Bem Vindo!!! Adicione o blog aos seus favoritos. Toda semana estou apresentando conteudos novos diferenciados. Boa leitura!
Abraço!!!

O Seringueiro

O seringueiro é o nordestino da Amazônia. Enfrenta o calor úmido, as enchentes, as chuvas diárias, as feras, as cobras, as doenças, os índios, a solidão, dentro da grande floresta.
À procura de látex atingiram o Acre.
Nas cabeceiras do Purus, Madeira, Mamoré e em outros pontos se fixaram em casas palafíticas (sobre estacas) num isolamento que só os fortes suportam. Seus tapiris (casas) espalhados na imensidão da selva são focos da civilização branca onde as águas dominam.
A clareira na floresta se torna o ponto de apoio para o surgimento do comércio que liga as atividades extrativas (madeira, borracha etc.).

A Forma de Viver

Os seringueiros se alimentam também de macacos, onças, maracajás. Em busca das seringueiras encontram no meio da selva árvores frutíferas, palmeiras abundantes que lhes dão o açaí, bacaba, capuaçu, bacuri. O traço maior de contato com o mundo é o regatão (vendedor que anda em barco) geralmente um sírio, com sua lancha motorizada, fornecendo o que o seringueiro precisa ou deseja.

O Seringal

É a vasta área, propriedade do seringalista, que explora a produção do látex, da borracha.
O seringalista coloca um barracão para receber as bolotas de borracha. É ao mesmo tempo um armazém onde há o indispensável para o trabalho e manutenção do seringueiro que vai sangrar a árvore, coletar a seiva e defumá-la, fazendo bolotas de borracha. As armas, munição, pólvora, chumbo ou balas e tecidos são vendidos pelos seringalistas, com grande lucro.

Trabalho Armado

O valente seringueiro não abandona o rifle no meio da mata, pois a qualquer momento pode ser atacado e terá de se defenter. Ou usará a sua arma para caçar animais, para a sua alimentação.

O Paraíso dos Rios

A bacia Amazônica drena mais de metade do território brasileiro e lança no Oceano Atlântico cerca de 200 mil metros cúbicos de água por segundo. A luta entre a água salgada e a doce provoca o famoso fenômeno da pororoca.
A vida do povo desta região depende dos rios. As cheias são violentas, provocando inundações e terras caídas.

Os Tapiris

Na foz dos igarapés (canais estreitos), nas margens calmas, olhando para o rio, levando sua casa palafítica, sobre estacas, para evitar a invasão das águas, nas enchentes. Nos assoalhos e paredes colocam palmeira paxiuba e o telhado é de palha fofa de palmeira. Atrás da casa em “terra firme de índio” plantam um pouco de milho, feijão, batata, mandioca, banana e alguns legumes.
A sua “montaria” é a ubá, canoa frágil que o conduz por todo o emaranhado de igarapés e furos.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)