Bem Vindo!!! Adicione o blog aos seus favoritos. Toda semana estou apresentando conteudos novos diferenciados. Boa leitura!
Abraço!!!

A Amazônia

É um novo dia.
Amanhece neste continente verde, onde existe a maior fauna, a maior flora, a maior reserva de oxigênio,a maior bacia hidrográfica do mundo, numa área de 5.079.450 km2.
Será mesmo que amanhece?
As árvores são tão altas e copadas que a luz do sol não penetra até o solo. A claridade não chega onde as plantas rasteiras cobrem o chão, onde rastejam cobras enormes e jacarés.
O clima é quente úmido. A linha do Equador atravessa a região. As chuvas são abundantes. Freqüentes. E o homem? Quem é o homem desta região?

O Homem da Amazônia

Dos Andes, provavelmente, veio um povo que tentou dominar a imensa floresta.
Seus vestígios são encontrados na cerâmica marajoara, soterrada nas ilhas da foz rio Amazonas. Há quantos mil anos tudo isso aconteceu?
Não se sabe.
Os arqueólogos tentam decifrar o enigma da origem do brasilíndio comparando a cerâmica marajoara (encontrada em escavações) na ilha de Marajó com a cerâmica mais recente dos nossos índios tapajó.
Pode-se afirmar que o nosso índio não é autóctone (nascido neste continente). Provavelmente o brasilíndio é descendente de homens de outro continente, que chegaram ao Brasil muitos séculos antes de Pedro Álvares Cabral.

O Mundo Mágido

A natureza envolve o homem da Amazônia.
A grandiosidade da selva e o domínio das águas, das chuvas, das enchentes, predispõe o homem a acreditar nos mitos e nas lendas. Surgem os boitatás, as boiúnas, as iaras, os mapinguaris, os curupiras, os caboclos d’água.
A mente do homem se povoa de panema (medo).
A todo instante existem perigos: enchentes, terras caídas, igarapés movediços, plantas que produzem venenos terríveis.
Tudo é sempre novo e perigoso.

O Homem Branco

Com a descoberta do Brasil pelos portugueses, em 1500, começa uma nova era da Amazônia.
Os brancos lutam com a floresta e com os índios, e começam a tomar posse da terra.

O Caboclo

O português e o índio miscigenaram-se formando o nosso caboclo – o tapuio. Alto, forte, moreno. Do branco tem a fala e a ambição. Mas sua cultura é indígena: come mandioca, milho, caça, faz moquém (grelha de varas para assar carne ou peixe), dorme em rede, fuma. As canoas (feitas de troncos de árvores) são os seus barcos, as suas montarias.

O Ciclo da Borracha

No início do século 19 a Amazônia vive uma época áurea. A seringueira nativa produz o látex, que é transformado em borracha. Em 1914 o Brasil dominava 97% do mercado mundial de borracha.
Surgem as construções suntuosas em Manaus.

O Inferno Verde

Com a extração da borracha chega o trabalhador nordestino. O seringueiro é o cearense pequeno e forte. É o retirante das secas do Ceará (1877 a 1879).
É o nordestino, é o homem cheio de vontade e coragem pra enfrentar o seringal, as febres, os perigos da floresta.
Muitos sucumbiram nos seus tapiris, nos seus ranchos, defumando latex prodigioso para o dono do seringal: “o coronel dos barracos”...
O homem do Nordeste sofrido e seco ficou aprisionado pelos contratos nos seingais úmidos.
O inferno seco é substituído pelo inferno verde.

A Transamazônica

Surgiu então um novo dia para a Amazônia.
Esse novo dia foi concretizado numa das maiores obras daquele tempo – a Transamazônica. Uma rede de estradas que conquitou para o Brasil o “inferno verde”.
A Transamazônica veio para mudar o conceito que se fazia da Amazônia: mar doce, terras que desabam, rios barrentos e traiçoeiros. Região onde o sonho e o mistério de reúnem.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)