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O Búfalo de Marajó

Nos primeiros anos de colonização foi introduzido, na ilha de Marajó, o gado vacum. A alimentação abundante engordou o gado e aumentou o número de cabeças.

A Chegada dos Búfalos

Conta-se que nos fins do século passado um navio levava para um país vizinho alguns casais de búfalos indianos.
O navio naufragou perto da foz do Amazonas. Alguns animais conseguiram sobreviver. Nadando chegaram até a ilha Marajó.
Os sobreviventes cresceram, se multiplicaram. Os fazendeiros de Marajó perceberam como eram mais resistentes do que o gado vacum. Os búfalos se aclimataram na ilha.
Logo, mais zebus indianos foram levados para a região. Cruzados com o gado vacum existente, o resultado foi excelente.

O Vaqueiro Cavalga na Água

Os fazendeiros constroem suas casas nos lugares altos e firmes. Usam acupu, uma madeira que leva séculos para apodrecer.
Os vaqueiros de Marajó são caboclos. Mestiços de índios e brancos. Usam chapéu de palha, de copa redonda e abas largas. Forram a copa com folhas para se proteger do sol forte e da chuva. Suas roupas são simples. Camisa e calça, próprias para o clima quente.
No inverno começa a enchente. Na ilha os homens cavalgam o boi-de-sela, mais vagaroso. Mas só conseguem cavalgar com água pelo peito.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)