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RELÓGIOS DE IMERSÃO

A humanidade, em sua procura incansável de novos medidores do tempo, criou um outro relógio de água basicamente muito simples, contendo no entanto algo daquela engenhosidade que o homem sempre demonstrou através dos tempos. Isto deu-se por volta do século XV a.C., quando apareceram no Egito curiosos relógios hidráulicos, nos quais foi aplicado um método inverso ao da clepsidra propriamente dita, isto é, ao invés da água sair de um recipiente, através de um orifício, ela penetrava, pelo furo, no vaso. Eram os relógios de água, de imersão.
Constituíam-se esses medidores de tempo, de um vaso de barro cozido, possuindo em sua base um ou mais orifícios. Algumas vezes apresentavam-se com delicadas decorações em baixo relevo, com hieróglifos, certamente alusivos à fugaz passagem do homem pela Terra.
O funcionamento desses relógios de água, de imersão, era muito simples, bastava colocar-se o vaso sobre uma superfície de água; esta ao penetrar pelo furo ia enchendo o vaso, ocasionando seu lento e gradual afundamento até uma total imersão, marcando nesse movimento um espaço de tempo mais ou menos regular.
Uma vez o vaso cheio e totalmente mergulhado, caso se desejasse nova medição desse período de tempo, era somente necessário esvaziá-lo e recolocá-lo outra vez sobre a superfície da água.
Eram esses vasos fabricados com dimensões e orifícios correspondentes a período de tempo previamente determinado. Posteriormente aos egípcios, esse mesmo gênero de relógios de água, de imersão, foi usado e popularizado entre outros povos, tomando a forma de uma simples bacia de cobre, com um pequeno orifício no fundo, pelo qual o liquido se infiltrava lentamente, uma vez a bacia colocada sobre a água.
Essas bacias foram empregadas na Argélia, durante vários séculos , sendo também usados na Índia, pelos sacerdotes brâmanes. Bacias semelhantes, com a mesma finalidade de medir horas, foram ainda encontradas na Irlanda e estiveram em uso entre os antigos britânicos.
Os relógios de água, de imersão, como se pode depreender, eram bastante rudimentares, não possuindo um mínimo de condições técnicas, que lhe permitissem ampla vulgarização – tanto assim que os próprios egípcios desistiram de sua construção – o mesmo não sucedendo à clepsidra que recebeu inúmeros aperfeiçoamentos, visto possuir características de praticabilidade excepcionais, sendo, por essa razão, exploradas ao Maximo pelo homem, no seu afã de conseguir uma medição perfeita do tempo.