMMAND.COM)
Sintaxe: SYS unidade:
FORMAT: formata um disco
Sintaxe: FORMAT [unidade] /V:nome /S /Q /U /4 /F:tamanho
Opções:
/V:nome: coloca o nome de volume no disco a ser formatado
/S: copia os arquivos (IO.SYS, MSDOS.SYS e o COMMAND.COM) para o disco formatado
/Q: faz uma formatação rápida, ou seja, cria apenas uma nova FAT e um novo diretório raiz.
/U: é a formatação incondicional. Não se pode “desformatar” o disco depois com o comando UNFORMAT.
/4: possibilita o usuário formatar um disco de 360Kb em um drive de 1.2Mb.
/F:tamanho: permite formatar um disquete com um tamanho especificado.
DISKCOPY: comando utilizado para fazer uma cópia idêntica do conteúdo de um disco para outro
Sintaxe: DISKCOPY [origem] [destino] /V
Opção: /V: faz com que o MS-DOS verifique se a cópia foi feita corretamente.
OBS: O disco de destino não precisa estar obrigatoriamente formatado, pois o MS-DOS o formata enquanto copia.
Pode-se usar o mesmo drive. É um comando só para disquetes que devem ser do mesmo formato e tipo.
Ex.: C:\>DISKCOPY a: b: /V
DEFRAG: É o desfragmentador de arquivos do DOS.
DELTREE: remove todo um diretório e todos os seus subdiretórios e arquivos.
Sintaxe: C:\> DELTREE diretório
MOVE: Movimenta um ou mais arquivos para outra localização no mesmo disco.
Sintaxe: C:\> MOVE [origem] [destino]
Ex.: C:\> MOVE c:\ws\arqui1.txt c:\windows\doc
XCOPY: comando utilizado para se copiar arquivos e subdiretórios de um diretório.
Sintaxe: XCOPY [origem] [destino] /S /A /P /D:data /V
Opções:
/S – copia subdiretórios
/A – copia somente os arquivos que tem o tributo de arquivo definido
/P – envia mensagem de confirmação de cópia
/D:data – copia somente os arquivos modificados na data especificada e posterior a esta.
/V – faz com que o MS-DOS verifique se a cópia foi feita corretamente.
Exemplos:
C:\> XCOPY c:\relat a: /S
C:\> XCOPY a: b: /S
C:\>XCOPY c:\prog b: ‘D:24/08/93
ATTRIB: comando utilizado para definir ou exibir atributos de um arquivo.
Sintaxe: ATTRIB +R –R +A –A +H –H +S –S arquivo/S
Opções:
+R –R = ativa / desativa o atributo de somente leitura
+A –A = ativa / desativa o atributo de arquivo
+H –H = ativa / desativa o atributo de arquivo oculto
+S –S = ativa / desativa o atributo de sistemas de arquivos
/S = ativa / desativa a opção especificada em subdiretório
Exemplos:
C:\>ATTRIB +R *.txt
C:\>ATTRIB +H relat.doc
C:\>ATTRIB +A a:*.*
C:\>XCOPY a: b:/a
DOSKEY: comando utilizado para manter uma lista dos comandos digitados e permite a criação de macros
Sintaxe: C:\>DOSKEY
CRIAÇÃO DE MACROS: conjunto de comandos que podem ser executados simplesmente digitando-se o nome da macro
Sintaxe: DOSKEY letra=comando
Exemplos:
C:\>DOSKEYC:\>DOSKEY d=dir/w (d-nome da macro)
C:\>D
C:\>DOSKEY busca=dir C:\ $1 /S
UNFORMAT: recupera um disco formatado acidentalmente
Sintaxe: UNFORMAT unidade:
UNDELETE: recupera arquivos apagados acidentalmente
Sintaxe: UNDELETE arquivo
SUBST: comando utilizado para associar uma letra a um diretório, criando uma unidade lógica.
Sintaxe: SUBST letra diretório
Exemplos:
C:\>SUBST
d:c:\acad\obras\obra1projeto\elet\planta1
C:\>d:
D:\>
C:\>SUBST a: c:\acad \obras\obra2
FDISK: comando utilizado para particionar o disco rígido. Este comando pode ser utilizado a partir do PROMPT ou quando da instalação do MSDOS (setup). Cada sistema operacional possui características (padrões) próprias, portanto, para se utilizar 2 ou mais Sistemas Operacionais (Windows e Linux, por exemplo), num mesmo computador, deve-se ‘particionar’ em 2 o winchester.
PARTIÇÕES:
Partição Não DOS: é aquela partição do winchester que armazenará um sistema operacional não DOS e seus arquivos e diretórios. Como, por exemplo, o Sistema Operacional PICK, UNIX e LINUX, que utilizam padrões de armazenamento e recuperação de arquivos diferentes do DOS.
Partição Primária do DOS: é aquela partição que contém os arquivos que dão partida ao DOS (IO.SYS, MSDOS.SYS e COMMAND.COM). Deve ser a partição ativa. Geralmente é o drive C.
Partição Extendida do DOS: é aquela que pode conter uma ou mais unidades lógicas (D, E, F, ...). Cada unidade lógica pode conter arquivos e diretórios.
MENU PRINCIPAL DO COMANDO FDISK:
1- Criar partição DOS ou unidade lógica do DOS
2- Definir partição ativa
3- Excluir partição DOS ou unidade lógica do DOS
4- Informações sobre partições
Opções:
1. Permite criar a partição primária, a estendida e as unidades lógicas da partição estendida.
2. Permite definir atual partição será a ativa qual partição será ativa quando do boot da máquina
3. Permite-se excluir as unidades lógicas, a partição extendida e a primária, nesta ordem.
4. Exibe um quadro com informações como, tamanho das partições, qual é a ativa, Tc...

História do Computador

A PRIMEIRA GERAÇÃO

J.P. Eckert e John Mauchly, da Universidade da Pensilvânia, inauguraram o novo computador em 14 de fevereiro de 1946. O ENIAC era mil vezes mais rápido do que qualquer máquina anterior, resolvendo 5 mil adições e subtrações, 350 multiplicações ou 50 divisões por segundo. E tinha o dobro do tamanho do Mark I: encheu 40 gabinetes com 100 mil componentes, incluindo cerca de 17 mil válvulas eletrônicas. Pesava 27 toneladas e media 5,50 x 24,40 m e consumia 150 kW. Apesar de seus inúmeros ventiladores, a temperatura ambiente chegava às vezes aos 67 graus centígrados. Executava 300 multiplicações por segundo, mas, como foi projetado para resolver um conjunto particular de problemas, sua reprogramação era muito lenta. Tinha cerca de 19.000 válvulas substituídas por ano. Em 1943, antes da entrada em operação do ENIAC a Inglaterra já possuía o Colossus, máquina criada por Turing para decifrar os códigos secretos alemães. Possuía 2.000 válvulas, coincidentemente o mesmo número proposto por Zuse alguns anos antes.


Foto do ENIAC

Em 1945 Von Neumann sugeriu que o sistema binário fosse adotado em todos os computadores, e que as instruções e dados fossem compilados e armazenados internamente no computador, na seqüência correta de utilização. Estas sugestões tornaram-se a base filosófica para projetos de computadores. (Atualmente pesquisam-se computadores "não Von Neumann", que funcionam com fuzzy logic, lógica confusa) A partir dessas idéias, e da lógica matemática ou álgebra de Boole, introduzida por Boole no início do século XIX, é que Mauchly e Eckert projetaram e construíram o EDVAC, Electronic Discrete Variable Automatic Computer, completado em 1952, que foi a primeira máquina comercial eletrônica de processamento de dados do mundo. Eles haviam tentado isso com o BINAC, computador automático binário, de 1949, que era compacto (1,40 x 1,60 x 0,30 m) o suficiente para ser levado a bordo de um avião, mas que nunca funcionou a contento. O EDVAC utilizava memórias baseadas em linhas de retardo de mercúrio, bem mais caras e lentas que os CRTs, mas também com maior capacidade de armazenamento. Wilkes construiu o EDSAC, Electronic Delay Storage Automatic Calculator em 1949, que funcionava segundo a técnica de programas armazenados.


Foto do EDVAC

O primeiro computador comercial de grande escala foi o UNIVAC, UNIVersal Automatic Computer, americano, de 1951, que era programado ajustando-se cerca de 6.000 chaves e conectando-se cabos a um painel. A entrada e saída de informações era realizada por uma fita metálica de 1/2 polegada de largura e 400 m de comprimento. Ao todo, venderam-se 46 unidades do UNIVAC Modelo I, que eram normalmente acompanhados de um dispositivo impressor chamado UNIPRINTER, que, sozinho, consumia 14.000 W. Outro foi o IBM 701, de 1952, que utilizava fita plástica, mais rápida que a metálica do UNIVAC, e o IBM 704, com a capacidade fenomenal de armazenar 8.192 palavras de 36 bits, ambos da IBM. Na Inglaterra surgem o MADAM, Manchester Automatic Digital Machine, o SEC, Simple Electronic Computer, e o APEC, All-Purpose Electronic Computer.


Foto do UNIVAC

Entre 1945 e 1951, o WHIRLWIND, do MIT, foi o primeiro computador a processar informações em tempo real, com entrada de dados a partir de fitas perfuradas e saída em CRT (monitor de vídeo), ou na flexowriter, uma espécie de máquina de escrever (Whirlwind quer dizer redemoinho). Em 1947 Bardeen, Schockley e Brattain inventam o transístor, e, em 1953 Jay Forrester constrói uma memória magnética. Os computadores a transistores surgem nos anos 50, pesando 150 kg, com consumo inferior a 1.500 W e maior capacidade que seus antecessores valvulados.

A SEGUNDA GERAÇÃO

Era a segunda geração. Exemplos desta época são o IBM 1401 e o BURROUGHS B 200. Em 1954 a IBM comercializa o 650, de tamanho médio. O primeiro computador totalmente transistorizado foi o TRADIC, do Bell Laboratories. O IBM TX-0, de 1958, tinha um monitor de vídeo de primeira qualidade, era rápido e relativamente pequeno, possuia dispositivo de saída sonora e até uma caneta óptica. O PDP-1, processador de dados programável, construído por Olsen, virou sensação no MIT: os alunos jogavam Spacewar! e Rato-no-labirinto, através de um joystick e uma caneta óptica.


Foto do IBM 1401

Em 1957 o matemático Von Neumann colaborou para a construção de um computador avançado, o qual, por brincadeira, recebeu o nome de MANIAC, Mathematical Analyser Numerator Integrator and Computer. Em janeiro de 1959 a Texas Instruments anuncia ao mundo uma criação de Jack Kilby: o circuito integrado. Enquanto uma pessoa de nível médio levaria cerca de cinco minutos para multiplicar dois números de dez dígitos, o MARK I o fazia em cinco segundos, o ENIAC em dois milésimos de segundo, um computador transistorizado em cerca de quatro bilionésimos de segundo, e, uma máquina de terceira geração em menos tempo ainda.

A TERCEIRA GERAÇÃO

A terceira geração de computadores é da década de 60, com a introdução dos circuitos integrados. O Burroughs B-2500 foi um dos primeiros. Enquanto o ENIAC podia armazenar vinte números de dez dígitos, estes podem armazenar milhões de números. Surgem conceitos como memória virtual, multiprogramação e sistemas operacionais complexos. Exemplos desta época são o IBM 360 e o BURROUGHS B-3500.




Foto do Manchester Mark I e do Primeiro Chip de Computador


Em 1960 existiam cerca de 5.000 computadores nos EUA. É desta época o termo software. Em 1964, a CSC, Computer Sciences Corporation, criada em 1959 com um capital de 100 dólares, tornou-se a primeira companhia de software com ações negociadas em bolsa. O primeiro minicomputador comercial surgiu em 1965, o PDP-5, lançado pela americana DEC, Digital Equipament Corporation. Dependendo de sua configuração e acessórios ele podia ser adquirido pelo acessível preço de US $ 18,000.00. Seguiu-se o PDP-8, de preço ainda mais competitivo. Seguindo seu caminho outras companhias lançaram seus modelos, fazendo com que no final da década já existissem cerca de 100.000 computadores espalhados pelo mundo.Em 1970 a INTEL Corporation introduziu no mercado um tipo novo de circuito integrado: o microprocessador. O primeiro foi o 4004, de quatro bits. Foi seguido pelo 8008, em 1972, o difundidíssimo 8080, o 8085, etc. A partir daí surgem os microcomputadores. Para muitos, a quarta geração surge com os chips VLSI, de integração em muito larga escala. As coisas começam a acontecer com maior rapidez e freqüência. Em 1972 Bushnell lança o vídeo game Atari. Kildall lança o CP/M em 1974. O primeiro kit de microcomputador, o ALTAIR 8800 em 1974/5. Em 1975 Paul Allen e Bill Gates criam a Microsoft e o primeiro software para microcomputador: uma adaptação BASIC para o ALTAIR. Em 1976 Kildall estabelece a Digital Research Incorporation, para vender o sistema operacional CP/M. Em 1977 Jobs e Wozniak criam o microcomputador Apple, a Radio Shack o TRS-80 e a Commodore o PET. A planilha Visicalc (calculador visível) de 1978/9, primeiro programa comercial, da Software Arts. Em 1979 Rubinstein começa a comercializar um software escrito por Barnaby: o Wordstar, e Paul Lutus produz o Apple Writer. O programa de um engenheiro da NASA, Waine Ratliff, o dBASE II, de 1981. Também de 1981 o IBM-PC e o Lotus 1-2-3, de Kapor, que alcançou a lista dos mais vendidos em 1982.


Primeiro chip da Intel o 4004 com 2.300 transistors.


No mesmo ano Zuffo da USP fabrica o 1o chip nacional




Foto dos Sinclair ZX81/ZX Spectrum

Computador minúsculo concebido por John Sinclair, professor na Universidade de Cambrige no U.K.. Inicialmente concebido para utilização pelos estudantes da Universidade de Cambrige começou a ser comercializado, em Portugal, circa 1980 com um preço aproximado de 12.500$00. Existia uma versão em kit para montagem que era comprada aproximadamente por 9.000$00 A CPU compreendia um processador Zilog Z80A de 8 bit a 3,25 MHZ, uma memória que compreendia uma ROM e uma RAM e uma ULA. A ROM, com 8K de capacidade, armazenava de modo permanente os programas, tabelas etc. necessários ao funcionamento do sistema e um interpretador para a linguagem de programação BASIC. A RAM compreendia uma área de trabalho disponível para o utilizador de 1K mas, era extensível até 16K. Na caixa de plástico alojava-se ainda um subsistema de comunicações para ligação em série a periféricos denominado SCL (Sinclair Computer Logic), uma unidade para entrada e saída de som, um codificador de imagens para TV. Num rasgo aberto na parte traseira da caixa de plástico existia um conector onde se podia ligar uma impressora minúscula que usava um rolo de papel especial. O computador era fornecido com um cabo para ligação ao televisor e outro para ligação a um gravador de "cassettes" musical (norma Philips). O transformador de corrente eléctrica alterna para contínua era adquirido em separado. Os programas e dados eram gravados na cassette magnética e eram também lidos a partir dela. O teclado não dispunha de teclas. Os caracteres ASCII eram impressos numa membrana. Esta tecnologia e a falta de ventilação da unidade de alimentação eléctrica eram as causas principais de avarias que enviavam o ZX81 para o caixote do lixo. Foi um computador muito popular devido ao seu baixo preço de venda.


Foto do Osborne1

Fabricado pela Osborne nos USA circa 1982. A CPU compreendia uma memória com 64KB, uma UAL e um Processador Zilog Z80A de 8 bit a 4 MHZ. A caixa, do tipo mala attaché com uma massa de 11 Kg, albergava ainda 2 unidades de disquette de 5" 1/4 com 204 KB ou em opção com 408 KB de capacidade, um écran de 5" (24 linhas por 54 colunas) a preto e branco e um teclado basculante (servia de tampa à mala) com dois blocos de teclas, um alfanumérico com os caracteres ASCII e outro numérico. Dispunha ainda de conectores para um écran externo, ports série RS-232C e paralelo IEEE-488 ou Centronics. O sistema era alimentado por uma bateria própria recarregável com uma autonomia de 5 horas, por uma bateria externa de automóvel ou por um transformador de corrente eléctrica alterna para contínua. O sistema operativo era o CP/M desenvolvido pela Digital Corporation. O software fornecido incluia um Interpretador M BASIC desenvolvido pela MICROSOFT, um Compilador BASIC desenvolvido pela Compyler Systems, uma folha de cálculo SUPERCALC (derivada do Visicalc) e um processador de texto denominado WORDSTAR. Podia ser programado em BASIC, FORTRAN, COBOL, PASCAL, PL 1, ALGOL, C, FORTH, ADA, ASSEMBLER e CROSS-ASSEMBLER. Última morada conhecida: desconhecida (foi visto na FILEME-82 em Lisboa).




Foto do IBM PC/XT e do Seu Processador

Fabricado pela IBM nos USA circa 1980, foi apresentado em Portugal em Janeiro de 1985 já com a versão PC-XT disponível, à qual se seguiu uma versão PC-AT. O CPU compreendia uma memória ROM de 40KB e uma memória RAM de 64KB extensível até 640KB, uma ULA e um processador Intel 8088 de 16 bit com uma frequência de clock de 4,77 MHZ. Era construido com três módulos separados: caixa, écran e teclado. O écran era a preto e branco com 25 linhas e 80 colunas podendo ser substituido por um écran a cores com 16 cores. A caixa para além do CPU albergava uma unidade de disquette de 5" 1/4 com uma capacidade de 360KB podendo alojar ainda uma outra unidade de disquette idêntica ou um disco com 10MB de capacidade, que era parte integrada na versão PC-XT. O teclado com 83 teclas, 10 das quais correspondentes a funções pré programadas, dispunha de caracteres acentuados (português). Possuia ainda saída para impressora e o PC-XT dispunha de um interface para comunicações assincronas. O sistema operativo era o PC/MS-DOS o qual era um MS-DOS desenvolvido pela Microsoft para a IBM. A linguagem de programação utilizada era o BASIC. Embora sendo um marco histórico da entrada da IBM no sector de mercado dos PC's, chegou a Portugal tardiamente não ocupando nunca o espaço já conquistado por outros fabricantes. Só cerca de dois anos depois, com a apresentação dos modelos PS/2-50 e PS/2-60, que eram equipados com um processador Intel 80286, a IBM recuperou o sector de mercado dos PC's utilizando para o efeito a penetração nas empresas onde tinha instalado mainframes e "pequenos computadores".

A QUARTA GERAÇÃO (1981-1990)

Surgiram em decorrência do uso da técnica dos circuitos LSI (LARGE SCALE INTEGRATION) e VLSI (VERY LARGE SCALE INTEGRATION). Nesse período surgiu também o processamento distribuído, o disco ótico e o a grande difusão do microcomputador, que passou a ser utilizado para processamento de texto, cálculos auxiliados, etc. -1982- Surge o 286 Usando memória de 30 pinos e slots ISA de 16 bits, já vinha equipado com memória cache, para auxiliar o processador em suas funções. Utilizava ainda monitores CGA em alguns raros modelos estes monitores eram coloridos mas a grande maioria era verde, laranja ou cinza. -1985- O 386 Ainda usava memória de 30 pinos, porém devido ás sua velocidade de processamento já era possivel rodar softwares graficos mais avançados como era o caso do Windows 3.1, seu antecessor podia rodar apenas a versão 3.0 devido à baixa qualidade dos monitores CGA, o 386 já contava com placas VGA que podiam atingir até 256 cores desde que o monitor também suportasse essa configuração. -1989- O 486 DX A partir deste momento o coprocessador matemático já vinha embutido no próprio processador, houve também uma melhora sensível na velocidade devido o advento da memória de 72 pinos, muito mais rapida que sua antepassada de 30 pinos e das placas PCI de 32 bits duas vezes mais velozes que as placas ISA . Os equipamentos já tinham capacidade para as placas SVGA que poderiam atingir até 16 milhões de cores, porém este artificio seria usado comercialmente mais para frente com o advento do Windows 95. Neste momento iniciava uma grande debandada para as pequenas redes como, a Novel e a Lantastic que rodariam perfeitamente nestes equipamentos, substituindo os "micrões" que rodavam em sua grande maioria os sistema UNIX (Exemplo o HP-UX da Hewlett Packard e o AIX da IBM). Esta substituição era extremamente viável devido à diferença brutal de preço entre estas máquinas.




Foto de um 386 e um 486 e a foto de Uma Mother Board (Placa Mãe) de um 486 DX 100

A QUINTA GERAÇÃO (1991-ATÉ HOJE)

As aplicações exigem cada vez mais uma maior capacidade de processamento e armazenamento de dados. Sistemas especialistas, sistemas multimídia (combinação de textos, gráficos, imagens e sons), banco de dados distribuídos e redes neurais, são apenas alguns exemplos dessas necessidades. Uma das principais características dessa geração é a simplificação e miniaturização do computador, além de melhor desempenho e maior capacidade de armazenamento. Tudo isso, com os preços cada vez mais acessíveis. A tecnologia VLSI está sendo substituída pela ULSI (ULTRA LARGE SCALE INTEGRATION). O conceito de processamento está partindo para os processadores paralelos, ou seja, a execução de muitas operações simultaneamente pelas máquinas. A redução dos custos de produção e do volume dos componentes permitiram a aplicação destes computadores nos chamados sistemas embutidos, que controlam aeronaves, embarcações, automóveis e computadores de pequeno porte. São exemplos desta geração de computadores, os micros que utilizam a linha de processadores Pentium, da INTEL. 1993- Surge o Pentium As grandes mudanças neste periodo ficariam por conta das memórias DIMM de 108 pinos, do aparecimento das placas de video AGP e de um aprimoramento da slot PCI melhorando ainda mais seu desempenho. 1997- O Pentium II / 1999- O Pentium III / 2001- o Pentium 4 Não houveram grandes novidades após 1997, sendo que as mudanças ficaram por conta dos cada vez mais velozes processadores.


Na ordem o Celeron / Ciryx / AMD K6 / Pentium MMX




O Pentium 2 e o AMD K6-2 os TOP de Linha até 1998 / Foto de uma placa de Pentium II

O FUTURO - VEM AÍ O COMPUTADOR QUÂNTICO

A IBM anunciou ontem a construção do mais avançado computador quântico do mundo. A novidade representa um grande passo em relação ao atual processo de fabricação de chips com silício que, de acordo com especialistas, deve atingir o máximo de sua limitação física de processamento entre 10 e 20 anos. O computador quântico usa, em lugar dos tradicionais microprocessadores de chips de silício, um dispositivo baseado em propriedades físicas dos átomos, como o sentido de giro deles, para contar números um e zero (qubits), em vez de cargas elétricas como nos computadores atuais. Outra característica é que os átomos também podem se sobrepor, o que permite ao equipamento processar equações muito mais rápido. "Na verdade, os elementos básicos dos computadores quânticos são os átomos e as moléculas", diz Isaac Chuang, pesquisador que liderou a equipe formada por cientistas da IBM, Universidade de Staford e Universidade de Calgary. Cada vez menores Segundo os pesquisadores da IBM, os processadores quânticos começam onde os de silício acabam. "A computação quântica começa onde a lei de Moore termina, por volta de 2020, quando os itens dos circuitos terão o tamanho de átomos e moléculas", afirma Chuang. A lei de Moore, conceito criado em 65 pelo co-fundador da fabricante de processadores Intel, Gordon Moore, diz que o número de transistores colocados em um chip dobra a cada 18 meses. Quanto maior a quantidade de transistores nos chips, maior a velocidade de processamento. Essa teoria vem se confirmando desde a sua formulação. Pesquisa O computador quântico da IBM é um instrumento de pesquisa e não estará disponível nos próximos anos. As possíveis aplicações para o equipamento incluem a resolução de problemas matemáticos, buscas avançadas e criptografia, o que já despertou o interesse do Departamento de Defesa dos Estados Unidos

* Dados sobre o Processador Quantico foram extraidos do Jornal o Estado de São Paulo de 12 de agosto de 2000