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Onimusha: Dawn Of Dreams

Onimusha começou sua vida sem grandes pretensões. Foi um game planejado para PSone, nos moldes de Resident Evil, que acabou aportando no PlayStation 2 algum tempo depois do lançamento da plataforma. E a aposta deu bons resultados: este foi o primeiro game de ação do gênero a atingir um bom sucesso no novo console.
Não era de se estranhar. Primeiro, era um game à La Resident Evil, gênero carente de bons representantes na época. Segundo, ele trazia elementos que agradaram aos fãs de RPG – com a capacidade evolutiva – e aos fãs de filmes orientais, com Takeshi Kaneshiro no papel de Samanosuke. Isso deu origem a duas sequências, um game de luta e até um RPG estratégico portátil. A série se renovou mais uma vez no quarto episódio.

Uma nova ameaça

No final de Onimusha 3: Demon Siege, Nobunaga é finalmente morto. Mas isso não quer dizer que tudo estava terminado.
A última cena mostrava Hideyoshi Hashiba, o puxa-saco oficial de Oda, liderando os Genma, e anunciando a dominação do Japão. E este é o panorama de Onimusha: Dawn Of Dreams. O ano é 1598, quinze anos depois da morte de Nobunaga, e o país está imerso em escuridão, tomado pelos exércitos Genma, governados por Hashiba – agora Toyotomi – com mão de ferro. Diante dessa situação, um jovem guerreiro de armadura azul e com o poder das manoplas Ogre se ergue para colocar fim a esse reinado.
O jogo mostra grandes sinais de mudanças. A começar pela jogabilidade. Primeiramente, agora a câmera é livre, controlável pelo próprio jogador. Isso acaba se tornando uma necessidade, já que, em DoD, você deverá enfrentar legiões de inimigos de uma vez só. Por isso, espere por golpes que varrem hordas de uma só vez, além de outros recursos que Keiji Inafune, o criador de Onimusha, acrescentou ao jogo.
Claro que, para encarar um exército como esses, você precisa de ajuda. Além de poder evoluir suas armas e se fortalecer, agora você conta com a ajuda de vários aliados. Ao todo serão cinco personagens, cada um com sua arma, especialidade e habilidades especiais. Eles o acompanharão por todas as batalhas, e você poderá dar ordens como seguir, proteger a retaguarda ou coisas assim. Mais que isso: com o simples toque de um botão, você troca de herói e comanda o antes assistente.
À medida que você avança, os próprios aliados evoluem, recebendo novas habilidades. Algumas delas até mesmo proporcionam combinações devastadoras com outros personagens. A ninja Akane, por exemplo, pode atacar os oponentes com poderosos combos aéreos se você os arremessar para o ar.
Além disso, em alguns trechos, você precisará das habilidades de determinado personagem para prosseguir por algum caminho ou para resolver certos puzzles. Dependendo do personagem você pode até mesmo ver a história tomar diferentes rumos!

Mais anime, menos filme

Outro ponto completamente mudado é a ambientação. Os cenários são todos construídos com polígonos, como no terceiro jogo, mas agora são tão sombrios quanto o jogo original. Ao mesmo tempo, nessa escuridão, há muitos brilhos, flashes e luzes. Os golpes de espada do herói, as folhas das árvores, as velas e lanternas reluzem, assim como os olhos dos inimigos. Tudo em contraste com os cenários escuros. Segundo os produtores, a idéia era dar uma visão mais brilhante e inédita do Japão Feudal. Mesmo os cenários cortando os céus, bem no estilo de Resident Evil 4.
Isso tudo faz parte da concepção de Inafune para deixar o jogo com um ambiente mais anime e menos cinema. Tanto que o próprio personagem principal, diferente dos jogos anteriores, não é baseado em nenhum ator famoso. Até a trilha sonora promete seguir este padrão. Apesar dos temas orquestrados e dramáticos permanecerem ainda, as músicas terão uma aproximação mais ao estilo Devil May Cry, com batidas rápidas e modernas. A idéia é ter um jogo de ação ininterrupta, voltado para um público mais adulto, interessado em um enredo interessante baseado num dos períodos mais conturbados da história do Japão.

Quem foi Hideyoshi Toyotomi?

Os jogadores que acompanham a série são velhos conhecidos deste que é o novo vilão no quarto Onimusha. Talvez você até estranhe o nome, mas este é o mesmo Hideyoshi Hashiba, o vassalo de Nobunaga nos três capítulos iniciais. O que poucos sabem é que Toyotomi, assim como diversos personagens históricos da série da Capcom, realmente existiu.
Ele nasceu em 1536, filho de agricultores, e desde muito cedo começou a servir à família Ida. Em pouco tempo, sua dedicação foi reconhecida por Nobunaga, e rapidamente ascendeu de cargo e importância nos exércitos do clã. Ele era um homem de traços marcantes. Esquelético e de baixa estatura, muitas vezes era chamado de Saru (macaco) por Nobunaga. Mas por trás da aparência insignificante estava um espírito ambicioso e mesquinho.
Ele poderia não ser tão bom estrategista militar, mas era manipulador e ardiloso. Em certa batalha, ele fez amizade com o filho do senhor do castelo, e este por sua vez convenceu o pai a se render. Em outra, ele incitou uma revolta entre os generais mais descontentes com o senhor, que fizeram um motim.
Junto com Mitsuhide Akechi, Hashiba se tornou um dos maiores generais de Nobunaga. Em 1582, ao saber da morte de seu senhor pelas mãos de Akechi, perseguiu e executou o traidor, sob o pretexto de vingar seu mestre. Na verdade, Hideyoshi fez isso para que sua influência aumentasse ainda mais entre os governantes – o que realmente deu resultados. Hideyoshi foi eleito um dos tutores do herdeiro, Hidenobu, na época ainda bebê. Em seguida, continuou com a sequência de conquistas, até finalmente unificar todo o Japão em 1590.
Antes de sua morte, em 1598, Hideyoshi ainda organizou um censo na população japonesa, algo jamais feito antes, e liderou duas tentativas frustradas de conquista da Coréia.