Antes mesmo do Rio Grande ter seu território incorporado ao território do País, antes da constituição do Municipio de Cacimbinhas, nossas coxilhas serviram de palco de embates de alto relevo na história; de cenário a diversos e memoráveis combates entre forças Portuguesas, Espanholas, Nativas, Revolucionárias e Imperialistas, entre outros que por aqui andaram. Foi no território de Cacimbinhas, antigo 4° Distrito de Piratini, que se fere a memorável Batalha do Seival, em que a 10 de setembro de 1836, os Farrapos derrotaram fragorosamente os Imperiais; é também no 4° Distrito de Piratini, que às margens do Jaguarão, em campos de Menezes, que é Proclamada a República Rio Grandense por Antônio de Souza Neto, também territótio de Cacimbinhas.
Começamos pelo Século XVI, quando comissários ao comando de Cristovam Pereira de Abreu, primeiramente, e depois sob as ordens de Manuel Macedo, acompanhavam a conquista e a posse do território do Sul, que teve as suas fronteiras flutuantes, como foram, sujeitas a combates de Portugueses e Espanhóis contra os Guaranis, nativos influenciados por missionários Jesuítas.
Mais tarde encontramos os resíduos, das Campanhas Cisplatinas, sem comentarmos mais o Decênio Farroupilha e Guerra do Paraguai.
Já no Regime Republicano este mesmo solo Cacimbinhense viu-se mais uma vez no cenário das revoluções que ensangüentaram o solo pátrio, por longos períodos da vida política do Rio Grande do Sul e do Brasil.
Vários lugares do território do Município de Pinheiro Machado, são hoje marcos que relembram os acontecimentos que marcaram época em nossos antepassados e as façanhas de ações dos coetâneos que lavraram nossa história.
Cerro da Guarda Velha, na Serra do Velleda, que remonta ao longínquo 13 de fevereiro do ano de 1750 – Tratado de Madri, nos recorda, ainda hoje, com seu “Monumento Histórico”.
Recorda e dá autenticidade dos entreveros de nossos ancestrais na defesa do torrão que é hoje desta terra, e marca, sem dúvida, uma época, em que era defendido so limites fronteiriços do território Português-Espanhol no Brasil, bem como seus litígios com os Missioneiros inconformados.
O combate de Pedras Altas, a 25 de maio de 1827, onde brasileiros comandados pelo Cel. Izá Calderon, numa grande vitória, derrotaram as forças comandada pelo General Argentino “Lavalle”, é outro Monumento Histórico que vive em nossa história.
Já no decênio Farroupilha, a 4 de janeiro de 1837, o Brigadeiro Bento Manoel Ribeiro em sucessivos combates na encosta da Serra do Velleda e às margens dos Candiotinha, derrota as forças do General Antônio de Souza Neto, sendo este perseguido pelas forças imperiais até o Passo do Salso, no Jaguarão, onde atravessando a fronteira se homiziou no Uruguai.
O majestoso e imponente Cerro dos Porongos, sentinela viva e autêntica deste território, ele, como marco, colocado pela natureza, hoje com o marco Histórico colocado pelos que prezam suas raízes, nos relembra os embates violentos ali ocorrido a 14 de novembro de 1844, quando David Canabarro é derrotado e suas forças destroçadas pelas forças Imperiais sob o comando do Coronel Francisco Pedro de Abreu, o “Barão de Jacuí”.
Dois dias após, a 16 de novembro, às margens esquerda do Arroio Candiota, fere-se violenta batalha campal em que as forças sob o comando do Cel. Francisco Pedro de Abreu mais uma vez derrota as forças revolucionparias, estas sob o comando do Cel. Republicano Antônio M. Amaral.
A 19 de março de 1844, a força farroupilha sob o comando do Cel. Fidellis Vas, derrota as forças Imperiais no Vale do Arroio Candiotinha, nos campos dos Fagundes.
Já em pleno Regime Republicano, na sede do Município, em dezembro de 1894, o Cel. Guerreiro Vitória trava sangrento combate com as forças Legalistas que guarneciam a Vila, sob o comando do Cel. João Pereira Madruga, havendo um saldo de grandes baixas em ambas as forças e, rumando daqui para Piratini onde a ocupa, e após três dias, toma também Canguçu.
Mais tarde na Revolução de 1923, em 29 de maio os Generais rebeldes Estácio Azambuja e José Antônio Neto, tomam a cidade, depois de ter combatido e vencido as forças do Governo, no Passo dos Enforcados. Em 5 de junho do mesmo ano, forças sob o comando do Coronel Governista Hipólito Ribeiro Junior, ocupa a cidade, vindo, posterirmente, cair novamente na ocupação do Capitão rebelde Gervásio Ramão Velleda que se aquartela ao final da Revoluçao.
Finalmente a 14 de dezembro de 1923, no Castelo de Pedras Altas – Estância de Joaquim Francisco de Assis Brasil, é firmado o tratado de paz que deu por fim a Revolução de 1923, tratado esque foi firmado de um lado por Assis Brasil, representante dos Revolucionários, e pelo outro lado, o Marechal Setembrino de Carvalho – Ministro da Guerra na época e enviado ao Sul pelo Presidente da República, pondo com este acontecimento histórico fim ao movimento revolucionário. Este acordo firmado no Castelo de Pedras Altas, fora precedido de entendimentos com o Presidente do Estado, Dr. Antõnio Augusto Borges de Medeiros, e posteriormente ratificado pelo Presidente da República.
O destino ainda havia reservado a Pinheiro Machado, ter um registro Histórico-Revolucionário dos de maior relevância na sua História.
Na Revolução de 1932, depois dos fracassos sofridos por Borges de Medeiros e Batista Luzardo, nas negociações realizadas em Santa Maria, os mesmos organizaram suas forças revolucionárias, na Estância de Francisco dos Reis Macedo, no Município de Caçapava do Sul.
Organizada a coluna, a 18 de setembro, deixaram Caçapava, adentrando pela balsa do Camaquã no Município de Pinheiro Machado, e costeando mais ou menos aquele rio, águas abaixo, entrou em Piratini, pelo Passo Barbosa, também chamado de Passo Real do Arroio Grande (hoje Boici), indo acampar na Estância da Maria Joana, de propriedade de Nicanor Barbosa.
A 20 de setembro de 1932, dando mais uma coincidência de data para o Município de Piratini, fere-se na aludida estância o chamado combate do Cerro Alegre, onde as forças de Borges de Medeiros são destroçadas, vencidas, e aprisionado Borges e alguns companheiros por grande número deles tiveram oportunidade de fugir.
Borges, preso no Cerro Alegre, ruma a Estação de Pedras Altas para pegar o trem em 21 de Setembro, mais ou menos pelas 16:00 horas; passa escoltado por Pinheiro Machado, refeicionado na casa residencial do Major Galdino Bueno e Silva, então Intendente do Município, cuja casa esta localizada na Rua Nico de Oliveira, esquina com a Rua Israel Azambuja, N° 859.
Antes do domínio Português desta terra, antes das República, todos os movimentos armados, todas as revoluções fraticídas, passaram e deixaram o testemunho no território de Pinheiro Machado e com suas rajadas de morte ceifaram vidas; acordaram com silvo das balas os idealistas adormecidos e os encaminharam para lutas em defesa de seus ideais.
Constitui-se, sem sombra de dúvida, uma das maiores e grandiosas páginas da História de Pinheiro Machado, a conquista do Centro de Miss Rio Grande do Sul por Marlene Peterle Silveira Rosa, que alcançou o galardão máximo da beleza gaúcha, conquistado a 3 de junho de 1979 no Ginásio Presidente Médice e, Bagé, na 25º Edição do Concurso promovido pelos Diários Associados em seu jubileu de prata.
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