Bem Vindo!!! Adicione o blog aos seus favoritos. Toda semana estou apresentando conteudos novos diferenciados. Boa leitura!
Abraço!!!

RELÓGIOS DE FOGO

REÓGIOS DE AZEITE

Diversos tipos curiosos de medidores de tempo surgiram após os relógios solares, as clepsidras, as ampulhetas e alguns deles mesmo após os primeiros passos dados pelo homem para a realização dos relógios mecânicos.
Em todos os tempos a mente humana, sempre fértil e criadora, procurou todos os meios possíveis que lhe permitissem marcar com certa regularidade o escoar continuo do tempo; assim tudo que, dentro de um período mais ou menos certo, permitisse verificar visualmente esse passar das horas, o homem adaptou e usou como medidor de tempo. Está neste caso a queima de óleo de uma lamparina.
A essa classe de marcadores do tempo foram dadas as seguintes denominações: Relógio de Azeite, Lâmpada-Relógio ou ainda Silencioso; este último nome devido à característica peculiar de seu funcionamento totalmente sem ruído.
A exemplo da Clepsidra, onde um liquido – a água – baixando o nível ao ser consumido por combustão. A similitude existe, apenas diferindo a maneira como o liquido decresce em seu deposito.
Há historiadores que consideram ter o relógio de azeite surgido no Oriente, outros há que situam o seu aparecimento na Europa. Determina-se que está certo sem duvida uma tarefa difícil, senão impossível, em face das controvérsias e da falta de documentação exata. Quer nos parecer, no entanto, que não se trata de relógio de grande antiguidade. Provavelmente terá surgido durante a idade media, muito embora sua presença tenha sido mais determinante no século XVIII, na Europa.
Era esse relógio de azeite constituído de uma lamparina feita de estanho, com um deposito de cristal ou de porcelana translúcida, que continha azeite. A lamparina, do tipo sem mecha, funcionava como uma lâmpada comum de azeite e era alimentada pelo óleo do depósito, o qual possuía um tubo de aspiração; com a queima do azeite ma lamparina, o nível deste baixava no deposito permitindo constatar-se a descida continua do liquido.
Na parte externa do deposito, em sentido vertical, havia uma faixa graduada, marcada com algarismos romanos, que representavam as horas. Com a lamparina acesa, o nível do óleo decrescendo no deposito assinalava as horas.
Como eram esses relógios mais usados no período noturno, em sua maioria possuíam uma escala que ia das oito da noite às sete horas da manhã.
É compreensível que tenha sido usados principalmente à noite, uma vez que lamparina servia para iluminar o ambiente e o deposito devidamente demarcado assinalava a hora. Estes relógios de azeite eram aferidos por comparação, variando-se o orifício da saída do azeite, para a sua regulagem. Apresentavam uma relativa precisão de funcionamento, no entanto considerada razoavelmente boa para a época, por força do fim a que se destinava.
A presença mais acentuada do relógio de azeite deu-se na Europa, no século XVIII, e mais especificamente o seu uso generalizou-se em maior escala no Norte da Alemanha.
A sua difusão relativamente apreciável deve-se evidentemente à sua dupla finalidade: marcação das horas e iluminação. Não se pode negar o seu grande valor utilitário, numa época em que os homens não contavam com melhores possibilidades de iluminação e os poucos marcadores do eram escassos.

DESPERTADOR CHINÊS

Compunha-se esse relógio, basicamente, de um recipiente oblongo, em forma de barca, com divisões formadas por pequenos arames dobrados, que serviam de suporte a uma vareta de material combustível. As varinhas combustíveis ram feitas de serragem de madeira e resina.
A função dos arames dobrados era dupla: atuavam como grelhas, deixando a vareta combustível livre para queimar e, ao mesmo tempo, devido a serem colocadas em intervalos regulares calculados, serviam como escala para indicar o transcorrer do tempo, uma vez que o ponto de combustão da vareta, ao avançar por esta, passava por arame após outro. O seu funcionamento, pelo que se diz, era muito bom e de uma precisão razoável. O que, no entanto, mais se destaca neste relógio é a sua função de despertador. Com esta finalidade eram pendurados dois pesos metálicos, em forma de esfera, amarrados às extremidades de um fio que era colocado atravessado na barca, sobre a vareta, atingia o fio e queimava-o, os dois pesos caiam dentro de uma tigela de cobre ocasionando um ruído bastante forte.
A construção desta variante do uso do fogo, como elemento com que o homem contou para medir o tempo, é atribuída à habilidade dos chineses.

CORDA COM NÓS

Este marcador de tempo é realmente de um primitivismo a toda a prova. Foi conhecido na Ásia e mais especificamente na Coréia, onde seu uso, diz-se, foi mais generalizado; certamente outros povos também o conheceram e tiveram suas experiências com ele.
Constituía-se de uma simples corda, possuindo nós em intervalos regulares, correspondentes a um período de tempo de antemão.
Para seu uso, pendurava-se a corda e ateava-se fogo em sua extremidade inferior; o tempo que levava a queimar, de nó a nó, entre os diversos nós, era basicamente o mesmo, servindo portanto para medir, embora precariamente, o passar das horas.
Se havia medidores de tempo com grandes margens de erro na assinalação dês horas, sem duvida a corda com nos sobrepunha-se a todos neste particular. Uma corda queimando apresenta uma série de grandes pormenores determinando que sua combustão seja mais lenta ou mais apressada: o material, o grau de umidade no momento de ser usada e, também, como fator preponderante, a variação da intensidade da circulação do ar ambiente, no momento da combustão. Como vemos, a relatividade do registro do escoar do tempo pela corda com nós era tão acentuada que somente era possível seu uso em ocasiões nas quais os erros pouco ou nada influíam na marcha dos acontecimentos, como por exemplo sucedia nas mudas de sentinelas em quartéis.

RELÓGIOS VELA

Outro curioso marcador de horas foi a vela. Sim, a simples vela, tão conhecida, também surgiu de relógio, tornando-se, em certo período da historia, o relógio-vela. Como é lógico, sua utilização foi principalmente no período noturno. Chegou a ser um medidor de tempo bastante comum, a tal ponto que houve época na qual à pergunta: “que horas são?” respondia-se: “uma vela”, ou “duas velas”.A noite se dividia-se, então, em três velas, assim ao responder-se digamos: “uma vela e meia”, é natural que se compreendesse a metade da noite, ou se a resposta fosse: “duas velas”, significava que duas partes da noite tinham passado.
O relógio-vela, como vimos e como seu próprio nome indica, possuía como elemento principal uma vela normal, que tinha em toda a sua altura uma série de riscos circulares, separados uns dos outros em espaços equivalentes a um determinado período e correspondentes ao tempo que a vela demorava a ser consumida de círculo a círculo.
Diz-se que o monarca Alfredo, o Grande, o Rei da Inglaterra, fizera fabricar e usar relógios-vela em sua corte. Isto não é de forma alguma estranhável, uma vez que a escassez de medidores de tempo nessas pretéritas épocas era muito grande e a iluminação, nas cortes européias, era proporcionada principalmente pelas velas.
Como é sabido, as velas levam determinado tempo a arder até consumir-se totalmente. Devido a este particular é intuitivo que pudessem se usadas para assinalar o tempo que passava e o homem aproveitou-as para esse fim, produzindo velas-relógio de diâmetros e comprimentos previamente determinados, demarcando-as com uma escala circular que lhe permitisse acompanhar o passar das horas.
A divisão mínima, normalmente usada nesses relógios-vela, era o período de um quarto de hora.
O uso dessas velas, como medidores de tempo, deu-se mais acentuadamente durante a Idade Media; seu funcionamento também apresentava, como não podia deixar de ser, erros bastante apreciáveis na precisão da marcação das horas; no entanto, como se destinavam a assinalar o transcorrer do tempo, durante períodos que raramente iam a mais de algumas poucas horas, evidentemente era mínima a influencia acarretada por esta falta de precisão.
Os relógios-vela tiveram sua difusão bem menor que o relógio de azeite. É fácil compreender-se a razão: enquanto o relógio de azeite, uma vez fabricado e com seu recipiente devidamente calibrado, poderia funcionar muitas vezes, simplesmente enchendo-se o seu recipiente de azeite, o mesmo não se dava com o relógio-vela, que funcionava uma só vez, sendo necessário nova calibrada cada ocasião que se pretendesse o registro do tempo.