Na antiga Grécia existia um ritual bárbaro do “aigizein”, no culto a Dionísio. Os moços, os iniciados, pegavam um touro e despedaçavam-no comendo suas entranhas, sua carne crua.
Era a amofagia. No grego “omos” significa – cru e fagein – comer.
A cerimônia de apanhar o touro e despedaça-lo recordava a lenda de uma divindade que fora desgarrada e devorada.
Esse ritual foi evoluindo, passou mais tarde a ser uma arte e não um culto: a Tauromaquia, a difícil e perigosa arte de correr touros na praça, na arena – a tourada.
Boi-Na-Vara Catarinense
Em Santa Catarina o boi-na-vara ainda é praticado. É uma espécie de tourada realizada pelos barrigas-verdes (catarinenses). É a sobrevivência da omofagia no Brasil. Revive, em parte, o ritual grego: o “aigizein”. Um boi preso numa vara, com uma corda, investe num boneco; até o esgotamento.
Outras vezes soltam-no e os moços em correria derrubam o boi e despedaçam-no.
O interessante é que esta festa é realizada na Semana Santa, no sábado de Aleluia.
Aqueles que na Semana Santa se abstêm de carne de vaca fazem neste dia um ruidoso banquete com a carne do boi.
Revivem, sem o saber, o culto de Omadio da antiga civilização grega.
O boi-na-vara também é conhecido por: boi-na-corda,
Boi-no-campo, boi-no-mato.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)
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