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O Estranho Cipó – Timbó

A pesca entre os índios brasileiros constitui uma técnica de subsistência muito importante. Há tribos que são ictiófagas (só comem carne de peixe), têm tabu em relação às carnes de outros animais e aves. Na pesca empregam arco e flecha, redes, uma espécie de anzol de osso (pindá) e o timbó.

A Preparação do Timbó

O timbó é um cipó. Produz um veneno (a rotenona) que ataca apenas os animais de sangue frio – os peixes, que ficam com a respiração paralisada. O timbó não faz efeito sobre os homens.
Bem de madrugada, começam a triturar e a desbagaçar o timbó, sobre um pedaço de madeira dura. Quando o timbó está preparado, ficam aguardando a ordem do chefe da tribo para dar início à pescaria.

O Local

A pesca com o timbó tem que ser realizada em lagoas rasas. Não se pode usar o timbó em água corrente. No local de entrada da lagoa por onde os peixes entram e saem, fazem uma espécie de barragem de galhos de árvores.
Ali ficam os práticos, esperando o chefe da tribo. Quando o chefe chega entram na canoa e a pescaria começa.
Participam da pescaria homens, mulheres e crianças. Levam arcos, flechas, cestas, cestos, facas.
Entram gritando alegremente e lançando o timbó macerado na lagoa.
Os peixes menores vêm logo à tona. Os índios pegam os peixes com as mãos. Os maiores são esbordoados, flechados ou fisgados. As mulheres colocam ativamente os peixes dentro dos cestos. É uma verdadeira alegria a pesca com o timbó. O peixe pode ser comido pelo homem normalmente.
Essa pesca com timbó é praticada em muitas cidades do Brasil. Herança índia legada à cultura brasileira.
(Extraído de Brasil Folclore Histórias Costumes e Lendas, deAlceu Maynard Araújo, Ed. Três)