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Esfera Armilar

Antigo instrumento; antigamente útil nos estudos de Cosmosgrafia e Geografia Astronômica.
Sob o nome de armila, foi instrumento usado por Hiparco, Ptolomeu e todos os antigos astrônomos; chegaram até Tycho-Brahe os serviços que prestou nas observações astrônomicas.
A armila, em geral, apresenta dois círculos: um horizontal e outro vertical.
O meio-dia verdadeiro era marcado no instante em que a sombra, da parte anterior do círculo vertical, se projeta sobre o meio da parte posterior.
Esse fenômeno é verificado quando o círculo vertical se encontra colocado no meridiano do lugar de observação.
Na época de Tycho-Brahe, as armilas eram empregadas para determinação das distâncias entre astros eram empregadas para a determinação das distâncias entre os astros considerados a um determinado meridiano e ainda o uso dizia respeito ao estudo das diferenças de ascensão reta.
A esfera armilar era formada por um conjunto de arcos de metal, medeira ou cartões denominados armilar.
Os arcos são arrumados de modo a representar a esfera celeste, que tem como centro a Tera, representada por um pequeno globo.
O desenho da esfera armilar foi adotado como símbolo da navegação, nas armas de Portugal, de onde passou a fazer parte do brasão das armas do Brasil monárquico.
Mais modernamente, a esfera armilar é formada de cinco arcos, dos quais três são divididos:
- zodíaco,
- meridiano,
- círculo menor da latitude.
Os outros círculos componentes são denominados:
- coluro,
- círculo máximo de longitude, etc.
A inclinação do plano da eclítica sobre o Equador era de 23°31’ número esse não bem de acordo com o que seria possível obter no ano 1260.
A aproximação mais perfeita que esse instrumento fornecia era de um minuto de arco.
Com o tempo, com um aperfeiçoamento, foi considerada uma armila solsticial, ou meridiano, para que fosse possível a determinação da obliquidade da eclítica e a altura do pólo.
Para que fosse possível a observação dos Equinóxios, foi juntada mais uma armila equatorial. Como curiosidade, é interessante a origem desse instrumento: foi estabelecido em Adzerbeidjan, no Ocidente da Pérsia, no observatório mandado construir, em 1259, por NASSIR-ed-DIN-al-THOUSI.
A esfera armilar, com alguns signos do Zodíaco, foi empregada nas moedas de cruzado e meio cruzado, no reinado de João IV.
Não foi empregado nas moedas de ouro fabricadas no Brasil, antes da adoção das armas do Reino Unido.
Nas moedas de prata, foi colocada sobre a Cruz da Ordem de Cristo, com dimensões tais que da cruz só aparecem as pontas dos braços.
Entre os braços da cruz, em círculo concêntrico, na esfera armilar está distribuída a legenda:

SVBQ. SIGN. NATA. STAB.

Uma palavra em cada ângulo da cruz, escrita da direita para a esquerda e de cima para baixo.
Em algumas moedas se apresentam ornamentos que variam de acordo com o maior ou menor adiantamento dos artistas da época.
(Extraído de História das Moedas do Brasil, de Ney Chrysostomo da Costa, Instituto Estadual do Livro)