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Dicas Para O Reparo De Placas-Mãe

Para trabalhar com manutenção de placas-mãe é indispensável saber e conhecer eletrônica. Não há como um leigo medir tensões numa placa, medir componentes ou analisar um circuito de fonte do processador ou chipset ou de memória se não tiver conhecimento nesta área, afinal, apesar da proliferação dos chipsets, ainda há muita coisa que pode ser medida somente com o multímetro. Portanto,se você está interessado em aventurar-se nesta área, "tome tento" e faça um curso de eletrônica primeiro.
Em bancada preze pela qualidade de seus equipamentos. Compre um bom multímetro, um bom sugador de solda, um bom ferro de soldar (se tiver condições dê preferência às estações de solda), um bom soprador térmico bem como demais ferramentas como alicates e chaves de fenda. Veja bem, disto vai depender a rapidez, a limpeza e a perfeição do serviço realizado, portanto não poupe gastos.
Mais um detalhe: compre placas mãe usadas com defeito, pois nem todos os componentes existem à venda no mercado. Procure comprar placas modernas, por exemplo para K6-2(Socket 7), Pentium III e Celeron(Socket 370 ou Slot 1), e para Athlon e Duron( Socket 462 ou Slot A). Podendo-se assim tentar uma recuperação da placa e possivelmente a venda da mesma, bem como uma graninha extra, caso contrário, se não tiver conserto, use-a para desmanche.

Tendo visto toda esta teoria agora segue a prática:

1- Teclado não funciona – um dos defeitos mais comuns – a princípio verifique se ao ligar o micro ou a placa, as luzes do teclado piscam (a casos em que aparece a mensagem da BIOS indicando erro de teclado). Neste caso há duas situações:
Não piscam – Teclado não está sendo alimentado. Não há tensão de +5V chegando até o conector do teclado. Verificar fúsiveis próximos ao teclado.
Sim, piscam – Teclado está alimentado porém não está recebendo os sinais de dados ou clock – Retire os capacitores SMD ligados entre os pinos de clock e dados e o terra. Há casos em que existe um componente parecido com um array ou rede de resistores mas não o são, na verdade são um array de capacitores com oito "perninhas", geralmente com a inscrição "C181" em seu corpo e com a incrição CA(1,2 101,102, etc... ) ou CN(1,2, etc..) serigrafado na placa. Agora o "pulo do gato", retire ele fora, pois acontece de estes capacitores apresentarem fuga, e desviarem os sinais de clock ou dados para o terra. Beleza, agora ele voltou a funcionar??? Que maravilha!!!!
Esta dica serve para paralelas e USB.

2- Placa não detecta a memória, mesmo se sabendo que a memória está ok e o conector está limpo – verifique se a memória está sendo alimentada. Pois, o transistor responsável pela alimentação da memória pode estar aberto ou com fuga. Para verificar se a memória está sendo alimentada, meça, com a placa ligada e com a memória no slot, os capacitores SMD da memória que ficam próximos aos pinos de conexão com a placa cpu, eles são os filtros de +3,3V. Se não houver tensão ou houver uma tensão muito baixa verifique o circuito que alimenta a memória.

3- Procure obter uma placa de diagnósticos do tipo da Soyo Tech Aid, que é mais barata e é uma "mão na roda". Com a placa de diagnósticos, você pode ter uma visão do que estava acontecendo no POST e observando onde o processo para e atribuindo o defeito a este ou aquele componente ou circuito. Portanto procure adquirir uma destas.
O que são e para que serve essas placas??
Estas placas servem para mostrar através de um display de 2 dígitos os códigos do POST( inicialização) da BIOS bem como a inicialização da placa-mãe, e, atraves de LEDs, indicar o funcionamento da fonte. A placa aconpanha manual de utilização para as tres BIOS mais comuns, AMI, AWARD e PHOENIX, mas são um pouco limitados. Experimente baixar direto do fabricante da BIOS, os códigos de POST atualizados.
Só tem um detalhe: esta placa de diagnósticos não funciona em placas PC-Chips, entre outras, que tenham os dois conectores de fonte (AT e ATX) ou que só tenha conector AT, pois em tais placas não existe 3,3V no slot PCI (padrão da placa de diagnósticos) sendo necessário o uso de um adaptador com um regulador de 3,3V para a placa, porém tal adaptador não existe a venda no mercado. Placas que tenham somente o conector ATX, não há necessidade de adaptador, e a placa de diagnósticos funciona perfeitamente.

Troca de Chipset

As placas que precisam trocar algum chipset, dependendo do chipset, desde que não tenham as perninhas muito finas e próximas uma das outras, usa-se um soprador térmico da seguinte maneira:
1°- Retirar o chipset suspeito com o soprador térmico.
2°- Passa-se uma solda pelos contatos na placa onde vai ser soldado o novo chipset, para dar forma arredondada em todos os contatos.
3°- Coloca-se um pinguinho mínimo de "Bonder" na parte inferior do chipset novo para fixa-lo na posição correta de soldagem e, com um ferro de solda de 15W (tipo caneta) solda-se os terminais extremos do chipset (das pontas para dar mais reforço na centralização.
4°- Você deve esprar uns 2 minutos, e soldar usando o soprador que vai fazer com que os terminais que ficam com um pequeno excesso de solda , envolvam cada terminal do chipset, daí é só dar umas pinceladas de thinner nos terminais para tirar a sujeira deixada pelo fluxo da solda e pronto.

O BIOS perdendo a configuração o que fazer? Quando a pilha está com a tensão normal mas, desligando a placa ela perde toda a configuração da BIOS.
Este defeito de perder setup acontece muito com as placas PC-chips M810, para fazer o reparo procede-se da seguinte maneira:
1°- Com o jumper do "Clear CMOS" na posição "NORMAL" meça a tensão em cima do jumper tendo como negativo o terra do micro ou o gabinete. Deverá haver + ou - 1,80Volts. Se não houver é por que algo no caminho está impedindo a passagem da tensão.(Primeira conclusão).
2°- Tendo como exemplo a M810, meça a tensão na seguinte ordem:
(a serigrafia com o código do componente pode variar de placa para placa e de modelo para modelo).
- Meça em cima da bateria. Deverá apresentar + ou - 3 Volts, indicando que a bateria não está gasta ou sendo "sugada" por algum curto. Caso não haja os 3 Volts, e já tendo sido medida a bateria fora do circuito e ela estava boa, pode ser que o terminal que faz contato com a bateria esteja oxidado ou sujo. Isto acontece com uma certa frequência.
- Meça agora, antes e depois do resistor R330. Não deverá haver grandes mudanças de tensão. Se não houver nada depois do resistor é sinal que o mesmo está aberto.
- Se após o resistor houver tensão meça o transistor Q35 apenas no terminal que faz conexão com os diodos em série. Caso não haja tensão entre os diodos e o transistor, é sinal que o transistor encontra-se aberto. Este defeito pode ser resolvido trocando-se o transistor ou retirando o mesmo e colocando um jumper entre os dois terminais mencionados.
- Aí agora só resta os diodos em série e o Q36. Se até o anodo do diodo D16 houver tensão e no catodo não, podem ocorrer duas coisas distintas:
Ou o diodo D16 está aberto impedindo a passagem da tensão ou o transistor Q36 está em curto.
Deve-se proceder então da seguinte maneira:
Com o ferro de solda, levante o lado do transistor Q36 no qual apresenta um só terminal.
Meça a tensão no catodo do D16. Se houver tensão, o Q36 está em curto, se não, o D16 está aberto.
Se o Q36 estiver em curto, tem que trocá-lo, não tem jeito, pois ele é responsável pela alimentação da CMOS quando o micro está ligado.
Acontece também, quando o Q36 entra em curto, da bateria morrer rapidamente. Isso acontrece porque o Q36 regula os 5V da fonte para alimentar a CMOS e estando em curto quando o micro é desligado a bateria não só vai alimentar a CMOS mas toda a linha de 5Volts.
Note que a medida que a tensão vai passando pelos componentes, há uma queda normal de tensão que não deverá ser maior que 1,3Volts de queda no percurso compreendido entre a bateria e o jumper. Lembre que no jumper deve haver + ou - 1,80Volts.